Proposta parlamentar quer incentivar restaurantes a oferecer cardápio sem glúten

Sair para jantar ou almoçar pode ser um programa divertido no fim de semana, para a maioria das pessoas. Mas quem sofre com a doença celíaca ou possui sensibilidade ao glúten, tem dificuldade para encontrar opções de pratos com todos os ingredientes descritos no cardápio, e que não causem nenhum mal estar.

Pensando nisso, o deputado Requião Filho está propondo, na Assembleia Legislativa do Paraná, um projeto que pretende incentivar os bares e restaurantes do estado a disponibilizar opções em seus cardápios específicas para esse público.

Segundo a Federação Nacional das Associações de Celíacos do Brasil, de cada oito pessoas que possuem a doença, apenas uma tem o diagnóstico. E dentro desse cenário, acredita-se que 2 milhões de pessoas convivam com alguma sensibilidade alimentar ou desconforto intestinal em decorrência desse problema de saúde, que, mais tarde, pode levar a complicações que poderiam ter sido tratadas precocemente, com uma dieta livre de glúten.

“A medida cria o selo ‘Cozinha sem Glúten’, para assegurar a segurança alimentar de pessoas com doença celíaca ou sensibilidade ao glúten. Poder criar essa conscientização no estado representa trazer mais tranquilidade e qualidade de vida a uma parcela significativa da população, que sofre com essas restrições alimentares”, justificou o deputado.

Requião Filho (Foto: Valdir Amaral)

A proposta visa promover ambientes alimentares seguros e inclusivos, reconhecendo estabelecimentos que seguem rigorosos padrões no preparo de alimentos sem glúten.

Entenda o Problema

Ao longo do tempo, a reação imunológica à ingestão de glúten cria uma inflamação que danifica o revestimento do intestino delgado, que impede a absorção de alguns nutrientes. O sintoma clássico é a diarreia, mas também pode se manifestar por meio de inchaços, gases, fadiga e outros. Mas há também pessoas que não apresentam sintomas e, sobretudo, há necessidade de uma dieta rigorosa sem glúten, que pode ajudar a promover a cicatrização intestinal.

“A implementação do selo é um passo importante para o Paraná se destacar como um estado inclusivo e consciente, em relação às necessidades de saúde pública de seus cidadãos”, concluiu.

O Projeto de Lei 36/2024 aguarda entrar em pauta na Comissão de Constituição e Justiça – CCJ, para só então ser debatido em plenário pelos deputados estaduais.

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