Projeto de lei institui Semana Escolar de Combate à Violência Institucional

Legalização do aborto, ideologia de gênero e afirmação de que “pedofilia não é crime”. Essas são algumas das denúncias de alunos do Colégio Sertãozinho, de Matinhos, no Litoral do Paraná, contra um professor que estaria trocando o conteúdo formal pela doutrinação ideológica.

De acordo com a denúncia, recebida pela deputada cantora Mara Lima (Republicanos) e levada à tribuna da Assembleia Legislativa do Paraná, o educador também teria afirmado que “a Bíblia contém erros e que os líderes religiosos são hipócritas”.

A deputada recebeu diversos áudios com a voz do professor, durante as aulas, fazendo as afirmações, e das crianças denunciando e pedindo ajuda.

“A escola deve ser um ambiente de debate, nunca de doutrinação ideológica. Infelizmente esse educador deixou de lado o conteúdo pedagógico para apenas colocar suas opiniões sem abrir espaço para o contraponto dos alunos. Nós não aceitamos a doutrinação dentro das escolas. Isso é violência institucional contra as crianças”, denunciou a deputada.

Para combater esse tipo de situação no ambiente escolar, a deputada apresentou um projeto de lei que institui a Semana Escolar de Combate à Violência Institucional Contra a Criança e o Adolescente (PL 665/2023). A deputada também apresentou um ofício com o conteúdo da denúncia ao presidente da Comissão de Educação da Assembleia Legislativa do Paraná, o deputado Hussein Bakri (PSD).

Em uma das gravações, uma aluna desabafa: “Acabo não debatendo com o professor porque não serei ouvida. Muitas vezes o sábio tem que se calar para que o tolo não se ofenda”. “As crianças não estão tendo voz, e essa voz se faz através da minha voz”, afirmou a deputada na tribuna.

“Temos sim que respeitar as autoridades e professores, mas valores e limites também precisam ser respeitados pelas instituições que têm o dever de proteger e promover a igualdade. Escola não é lugar de militância política e doutrinação ideológica, especialmente quando ferem valores humanos e religiosos”, concluiu.

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Professor Lemos manifesta apoio à luta dos servidores da Educação por valorização salarial

O deputado destacou a disparidade entre os vencimentos da educação e os de outras categorias do serviço público estadual

O deputado estadual Professor Lemos (PT) utilizou a tribuna da Assembleia Legislativa (Alep), na última terça-feira (11), para manifestar seu apoio à luta dos professores e funcionários das escolas do Paraná por valorização salarial.

O parlamentar destacou a disparidade entre os vencimentos da educação e os de outras categorias do serviço público estadual, uma diferença que se aprofundou após o governo Ratinho Jr. congelar a carreira dos educadores e retirar direitos. “A equiparação já existiu, mas foi interrompida pelo atual governo em 2023, quando reajustou outras categorias e deixou professores e funcionários de escolas para trás. Isso precisa ser corrigido”, afirmou.

Lemos ressaltou a presença da APP-Sindicato na Alep e reforçou a importância do documento apresentado pela entidade, que evidencia a injustiça salarial e cobra providências do Poder Executivo. Segundo ele, a proposta do governo para reajuste não contempla as reais necessidades da categoria, mas há alternativas viáveis que garantem a valorização dos profissionais sem aumento de custos.

“Com o mesmo recurso, é possível fazer justiça. A APP-Sindicato já apresentou uma proposta debatida em Assembleia Geral e entregue ao governo. Agora, é dever da Assembleia Legislativa cobrar que essa solução seja adotada”, pontuou.

O deputado reafirmou seu compromisso com a categoria e destacou que seguirá ao lado dos educadores na luta por melhores condições de trabalho e por um salário digno para professores e funcionários da educação básica, ativos e aposentados.