Primeira proposta da Bancada Feminina da Alep vira Lei

A primeira iniciativa proposta pela Bancada Feminina da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) virou Lei. Sancionada na última sexta-feira (14), a Lei determina que hospitais e maternidades públicas do Paraná terão áreas específicas de internação para parturientes de bebês natimortos ou que tiveram aborto espontâneo. A legislação também estabelece que as mulheres tenham o direito a um acompanhante, escolhido por ela, em todo o período em que estiver internada.

A iniciativa é resultado projeto de lei 01/2023, assinado pela Bancada Feminina, que alterou a Lei 19.701/2018, que dispõe sobre a violência obstétrica, sobre direitos da gestante e da parturiente, e revogou a Lei nº 19.207/2017, que trata da implantação de medidas de informação e proteção à gestante e à parturiente contra a violência obstétrica.

A Bancada Feminina da Assembleia é formada pelas deputadas Cristina Silvestri (PSDB), Cantora Mara Lima (Republicanos), Luciana Rafagnin (PT), Mabel Canto (PSDB), Maria Victoria (PP), Ana Júlia (PT), Cloara Pinheiro (PSD), Flávia Francischini (União), Márcia Huçulak (PSD) e Marli Paulino (SD).

A proposta visa garantir conforto para mães que perdem seus filhos na maternidade. De acordo com os últimos dados publicados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Paraná registrou 1.361 óbitos em menores de um ano. A taxa de mortalidade infantil é de 9,3 óbitos para mil nascidos vivos. Os números são de 2020.

A líder da Bancada, a deputada Mabel Canto (PSDB) destacou a importância da Lei.

“Esta é uma iniciativa de todas as deputadas para garantir a separação das gestantes que acabaram tendo seu filho natimorto. Uma medida de conforto em um momento muito difícil. Quando falamos que estamos legislando para o bem da população, é sobre medidas simples como esta, mas com impacto direto na visa daquela pessoa que está vivendo aquela situação”, defendeu.

“A mulher que acabou de perder um bebê, durante a gestação ou o parto, está em luto. É um momento completamente diferente daquela vivida pelas mães que dão à luz a bebês saudáveis e isso exige uma conduta apropriada do sistema de saúde. É uma questão de respeito e de evitar um sofrimento ainda maior”, concordou a deputada Cristina Silvestri.

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O movimento faz parte de um plano estratégico da oposição para não deixar o campo aberto à direita.

A fábula dos números na geração de empregos no governo Ratinho Junior
Requião Filho quer crescer na indecisão do governador Ratinho Júnior.

Em 2022, a esquerda chegou fraturada. Requião pai, que havia migrado para o PT, não derrotou Ratinho, embora ele tenha garantido excepcional votação para a eleição do presidente Lula. Agora, a nova geração aposta em unidade com PDT, PT, PSB, PV e PCdoB, resgatando a ideia de uma frente progressista forte no estado.

Sem Goura, Carlos Lupi se reuniu com Requião e Requião Filho para "reconstruir o PDT". Foto: reprodução/X/RR
Carlos Lupi se reuniu com Requião e Requião Filho para “reconstruir o PDT”. Foto: reprodução/X/RR

Nos bastidores, já se fala até em palanque duplo para Lula no Paraná: um com Enio Verri, outro com Requião Filho. Mas tudo ainda está no tabuleiro. Também não se descarta um ou outro concorrendo ao Senado, polarizando com um nome da direita.

Requião Filho mira a cadeira mais poderosa do Paraná e aposta na reorganização da oposição para 2026. Com discurso progressista, o deputado quer se tornar o nome forte da esquerda contra o bloco bolsonarista liderado por Ratinho e Moro.

Agora, a pergunta que não quer calar: será que a ala progressista conseguirá vencer as vaidades e construir um projeto comum? Ou o campo progressista assistirá mais uma vez à repetição da velha divisão que só favorece a direita?

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