‘Por amor ao Paraná’: Coligação de Alvaro Dias é a maior para disputa ao Senado

A Convenção Estadual do Podemos, ocorrida nessa sexta-feira (05/08) em Curitiba, lançou oficialmente a candidatura à reeleição do Senador Alvaro Dias. Depois de algumas semanas de suspense e muitas articulações políticas, o atual senador compõe a maior coligação partidária para a corrida ao Senado: PSB, Patriotas, PRTB, Podemos e a Federação PSDB/Cidadania.

Em seu discurso, para mais de 800 pessoas, Alvaro Dias explicou o motivo da escolha da frase que leva o nome da coligação, “Por Amor ao Paraná”. O senador citou Ney Braga, que ocupou vários cargos e foi eleito duas vezes governador.

“Esse estado teve um grande líder político, e nós fomos concorrentes. No final, muito próximo ao seu falecimento e durante sua última campanha, Ney Braga convocou a imprensa e disse que votaria em mim por amor ao Paraná. É por isso que estamos carimbando a nossa coligação com essa frase. Nós estamos aqui por amor ao Paraná”, disse o senador.

Alvaro reforçou sua história de trabalho e dedicação ao estado: “Por que eu não paro? Porque eu não posso abandonar o Paraná”. Existem causas que ainda não foram concretizadas, como o foro privilegiado e a prisão em segunda instância. Existem 33 milhões de pessoas que passam fome no país, mais de 60 milhões sobrevivendo com metade do salário-mínimo, sem água tratada. Esse contraste não pode prevalecer por aqueles que querem justiça, solidariedade e humanidade. Sem essa luta não há razão para permanecer na atividade política”, concluiu o Senador.

Ao concluir o seu discurso, Alvaro agradeceu o apoio dos candidatos que estão na coligação pelos ideais e causas que os partidos sustentam e não em razão do fundo eleitoral. “Tenha fé em Deus, tenha fé na vida e tente outra vez. Nós vamos tentar outra vez. Obrigado a todos!”, concluiu.

O partido Podemos, pelo qual Alvaro Dias é candidato à reeleição, contará também com 31 candidatos a deputado federal e 45 candidatos a deputado estadual.

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TRE-PR autoriza saída definitiva de Requião Filho do PT

A decisão unânime garante ao deputado a liberação para deixar a sigla, sem nenhum prejuízo ao seu mandato parlamentar

Nesta segunda-feira (14), o Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) julgou a ação de desfiliação do deputado estadual Requião Filho, autorizando de forma definitiva a sua saída do Partido dos Trabalhadores (PT). A decisão unânime garante ao deputado a liberação para deixar a sigla, sem nenhum prejuízo ao seu mandato parlamentar.

A decisão foi confirmada durante a 29ª sessão de julgamento do TRE, com relatoria do desembargador eleitoral Guilherme Frederico Hernandes Denz. O Tribunal reconheceu a legitimidade do pedido do deputado com base na apresentação de Carta de Anuência de Desfiliação Partidária, emitida pelos diretórios municipal, estadual e nacional do PT. A autorização do partido foi considerada suficiente para configurar justa causa na desfiliação partidária, como já mencionava a liminar do processo.

A decisão também reforça o entendimento do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de que a carta de anuência emitida pela legenda é elemento suficiente para garantir o direito de desfiliação sem perda de mandato, conforme já havia sido consolidado em decisões anteriores após a Emenda Constitucional nº 111/2021.

Requião Filho deixou claro que sua desfiliação do partido tem a ver com decisões tomadas pelo PT nacional que prejudicaram o Paraná. Para ele, trabalhar sem um projeto de avanço para o Estado seria trair seus eleitores e o que acredita ser a boa política.

“Denunciei que o PT descumpre o seu discurso e trai o Estado do Paraná, e isso não cumpre a cartilha de bons modos do partido. O único objetivo do PT no Paraná é eleger deputados federais. Um partido que não tem um projeto de Paraná, mas um projeto de poder para algumas pessoas se reelegerem deputados federais e manter a Presidência em Brasília”, explicou o deputado.

Na Carta de Anuência do PT, o partido caracteriza como “conflitos inconciliáveis” a candidatura de Roberto Requião – ex-governador do Paraná e pai do deputado estadual – em um partido adversário para disputar a prefeitura de Curitiba em 2024. Importante lembrar que o PT não tinha candidato próprio na disputa ao Executivo da capital paranaense, mas apoiou chapa com o deputado federal Luciano Ducci (PSB) – que votou favorável ao impeachment da ex-presidente petista Dilma Rousseff, em 2016.

Em sua decisão, o TRE-PR também autoriza que o deputado se filie a uma nova legenda, desde que esta atenda aos requisitos legais, como o cumprimento da cláusula de desempenho eleitoral. Ou seja, um partido com direito a tempo de televisão e fundo partidário.

Requião no PDT? – Em fevereiro, o presidente nacional do PDT e ministro da Previdência, Carlos Lupi, esteve em Curitiba para convidar Requião Filho a liderar a reconstrução do partido no Paraná. O parlamentar avalia a proposta e afirma que ainda existem ajustes a serem feitos antes de tomar uma decisão.

“Meu objetivo é colocar o nome Requião à disposição do povo paranaense. A marca Requião representa governos equilibrados, que se preocupam com desenvolvimento, mas sem deixar as pessoas de lado. Um nome que foge do extremismo, combinando políticas públicas de apoio ao setor produtivo e a valorização do trabalhador”, destacou.

Eleições 2026 – Em dezembro de 2024, Requião Filho anunciou sua pré-candidatura ao governo do Paraná. Em pesquisa recente – do Instituto IRG -, o deputado aparece em 2º lugar na corrida pelo governo, com 14,5% das intenções de voto. O levantamento indica o parlamentar como uma alternativa viável, mesmo sendo oposição declarada ao governador Ratinho Jr.

“Sou o deputado que denuncia irregularidades na Assembleia Legislativa do Paraná, que questiona péssimas decisões para o Estado e publicidades distorcidas. Também faço críticas ao governo Lula. Um governo que traiu o Paraná e voltou atrás em compromissos que projetavam o Estado ao maior desenvolvimento”, finalizou.