Orlando Pessuti: PT não tem força para ganhar uma eleição estadual ou nacional
O diretor do BRDE esteve no Correio do Povo na última semana e falou sobre política e as ações do governo do estado no agronegócio
Os proprietários do Jornal Correio do Povo Joice Fabrício e Ademir Padilha e o jornalista do Correio e Extra de Guarapuava, João Muniz recepcionaram em visita a região, o diretor do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) Orlando Pessuti, o secretário da Agricultura do Paraná, Norberto Ortigara, o Diretor Presidente da Emater, Rubens Ernesto Niederheitmann, que estavam acompanhados do chefe da SEAB, Valdemir Almeida, do chefe da Emater Regional, Deomar Fracasso e do secretário de agricultura de Laranjeiras do Sul, Celso de Azevedo.
Na oportunidade Pessuti comentou sobre a política nacional e estadual, e das ações do BRDE neste momento de crise. O secretário Ortigara explanou as ações do governo do estado no agronegócio e adiantou que o Paraná está fazendo um esforço sem precedentes para encerrar a vacinação contra a febre aftosa, atingindo o status de livre da doença sem vacinação. De acordo com ele, o próximo ano poderá ser o último com campanha contra a aftosa.
Confira nesta edição, um a entrevista com Pessuti e nas próximas a entrevista com Ortigara.
AGRICULTURA
Segundo Pessuti, o sistema de agricultura do Paraná está capilarizado e tem a sensibilidade para o interior. Ai entra a importância da Emater, secretaria de Agricultura e também da área da saúde, que tem mais contato com as pessoas, destaca Pessuti, afirmando que os representantes dessas entidades são muito comprometidos e buscam sempre atingir atingir além da meta estipulada.
Ele contou que recentemente esteve com o governador Beto Richa, e pôde perceber o empenho no governo, pois Richa tem consciência do trabalho que a secretaria de Agricultura, Emater e Adapar desenvolvem no estado, principalmente com relação à sanidade.
O ex governador também lembrou que na sexta-feira (11) à tarde entregaram um trator financiado pelo BRDE através da Cresol à uma agricultora de Laranjeiras. Nós do BRDE buscamos fazer parceria com as cooperativas de crédito, associações comerciais e industriais para que possamos atingir esse agricultor que tem interesse em ter esse equipamento, afirma.
POLÍTICA
Sobre o cenário político, Pessuti afirma que ainda não está comprometido em concorrer a algum cargo nas eleições do próximo ano e prefere esperar um pouco para colocar o nome à disposição. Na opinião dele, os nomes fortes ao governo do estado são: Alvaro Dias, Marina Silva, Ciro Gomes, Lula, Bolsonaro, Geraldo Alckimin, Bernardinho (ex-técnico da seleção de vôlei masculino), entre outros nomes.
Segundo ele, o jogo nacional está aberto. Na opinião do diretor do BRDE, Temer deve levar o mandato até o final e vai articular com forças políticas, para construir uma candidatura que tenha viabilidade. Dentro desse grupo tem nomes como Ronaldo Caiado, que sinalizou que pode ser candidato; Rodrigo Maia, que está se transformando em uma força nacional, e mais alguns nomes, acredita.
Além disso, segundo Pessuti, se fosse para escolher alguém que está capacitado e sabe o que é governar, ficaria entre Alckmin ou Alvaro Dias, que já foram governadores e exerceram muito bem a função.
PARANÁ
Em relação ao Paraná, ele afirma que duas pessoas são decisivas para o que for acontecer a partir de agosto de 2018. Uma delas é o governador Beto Richa e a outra é o senador Alvaro Dias. Eles são os encaminhadores do processo. A participação de Alvaro Dias na eleição do ano que vem no Paraná vai influenciar várias decisões. Se ele for candidato a presidência Osmar Dias se torna um nome forte, mas caso o senador se candidate ao governo do estado deverá ocupar a vaga do irmão, que poderá concorrer ao senado. Mas são só projeções, afirma Pessuti.,
Pessuti defende que Richa saia do governo e seja candidato ao Senado. Outros, em casos muito mais complicados, com imagem desgastada, saíram, concorreram e ganharam, lembra, referindo-se à Requião.
Para ele, existem dois nomes fortes para assumir o governo do estado que são a atual vice governadora Cida Borgethi e o secretário Ratinho Junior. Tem o Orlando Pessuti que gostaria de ser governador, mas eu não vou embolar inda mais esse meio campo. Deixo meu nome à disposição para uma eleição majoritária para mais tarde decidirem, afirma. Mas ele afirma que ainda podem surgir outros nomes nesse quadro.
PT
Na opinião de Pessuti, o PT não acabou, mas não representa mais risco para concorrer às eleições majoritárias a nível estadual ou nacional. O PT no Paraná já teve força e demonstrou isso quando Lula e Dilma tiveram número de votos significativos com relação às eleições anteriores. Hoje houve derrocada e prova disso é que Gleisi Hoffmann sequer concorrerá a algum cargo. Hoje, no cenário nacional, o único nome que ainda é emblemático é o de Lula, mas tudo aponta que ele estará impedido de concorrer. Hoje tenho convicção que o PT não tem força para ganhar uma eleição estadual ou nacional, frisa.
REFORMA
Ele lembra ainda que até 30 de setembro deverá acontecer a Reforma Política, quais as regras e a partir dai as definições começam a ser feitas.