Eleições Municipais: Nieckars e Antenor encabeçam chapa majoritária

O Diretório Municipal do Movimento Democrático Brasileiro (MDB) aproveitou o primeiro dia do prazo estabelecido para a realização das convenções partidárias para definir seus futuros candidatos e aprovar a coligação que coloca João Nieckars como pré-candidato a vice-prefeito em uma chapa encabeçada por Dr. Antenor.

A coligação foi aprovada pela maior parte dos filiados presentes com direito a voto, que mantiveram, unanimemente, o nome de João Nieckars como representante do partido na disputa majoritária.

De acordo com a proposta, enviada à sigla pelo Partido dos Trabalhadores (PT), em caso de coligação entre os dois partidos, o MDB teria o direito de indicar o pré-candidato a vice-prefeito na chapa.

“Os resultados dessa convenção são o que nós, enquanto partido, decidimos juntos. Meu nome sempre esteve à disposição da sigla, fosse para ser pré-candidato a vereador, prefeito ou compondo alguma chapa, como é o caso”, enfatizou João Nieckars, que é presidente do diretório local.

O PT ainda irá realizar sua própria convenção e decidir, entre seus filiados, se a coligação com o MDB será aprovada, também, pelos petistas. Dr. Antenor, entretanto, já comemora a decisão de João Nieckars de somar esforços visando o pleito de novembro.

“O PT é um partido político maduro e consciente de que o cargo de prefeito é o mais importante para os cidadãos por estar próximo da vida das pessoas. Conscientes disso estamos mantendo o diálogo aberto para acolher a todas e todos que estão dispostos a contribuir com este processo, nesse sentido é que agora chega o MDB, o João e todos os emedebistas para fortalecer a nossa pré-candidatura progressista”, destacou Dr. Antenor.

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Inserção de pessoas com autismo no mercado de trabalho é debatida na Assembleia Legislativa

Evento, organizado pela Escola do Legislativo, abordou estratégias para ampliar a inserção dos autistas e também em melhoras as políticas públicas sobre o assunto

A Escola do Legislativo da Assembleia Legislativa do Paraná promoveu, nesta sexta-feira (25), no Auditório Legislativo da Casa, uma palestra com o tema: “Diversidade e Inovação: Transtorno do espectro do autismo no mercado de trabalho”. O objetivo foi discutir estratégias para ampliar a inserção dos autistas e também em melhoras as políticas públicas sobre o assunto.

Os palestrantes foram Amélia Dalanora, psiquiatra e proprietária da empresa de educação em neurodiversidade beeMyra, e Lucas Geus, autista, bacharel em direito e analista de logística. A médica trouxe dados em relação à inclusão de autistas adultos no mercado de trabalho e propôs a discussão de políticas que facilitem essa inclusão.

Uma das novidades recentes, de acordo com ela, é a atualização da NR-01, que trata do Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR) dos trabalhadores, o que beneficia os autistas. “É uma normativa que gerencia os riscos ambientais ocupacionais dos trabalhadores e que agora, nessa nova versão de maio de 2025, está levando em consideração os aspectos psicossociais das pessoas. Isso é um avanço muito grande”, destacou.

Em relação aos dados, como não há muitas pesquisas nacionais sobre o tema, a médica trouxe pesquisas internacionais.

“Eu só consegui encontrar uma pesquisa feita por uma pessoa que inclusive é autista, que trabalha com a recolocação de pessoas neurodivergentes no mercado de trabalho. No mundo, o índice de desemprego das pessoas autistas adultas é de 30% a 40%, enquanto da população geral é em torno de 9%. E no Brasil, o grande problema que essa colega identificou na pesquisa dela, que foi feita com 166 líderes de empresas, foi o desconhecimento do tema, que muitas vezes é um problema barato de resolver. Por exemplo, um autista às vezes pode se sentir mais confortável em trabalhar em cima de uma bola de pilates do que em uma cadeira. Uma solução bem simples que já deixaria ele ambientado”, explicou.

Como exemplo de sucesso na inserção no mercado de trabalho, Lucas Geus compartilhou suas experiências. Ele contou que estratégias simples podem fazer toda a diferença. “Não precisa ser disruptivo. E também não chega a ser um tratamento especial, né? É uma adaptação do ambiente”, contou.

“Os gestores precisam entender que essas adaptações sensoriais não são frescura. O cérebro deles interpreta o ambiente de maneira diferente”, reforçou a médica.

A 1ª vice-presidente da Assembleia Legislativa do Paraná, deputada Flavia Francischini (União), destacou a importância da discussão.

“Eu, que sou mãe de autista, sei da importância do tema, pois é fundamental que ele seja reconhecido dentro do trabalho, com a sua capacidade, com a possibilidade que ele tem de executar um trabalho como qualquer outro, respeitando, claro, a questão dos limites. Eles precisam dessa atenção para que ele possa, no lugar que ele realmente se sentir bem e da forma que ele conseguir, executar o seu trabalho”.

De acordo com o diretor da Escola do Legislativo, Jeulliano Pedroso, o encontro desta sexta teve como missão discutir um aspecto que as pessoas muitas vezes desconhecem que é justamente a inclusão no mercado de trabalho das pessoas que têm transtorno de espectro autista. “A Escola do Legislativo, seguindo a missão estabelecida pelo presidente Alexandre Curi e pelos membros da Mesa, busca trazer todos os debates relevantes à sociedade para dentro da nossa Casa de Leis. Sempre com o objetivo de aprimorar as políticas públicas”, destacou.