Direita de Guarapuava deve indicar vice de Jabur do Motocross

Valdomiro Batista – o Jabur do Motocross mantém firme sua posição de concorrer à prefeitura de Guarapuava. Segundo Jabur, que já concluiu seu projeto de governo, sua candidatura está articulando uma grande aliança de direita, “para dar um nó nas urnas, nas famílias que há décadas se revezam no comando do executivo municipal.“

Conforme explicou, sua candidatura já é uma realidade e, por isso, precisa de estudo e de muito trabalho, para oferecer aos guarapuavanos um plano de ações, que seja compatível com as necessidades da população.

“Sou o primeiro hoje a ter um plano de governo pronto, pensado para o povo, que tanto precisa da atenção do nosso executivo. Fico a disposição de quem quiser conversar sobre essas ações e ao longo das próximas semanas, levantarei alguns pontos para trocarmos ideias sobre os tópicos incluídos neste plano. Sigo trabalhando e disposto a dialogar com a população sobre os assuntos que mais lhes sejam necessários”, destacou.

No lançamento de sua pré-candidatura, o vereador contou com as presenças do presidente estadual do PMN, Chico do Uberaba, do deputado federal Filipe Barros (PSL), do ex-candidato ao governo do Paraná, Ogier Buchi e o filho, pré-candidato a vereador pelo MDB de Curitiba, Octávio Buchi, Paulo Vier, presidente do Avante de Guarapuava e Felipe Sauer.

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Inserção de pessoas com autismo no mercado de trabalho é debatida na Assembleia Legislativa

Evento, organizado pela Escola do Legislativo, abordou estratégias para ampliar a inserção dos autistas e também em melhoras as políticas públicas sobre o assunto

A Escola do Legislativo da Assembleia Legislativa do Paraná promoveu, nesta sexta-feira (25), no Auditório Legislativo da Casa, uma palestra com o tema: “Diversidade e Inovação: Transtorno do espectro do autismo no mercado de trabalho”. O objetivo foi discutir estratégias para ampliar a inserção dos autistas e também em melhoras as políticas públicas sobre o assunto.

Os palestrantes foram Amélia Dalanora, psiquiatra e proprietária da empresa de educação em neurodiversidade beeMyra, e Lucas Geus, autista, bacharel em direito e analista de logística. A médica trouxe dados em relação à inclusão de autistas adultos no mercado de trabalho e propôs a discussão de políticas que facilitem essa inclusão.

Uma das novidades recentes, de acordo com ela, é a atualização da NR-01, que trata do Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR) dos trabalhadores, o que beneficia os autistas. “É uma normativa que gerencia os riscos ambientais ocupacionais dos trabalhadores e que agora, nessa nova versão de maio de 2025, está levando em consideração os aspectos psicossociais das pessoas. Isso é um avanço muito grande”, destacou.

Em relação aos dados, como não há muitas pesquisas nacionais sobre o tema, a médica trouxe pesquisas internacionais.

“Eu só consegui encontrar uma pesquisa feita por uma pessoa que inclusive é autista, que trabalha com a recolocação de pessoas neurodivergentes no mercado de trabalho. No mundo, o índice de desemprego das pessoas autistas adultas é de 30% a 40%, enquanto da população geral é em torno de 9%. E no Brasil, o grande problema que essa colega identificou na pesquisa dela, que foi feita com 166 líderes de empresas, foi o desconhecimento do tema, que muitas vezes é um problema barato de resolver. Por exemplo, um autista às vezes pode se sentir mais confortável em trabalhar em cima de uma bola de pilates do que em uma cadeira. Uma solução bem simples que já deixaria ele ambientado”, explicou.

Como exemplo de sucesso na inserção no mercado de trabalho, Lucas Geus compartilhou suas experiências. Ele contou que estratégias simples podem fazer toda a diferença. “Não precisa ser disruptivo. E também não chega a ser um tratamento especial, né? É uma adaptação do ambiente”, contou.

“Os gestores precisam entender que essas adaptações sensoriais não são frescura. O cérebro deles interpreta o ambiente de maneira diferente”, reforçou a médica.

A 1ª vice-presidente da Assembleia Legislativa do Paraná, deputada Flavia Francischini (União), destacou a importância da discussão.

“Eu, que sou mãe de autista, sei da importância do tema, pois é fundamental que ele seja reconhecido dentro do trabalho, com a sua capacidade, com a possibilidade que ele tem de executar um trabalho como qualquer outro, respeitando, claro, a questão dos limites. Eles precisam dessa atenção para que ele possa, no lugar que ele realmente se sentir bem e da forma que ele conseguir, executar o seu trabalho”.

De acordo com o diretor da Escola do Legislativo, Jeulliano Pedroso, o encontro desta sexta teve como missão discutir um aspecto que as pessoas muitas vezes desconhecem que é justamente a inclusão no mercado de trabalho das pessoas que têm transtorno de espectro autista. “A Escola do Legislativo, seguindo a missão estabelecida pelo presidente Alexandre Curi e pelos membros da Mesa, busca trazer todos os debates relevantes à sociedade para dentro da nossa Casa de Leis. Sempre com o objetivo de aprimorar as políticas públicas”, destacou.