Desempregado não pode ficar sem água

Muitas pessoas têm me perguntado o que é possível fazer para melhorar a qualidade da água e evitar os rodízios ou interrupções no abastecimento. Fiz um levantamento técnico e decidi agir com firmeza e efetividade, afirma o deputado estadual Marcio Pauliki. Nesta terça-feira, o deputado usou a tribuna da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) para apresentar dois projetos de lei relacionados ao assunto.

Pauliki propõe que o fornecimento de água aos trabalhadores que estão desempregados e recebem até três salários mínimos não possa ser interrompido. O corte do serviço só poderá ser feito após seis meses de atraso e, após esse período, o consumidor fica obrigado a negociar a dívida com a Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar). O benefício poderá ser prorrogado por mais três meses caso os moradores do imóvel permaneçam desempregados. Além disso, esses consumidores estarão isentos de juros e multas por falta de pagamento.

Apesar de um significativo avanço na geração de empregos com carteira assinada na última década no Brasil, o desemprego é um problema social que não pode ser ignorado. Estou buscando mecanismos jurídicos que avaliem, em parte, a situação dos trabalhadores sem emprego, frisa. De acordo com pesquisa divulgada pelo IBGE, o número de desempregados era 1,176 milhão de pessoas em 2014. É um período de vulnerabilidade financeira em que o trabalhador encontra dificuldades para honrar com as despesas básicas de manutenção doméstica, argumenta.

Pauliki também protocolou um projeto de lei que obriga que o consumidor seja avisado com antecedência quando da suspenção de fornecimento de serviço por falta de pagamento. Isso inclui telefonia, internet, TV a cabo, energia elétrica, água, esgoto, gás ou qualquer serviço oferecido mediante pagamento. A comunicação deve acontecer com, no mínimo, 48 horas de antecedência através de e-mail, sms, telefone ou entrega de comunicação no endereço onde será realizado o corte do serviço.

Com tantos serviços contratados e muitos pagamentos para cumprir, pode acarretar esquecimentos e atrasos. O consumidor não pode ser lesado caso ocorra o lapso do esquecimento, ainda mais com meios de comunicação tão eficientes e variados, afirma Pauliki. O deputado exemplifica que a Companhia Paranaense de Energia (Copel), ao verificar contas em aberto, realiza um corte de alerta. A chave externa é desligada e um comunicado explica como regularizar o débito e efetuar o religamento. Para Pauliki, dar essa oportunidade de regularização vem ao encontro do previsto no Código de Defesa do Consumido (Lei 8.078). Significa o respeito às necessidades dos consumidores, sua dignidade, saúde, segurança e qualidade de vida, enfatiza.

 

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Filho do ex-governador Roberto Requião quer liderar oposição contra Ratinho Júnior no ano que vem

Requião Filho já se lança pré-candidato ao governo do Paraná em 2026

Requião Filho já se lança pré-candidato ao governo do Paraná em 2026. O deputado estadual, prestes a deixar o PT rumo ao PDT, quer surfar no vácuo político deixado por Ratinho Júnior (PSD), que deve abandonar o cargo para disputar a Presidência da República ou mesmo o Senado.

Em entrevistas e bastidores, o filho do ex-governador Roberto Requião ensaia o mesmo caminho do pai — mas com um toque a mais de pimenta e juventude. Será que 2026 será o ano do “Requião Reloaded”?

Requião Filho já aparece bem posicionado em pesquisas internas de intenção de voto para o governo do Paraná. O vácuo de poder que se aproxima com a provável saída de Ratinho Júnior alimenta especulações e rearranjos partidários. O deputado estadual quer aproveitar essa brecha.

Em conversa exclusiva com o Blog do Esmael, nesta sexta-feira (21), Requião Filho confirmou sua intenção de disputar o governo. “Só estou aguardando um ‘ok’ do Carlos Lupi [presidente nacional do PDT]”, afirmou.

O movimento faz parte de um plano estratégico da oposição para não deixar o campo aberto à direita.

A fábula dos números na geração de empregos no governo Ratinho Junior
Requião Filho quer crescer na indecisão do governador Ratinho Júnior.

Em 2022, a esquerda chegou fraturada. Requião pai, que havia migrado para o PT, não derrotou Ratinho, embora ele tenha garantido excepcional votação para a eleição do presidente Lula. Agora, a nova geração aposta em unidade com PDT, PT, PSB, PV e PCdoB, resgatando a ideia de uma frente progressista forte no estado.

Sem Goura, Carlos Lupi se reuniu com Requião e Requião Filho para "reconstruir o PDT". Foto: reprodução/X/RR
Carlos Lupi se reuniu com Requião e Requião Filho para “reconstruir o PDT”. Foto: reprodução/X/RR

Nos bastidores, já se fala até em palanque duplo para Lula no Paraná: um com Enio Verri, outro com Requião Filho. Mas tudo ainda está no tabuleiro. Também não se descarta um ou outro concorrendo ao Senado, polarizando com um nome da direita.

Requião Filho mira a cadeira mais poderosa do Paraná e aposta na reorganização da oposição para 2026. Com discurso progressista, o deputado quer se tornar o nome forte da esquerda contra o bloco bolsonarista liderado por Ratinho e Moro.

Agora, a pergunta que não quer calar: será que a ala progressista conseguirá vencer as vaidades e construir um projeto comum? Ou o campo progressista assistirá mais uma vez à repetição da velha divisão que só favorece a direita?

Requião Filho e Goura, podem liderar a oposição ao grupo de Ratinho Jr. no Paraná.