Deputado diz que acionistas da Copel enchem os bolsos e população paga a conta

Conforme os resultados, divulgados esta semana, a Copel viu seu lucro líquido aumentar para R$ 5 bilhões em 2021, alta de 29,1% em relação ao ano anterior, o maior da história da companhia. Segundo divulgado pelo Portal Seu Dinheiro, a receita líquida foi outra linha a apresentar crescimento, que subiu de 28,7% em 2021, para R$ 23,9 bilhões.

No entanto, deste montante, 65% do resultado ajustado em dividendos e juros sobre o capital próprio será distribuído aos acionistas da companhia do setor elétrico, um valor de, aproximadamente, R$ 3 bilhões, e quem está pagando essa conta é o consumidor paranaense.

Na análise do deputado Requião Filho, esse é o resultado de uma política entreguista, que tenta privatizar as estatais para gerar lucro a investidores estrangeiros, sem compromisso com os investimentos necessários que priorizem a população.

“O paranaense sofreu muito durante a pandemia e viu suas tarifas de luz aumentarem brutalmente, mas não teve o mesmo retorno, o mesmo olhar cuidadoso do Governo do Estado. Nem em investimentos, nem em incentivos para aliviar o bolso dessas famílias. Agora, a Copel vai distribuir a maior parte desse lucro e pagar dividendos complementares bilionários a quem sequer conhece o Paraná”, criticou.

Além do valor de R$ 1,7 bilhão já declarado em 2021, a Copel propôs também o pagamento de dividendos complementares de R$ 1,4 bilhão.

“Fico imaginando a cara da dona-de-casa ou do cidadão desempregado vendo essa notícia, de que aquela conta cara de luz que pagou no mês passado não será revertida em benfeitorias ou em incentivos para os consumidores. É esse o Governo que querem para o Paraná?”, questionou.

Requião Filho também alertou para as dificuldades que ainda virão pela frente. Conforme anunciado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), as contas de luz terão taxa extra para o consumidor a partir do próximo ano. A justificativa seria um empréstimo para cobrir os custos da crise energética de 2021, que pode chegar a R$ 10,5 bilhões.

“Segundo a Agência, eles ‘não arrecadaram o suficiente’. Mas na verdade sabemos que se todo o lucro bilionário que tiveram fosse usado para pagar essa conta, não precisaríamos endividar ainda mais a população”.

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Com 8,1%, Paraná lidera o crescimento da atividade econômica do Brasil, aponta Banco Central

Estado também teve uma variação maior do que registrada por estados como Goiás (6,6%), Santa Catarina (5,8%), Pará (4,2%), São Paulo (3,5%) e Minas Gerais (2,7%)

Com crescimento de 8,1%, o Paraná foi o estado que registrou o maior crescimento da atividade econômica do Brasil em fevereiro de 2025, em relação ao mês anterior. Os dados são do Índice de Atividade Econômica Regional (IBCR), divulgados pelo Banco Central, e levantados pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes).

No período, o Estado registrou o dobro do crescimento da média nacional, que foi de 4,1%. Na sequência do Paraná ficaram Goiás (6,6%), Santa Catarina (5,8%) e Pará (4,2%). O crescimento paranaense também mais do que o dobro do que foi registrado por São Paulo (3,5%) e o triplo do alcançado por Minas Gerais (2,7%). Registraram queda os estados do Rio de Janeiro (-0,1%), Rio Grande do Sul (-1%) e Pernambuco (-1,1%).

O Índice de Atividade Econômica Regional é uma das ferramentas utilizadas pelo Banco Central para medir, mensalmente, o ritmo da economia de 12 estados do País. Ele antecipa tendências do Produto Interno Bruto (PIB) antes da divulgação oficial do IBGE e considera dados como produção industrial, comércio, setor de serviços e agropecuária, gerando um retrato dinâmico do desempenho econômico local.

“Temos trabalhado para criar um ambiente próspero economicamente, com uma máquina pública mais eficiente, responsabilidade nas contas públicas e com um ambiente de negócios favorável aos investimentos. O resultado disso é que, nos últimos seis anos, o Paraná praticamente dobrou seu PIB e se tornou a quarta maior economia do Brasil”, afirmou o governador Carlos Massa Ratinho Junior.

O forte crescimento registrado pelo Paraná no período está relacionado ao ambiente favorável aos investimentos do setor produtivo promovido pelo Governo do Estado, o que fomenta uma economia aquecida.

“Há um entendimento sólido sobre o papel crucial da iniciativa privada na melhoria da vida das pessoas, gerando empregos e mais renda. E para fortalecer essa dinâmica, implementamos ações como a desburocratização, os incentivos fiscais estratégicos e os investimentos robustos em infraestrutura”, disse o secretário de Planejamento, Ulisses Maia.

Em fevereiro, por exemplo, o Paraná registrou a maior criação de empregos da série histórica, com quase 40 mil novas vagas criadas ao longo do mês. Neste mesmo período, o Paraná também registrou o maior crescimento nacional do turismo e a segunda maior alta da indústria, por exemplo.

Esse desempenho também aumenta a confiança para investimentos e novos negócios no estado. “Em 2025, estamos observando a expansão da produção agropecuária, em conjunto com expressivos desempenhos da indústria e dos serviços, o que abre perspectivas muito positivas para o PIB paranaense”, afirmou o diretor-presidente do Ipardes, Jorge Callado.

Ranking da variação do IBCR em fevereiro de 2025:

Paraná: 8,1%

Goiás: 6,6%

Santa Catarina: 5,8%

Pará: 4,2%

Ceará: 3,6%

Bahia: 3,5%

São Paulo: 3,5%

Minas Gerais: 2,7%

Espírito Santo: 0,4%

Amazonas: 0,3%

Rio de Janeiro: -0,1%

Rio Grande do Sul: -1%

Pernambuco: -1,1%

Brasil: 4,1%

Fonte: Banco Central