Deputada Luciana Rafagnin (PT) encaminha à ANEEL denúncia contra a Copel
Objetivo é garantir melhorias no fornecimento de energia elétrica no Paraná. Este pedido também foi feito pela parlamentar em abril deste ano
A deputada estadual Luciana Rafagnin (PT) encaminhou ofício à Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), solicitando fiscalização rigorosa sobre os serviços prestados pela Copel, com o objetivo de garantir melhorias no fornecimento de energia elétrica no Paraná. Este pedido também foi feito pela parlamentar em abril deste ano.
“Desde a privatização da Copel, a qualidade do serviço caiu consideravelmente. Nos últimos anos, os paranaenses têm enfrentado interrupções constantes no fornecimento de energia, seguidas de longos períodos de demora para o restabelecimento do serviço”, explica Luciana.
De acordo com os relatórios anuais de Desempenho Global de Continuidade (DGC) da própria ANEEL, entre 2013 e 2023, a Copel caiu da 15ª para a 25ª posição no ranking das 29 distribuidoras avaliadas, ocupando atualmente uma das cinco piores posições do país.
Além disso, o Ministério Público do Paraná moveu uma ação pública relacionada às interrupções no município de Curiúva. No processo, é solicitado que a Copel forneça energia de maneira eficiente, regular e contínua, sob pena de multa diária de R$ 10.000,00, além de indenização de R$ 1.000.000,00 pelos prejuízos causados aos consumidores.
Há também diversos relatos de perdas no setor agrícola devido às falhas no fornecimento de energia, sem que a distribuidora ofereça um ressarcimento adequado.
Em outubro deste ano, novos problemas ocorreram após mau tempo e chuvas no estado, deixando mais de 32 mil domicílios nas regiões oeste e sudoeste sem energia elétrica. O mesmo ocorreu em dezembro, com interrupções afetando 19 mil residências.
A Copel justifica os problemas como sendo causados pelas condições climáticas, mas os dados do DGC dos últimos dez anos apontam para uma falha estrutural na prestação do serviço.
“Embora os fatores climáticos possam impactar o fornecimento de energia elétrica, é evidente que a Copel não tem conseguido diminuir esses impactos, o que prejudica significativamente os consumidores paranaenses”, diz a parlamentar.