Com Michelle, caravana “Mulheres com Bolsonaro” passa por Guarapuava

Nesta reta final da campanha, a primeira-dama Michelle Bolsonaro cumpri agenda no Paraná.  Nesta terça (25), ela esteve em Guarapuava acompanhada pela ex-governadora do Paraná Cida Borghetti, a deputada estadual Maria Victória e a deputada federal Christiane Yared.

Nessa segunda-feira (24), a primeira-dama, acompanhada da senadora eleita Damares Alves, passou por Santa Catarina e, hoje, ela esteve em Curitiba. Na manhã desta terça-feira, elas participam de um evento na Igreja Comunhão Cristã ABBA, no bairro Portão.

Michelle e sua caravana seguem para Cascavel ainda hoje. Depois disso, encerram o circuito no Rio Grande do Sul. A caravana, intitulada “Mulheres com Bolsonaro”, é coordenada por Damares Alves.

Vale ressaltar que Michelle Bolsonaro iniciou, nessa segunda-feira (24), a série de visitas ao Sul do país. As viagens fazem parte da estratégia da campanha à reeleição de Jair Bolsonaro (PL), para conquistar o eleitorado feminino.

“Não olhe para o meu marido [Jair Bolsonaro], olhe para mim, que sou uma serva do Senhor. Que dobro os meus joelhos e tenho entendimento do mundo espiritual. Ele é tão falho como eu e você, porque perfeito é só Jesus, e Jesus não agradou a todos”, afirmou a esposa de Jair Bolsonaro, em um de seus discursos.

Deixe um comentário

Ana Júlia rebate deputado bolsonarista e denuncia violência política de gênero

Segundo a deputada, Ricardo Arruda parte para o ataque pessoal por falta de argumentos

A deputada estadual Ana Júlia Ribeiro (PT) rebateu na última segunda-feira (07) os ataques do deputado Ricardo Arruda (PL) feitos após ela solicitar sua substituição na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) devido ao excesso de faltas. Durante a sessão e em entrevista a jornalistas, Arruda tentou desqualificá-la ao afirmar que ela “se comporta como se estivesse no centro acadêmico”, em crítica depreciativa à sua maneira de se expressar e se vestir.

Para Ana Júlia, a postura do parlamentar configura violência política de gênero — crime previsto em lei.
“Ele tentou me humilhar dizendo que eu não sei o que estou fazendo aqui, que isso fica evidente pela forma como falo ou me visto. Alegou ainda que desconheço o regimento por ser jovem e estar em meu primeiro mandato. Não vejo nenhum demérito em ter vindo do movimento estudantil — muito pelo contrário, tenho muito orgulho disso”, disse a parlamentar.

Segundo a deputada, Arruda parte para o ataque pessoal por falta de argumentos. “Ele não sabe fazer política com diálogo e parece incomodado em lidar com uma mulher jovem e com posicionamento firme. Não tenho medo do senhor. Sei do meu trabalho e conheço o regimento.”

Ela também criticou a postura do deputado em relação às suas obrigações parlamentares. “O regimento é claro: não há justificativa para faltas em comissão. Por isso, o deputado deve ser substituído na CCJ.”

Ana Júlia acrescentou que, além das ausências, Arruda não comunicou previamente sua impossibilidade de comparecer nem indicou suplente, o que prejudicou o andamento da comissão. “Na tribuna, o senhor reclama que a CCJ não avança, mas sequer se faz presente. Se não valoriza esse espaço, não deveria ocupá-lo. Isso é hipocrisia.”

A postura do parlamentar repercutiu no plenário. Ana Júlia recebeu apoio do Líder da Oposição, Arilson Chiorato (PT), da deputada Mabel Canto (PSDB) e de outros colegas.

“Durante a sessão, o deputado Arilson cobrou providências da presidência da Casa com base no regimento interno: “O artigo 29 determina que é dever do presidente zelar pelo prestígio da Assembleia e pela dignidade de seus membros em todo o território. Em nome da Bancada de Oposição e de todas as mulheres, pedimos medidas diante desse episódio”.

Faltas reiteradas
Na semana anterior, Ana Júlia já havia solicitado o afastamento de Ricardo Arruda da CCJ por não comparecer às últimas quatro sessões. O Regimento Interno da Assembleia, no Artigo 78, prevê a perda do lugar na comissão em caso de ausência em três reuniões ordinárias consecutivas.

“A participação ativa dos membros é essencial para o bom andamento dos trabalhos legislativos e para garantir o devido processo de análise das matérias em pauta. Ausências reiteradas comprometem a eficiência e a representatividade da comissão. Precisamos de um Parlamento comprometido e responsável”, concluiu Ana Júlia.