“Chega!”

“Chega de sermos procurados, como eleitores, só na hora da eleição e depois sermos esquecidos como cidadãos. Podemos trocar os 513 deputados federais e 54 senadores, mudar o Brasil.

Em conversa com jornalistas no último domingo (22), em Curitiba, o professor Oriovisto falou sobre suas propostas e enfatizou que é chegado o momento de dizer em alto e bom som um Chega! Chega de políticos corruptos, chega de o povo não ter saúde, educação e segurança. Chega de uma justiça que demora demais para prender corruptos e que solta muitos dos que foram presos.

Afastado desde 2012 do Positivo, um dos principais grupos educacionais, industriais gráficos e de informática do país, do qual foi presidente durante 40 anos, Oriovisto disse que entra na política por não aguentar mais ver o país no caminho da corrupção, do desperdício do dinheiro público e da incompetência. Chega de ver o dinheiro dos impostos que pagamos todos os dias, quando compramos arroz e feijão ou qualquer outra mercadoria, sendo desviado para as mordomias dos palácios dos governantes ou para as obras superfaturadas. Chega de políticos voando nos jatinhos da FAB, gastando o dinheiro dos impostos que pagamos, destacou o professor.

O pré-candidato defende uma gestão pública mais eficiente e considera que o governo administra mal os impostos pagos pela população, empregando muita gente e concedendo muitos benefícios e privilégios.  Todos nós entregamos ao governo, direta ou indiretamente, 35% de nossos rendimentos na forma de impostos. Se esse dinheiro fosse bem usado, esse país poderia ser muito mais feliz, ponderou Oriovisto.

Esta foi uma das razões que o levaram a ser candidato. Nunca fui candidato à coisa nenhuma, porque eu era empresário. Eu acho que o sujeito ou é empresário ou é político. Agora não sou mais empresário, mas tenho ainda muita saúde e disposição para trabalhar. Meu único interesse é contribuir para a construção de um país melhor. Conheço bastante os problemas do Brasil, amo esse país e não posso mais suportar vê-lo do jeito que está.

O professor vê as eleições desse ano como a grande oportunidade de o povo mudar o quadro de deputados federais e senadores e, assim, mudar o Brasil. Chega de sermos procurados, como eleitores, só na hora da eleição e depois sermos esquecidos como cidadãos. Podemos trocar os 513 deputados federais e 54 senadores, mudar o Brasil. Chega de não termos segurança, saúde, transporte público, educação pública e gratuita de qualidade.

“Esta prática, de privilégios, benefícios especiais e de corrupção, desencantou o brasileiro que já não acredita mais nos políticos. O povo precisa retomar o poder, com representantes honestos que trabalhem pelo povo

Ele acredita que esta prática, dos privilégios e da corrupção, desencantou o brasileiro que já não acredita nos políticos. O povo precisa retomar o poder, com representantes honestos que trabalhem pelo povo. O artigo 1º da nossa Constituição, em seu parágrafo único, diz que todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente.

O pré-candidato considera que os brasileiros precisam votar de forma consciente, pesquisar a vida dos candidatos e cobrá-los depois das eleições. Ninguém deve ficar indiferente nas próximas eleições. Se conformar e não fazer nada é uma forma de concordar com tudo o que de ruim tem acontecido na nossa política.

Entre as mudanças emergenciais necessárias, o professor defende as reformas política, tributária, previdenciária e jurídica.

REFORMA DA PREVIDÊNCIA

De acordo com o pré-candidato, a reforma previdenciária é uma necessidade e uma questão matemática, pois no ano passado o déficit da previdência social com os setores público e privado somaram R$ 268,8 bilhões. Como a população está envelhecendo, este déficit tende a aumentar. Aqueles que trabalham com cálculo atuarial sabem que, em poucos anos, a previdência vai consumir os recursos do governo, que faltará dinheiro para a remuneração dos funcionários públicos, do exército, da marinha, dos médicos, professores e demais profissionais.

Ele aponta que o Brasil é um dos poucos países do mundo onde o funcionário público se aposenta com o salário integral, enquanto que os contribuintes da iniciativa privada, aposentam-se com valores na média de dois mil reais. Chega de privilégios! Esta é uma receita que não funciona, que concede privilégios enormes a algumas pessoas e uma aposentadoria ridícula à maioria do povo brasileiro. Não é porque a pessoa atua na iniciativa privada ou pública que ela merece ter uma velhice melhor ou pior. É preciso respeitar os direitos adquiridos, mas temos que ter uma previdência única, igual para todos.

REFORMA TRIBUTÁRIA

O professor disse que a questão tributária dificulta muito a vida dos empresários. São impostos demais, mal organizados e mal distribuídos. Para uma empresa recolher os impostos, precisa ter um exército de pessoas trabalhando só para preencher guias, isso precisa ser passado a limpo e simplificado.

Na análise de Oriovisto, que é graduado em Economia, o governo não pode mais aumentar os impostos, uma vez que a carga tributária já é altíssima. Imprimir moeda ou títulos da dívida pública também não seria possível, porque os juros explodiriam e a economia pararia. A única maneira de obtermos recursos para investir em educação, saúde, segurança e infraestrutura das estradas e dos portos é por meio da economia, da melhor gestão do governo, com corte gastos supérfluos, demissão do excesso de funcionários, daqueles que não trabalham, fim de privilégios, obras sem superfaturamento e combate à corrupção. Se isto for feito, haverá recursos para tudo que necessitamos e ainda sobrará até para pagar as dívidas do governo.

COMO ESTÁ A DISPUTA

Nas eleições deste ano serão duas vagas para o Senado e cada paranaense poderá votar em dois nomes. Os pré-candidatos são os ex-governadores Beto Richa (PSDB) e Roberto Requião (MDB); professor Oriovisto (PODEMOS), deputado federal Alex Canziani (PTB); deputada federal Cristiane Yared (PR); deputado federal Delegado Francischini (PSL); ex-senador Flávio Arns (Rede); servidora pública estadual Jacqueline Parmegiani (PSOL); ex-vice-prefeita de Curitiba, Mirian Gonçalves (PT); deputado estadual Ney Leprevost (PSD); servidor público estadual Rodrigo Tomazini (PSOL); deputado federal Takayama (PSC); ex-deputado federal Wilson Picler e ex-vereador de Santa Cruz de Monte Castelo, Zé Boni (PRTB).