O nome de Richa esteve nos trending topics do Twitter na manhã desta terça (11) (Foto: Silvia Constanti)
Por Jonas Laskouski (matéria atualizada às 17h12)
Como não poderia deixar, já que o assunto tomou conta das redes sociais na manhã desta terça-feira, os principais candidatos que concorrem ao posto de governador se manifestaram sobre a prisão do ex-governador e candidato ao Senado, Beto Richa. Cada um à sua maneira. Veja o que cada um postou no Facebook:
Como se vê, Ratinho Jr e a governadora Cida Borghetti não citam o nome de Beto Richa. Já João Arruda e Dr. Rosinha são mais diretos e enfáticos:
BETO CONTINUA CANDIDATO?
Direto ao ponto, a resposta é sim.
A Lei da Ficha Limpa só impede que pessoas condenadas em segunda instância pela, por decisão colegiada, sejam candidatas. É o caso do ex presidente Lula, que foi julgado pelo TRF 4, do Rio Grande do Sul. Já o candidato ao governo do Rio de Janeiro, por exemplo, que foi preso mais de uma vez, segue candidato, pois não teve nenhuma das denúncias que mencionam seu nome julgadas em segunda instância.
A prisão deverá impactar diretamente nos números de futuras pesquisas de intenção de voto, que apontam as tendências do eleitorado. No entanto, legalmente, prevalece tudo como está. Apesar do registro de Richa ainda não ter sido deferido pelo Tribunal Superior Eleitoral por questões meramente burocráticas (a maioria dos candidatos ao Senado não teve o registro deferido ainda), a prisão de hoje não terá interferência neste registro.
O QUE DISSE O MPF
Segundo o Ministério Público Federal de Curitiba, a prisão do ex-governador teve por objetivo estancar a prática de crimes de suborno. Em nota divulgada pelo MPF, interceptações telefônicas mostram que Deonilson Roldo, ex-chefe de gabinete de Richa, também preso na operação de hoje, coordenava a campanha atual do ex-governador ao Senado de forma oculta.
Com base nas evidências das investigações, existe um contexto mais amplo de corrupção dentro do governo do Paraná, em diferentes setores. As investigações também mostram, segundo o MPF, que Jorge Atherino – empresário apontado como o operador financeiro do esquema, e que também foi preso – continua movimentando somas expressivas de dinheiro. A liberdade dos réus coloca em risco a ordem pública, disse a nota.
Para o juízo da 13ª Vara Federal Criminal, não se trata de um crime trivial, envolvendo pelo menos R$ 3,5 milhões em subornos. O contexto não é de envolvimento ocasional em crimes de corrupção, diz a nota. (Com informações da Tribuna do Paraná).
O DER-PR ressalta ainda que o programa Patrulha do Campo, iniciado em março de 2013, foi encerrado em julho de 2015. Já o contrato com a concessionária Rota das Fronteiras para a concessão do Corredor da PR-323 foi rescindido em maio de 2017, sem qualquer ônus para o Estado”.