A Polícia Rodoviária Federal fiscaliza cerca de 4 mil quilômetros de malha viária no Paraná (Crédito: AgênciaPRF)
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) registrou uma queda de 20,1% das mortes no Paraná ao longo de 2018. O total de mortes caiu de 613, em 2017, para 490 no ano passado. O número é o mais baixo desde o início da série histórica, em 2010.
O total de pessoas feridas passou de 9.461 para 8.108, uma redução de 13,5%. E o de acidentes atendidos pela PRF no estado caiu 26,6%, de 10,6 mil para 7,8 mil. Pela primeira vez nos últimos nove anos, o patamar de mortes ficou abaixo de 500.
Até então, o ano menos violento havia sido o de 2015, quando 583 mortes foram contabilizadas. O pico de vítimas mortas ocorreu em 2012 (855).
Perfil dos acidentes fatais
As principais causas dos acidentes que resultaram em vítimas mortas no ano passado foram falta de atenção do condutor (25,7% das mortes); falta de atenção do pedestre (17,8%); velocidade incompatível (15,5%); desobediência às normas de trânsito (15,5%); ingestão de álcool (4,9%); e ultrapassagem indevida (3,1%).
As colisões frontais responderam por 27,3% das mortes, seguidas pelos atropelamentos (24,5%). Juntos, esses dois tipos de acidente representaram, portanto, mais da metade dos óbitos registrados.
Duas a cada três mortes ocorreram no período noturno, durante o amanhecer ou anoitecer. A maioria das mortes ocorreu em situação de pista seca (87,1%) e em trechos de reta (72,9%). Os trechos de pista simples concentraram 56,7% das mortes. Condutores ou garupas de motocicletas foram 17,4% das vítimas; ciclistas, 6,8%.
A cada cinco mortos, quatro eram homens. Crianças de zero a 11 anos de idade foram 2,5% das vítimas mortas. Adolescentes, 3%. Idosos com mais de 60 anos, 13,9%.
Ações de fiscalização
Em 2018, os policiais rodoviários federais flagraram 3.858 motoristas dirigindo sob efeito de bebidas alcoólicas no Paraná. Outros 24,4 mil foram autuados por manobras irregulares de ultrapassagem. E 296,3 mil tiveram as placas de seus veículos capturadas por radares portáteis da PRF, por transitar acima dos limites máximos de velocidade.
A PRF também constatou 2.104 crianças sendo transportadas sem cadeirinha, assento de elevação ou bebê-conforto. As autuações por transportar crianças sem cadeirinha ultrapassaram as relativas ao uso de telefone celular nas rodovias federais (1.595 notificações). As equipes da PRF emitiram ainda 14,5 mil autos de infração por não utilização do cinto de segurança.