O Paraná registrou em 2015 o menor número de homicídios dolosos (com intenção de matar) dos últimos nove anos. Durante todo o ano passado foram contabilizadas 2.416 mortes no Paraná – uma queda de 4% se comparada com o ano de 2014, que fechou com 2.515 assassinatos. É o terceiro ano seguido de redução no índice desse tipo de crime no Estado.
Os dados de 2015 mostram uma queda consistente no número de homicídios em Curitiba e em todo o Paraná. São três anos seguidos de redução. Revelam que estamos no caminho certo para reduzir cada vez mais os crimes contra a vida no nosso Estado, disse o secretário da Segurança Pública, Wagner Mesquita. Esse resultado é fruto de um trabalho cada vez mais integrado entre a Polícia Civil e Militar e o fortalecimento da Polícia Científica, afirmou.
Os números indicam uma tendência contínua de queda da violência nos últimos três anos no Paraná. Os registros de 2014 já haviam revelado uma redução de 57 assassinatos, na comparação com 2013. Foram 2.515 ocorrências em 2014 e 2.572 em 2013. A redução ocorreu depois de outro importante recuo em 2013. Naquele ano, o índice despencou 18% em comparação a 2012.
CURITIBA – De acordo com o relatório elaborado pela Coordenadoria de Análise e Planejamento Estratégico (Cape), Curitiba contribuiu de forma expressiva para a queda nos números estaduais, com 120 assassinatos a menos em 2015, quando comparados com 2014.
Os 449 homicídios dolosos registrados na capital, no ano passado, mostram uma redução de 21,09% em relação a 2014 (569) e também representam o menor índice desde 2007, quando começou o levantamento realizado pela Secretaria da Segurança Pública e Administração Penitenciária do Paraná (Sesp).
No ano de 2015 foram realizadas diversas operações nas áreas tidas como mais críticas em Curitiba, ações em sua grande parte em conjunto com a Polícia Militar e por vezes com a Guarda Municipal. A Divisão de Homicídios também contou com um incremento do setor de inteligência. Conseguimos mapear as regiões mais problemáticas, bem como identificar fatores que expõem risco maior, explicou o delegado-titular da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Curitiba, Miguel Stadler.
O trabalho ajudou na identificação de membros de grupos ou de gangues, ocorrendo prisões, indiciamentos, ora nos inquéritos de homicídios, ora em flagrantes. Certo de que a queda nos índices de homicídios na capital deve-se a uma somatória de ações, acreditamos que essas operações, a integração com as demais forças policiais, a qualificação e dedicação dos policiais contribuíram para essa redução, reforçou Stadler.
INTERIOR – Dos 399 municípios paranaenses, 266 cidades, ou 66,6%, reduziram ou mantiveram estáveis seus registros de homicídio dolosos em 2015 no comparativo com o ano anterior.
Entre elas, além de Curitiba, estão as maiores cidades do Estado, como: Londrina, que apresentou redução de 41% no índice de homicídios, caindo de 93 para 55 mortes em 2015; Maringá, que reduziu os casos em 33,3%, de 51 mortes em 2014 para 34 no ano passado; e Cascavel, com recuo de 1,3%. Em Medianeira, os casos de assassinato cairam 78,5%. Foz do Iguaçu o índice se manteve estável, com 112 mortes em 2015, uma a menos que no ano anterior.
Para o comandante-geral da Polícia Militar, coronel Maurício Tortato, a queda nos números representa um processo continuado de atuação da corporação, integrada à Polícia Civil e aos demais órgãos que promovem segurança pública no estado.
Sempre com o compromisso de proteção do nosso maior bem que é a vida. O compromisso de continuarmos com afinco e muito trabalho na redução dos índices de violência e criminalidade permanece, ainda mais agora em que temos um aumento do nosso efetivo, que está em processo de formação, e muito em breve estará nas ruas promovendo a segurança pública, afirmou. Na terça-feira (16), 2.884 novos policiais foram apresentados.
Com o forte trabalho de repressão ao tráfico de drogas e as ações paralelas de investigações das delegacias especializadas, além das ações integradas com as forças de segurança, conseguimos reduzir o número de homicídio em todo Paraná, afirmou o delegado-geral da Polícia Civil, Julio Cezar dos Reis.