Justiça marca para dezembro julgamento de Manvailer

Luís Felipe Manvailer, acusado de assassinar a advogada Tatiane Spitzner, vai a júri popular nos dias 03 e 04 de dezembro de 2020. A decisão é do juiz Adriano Scussiato Eyng desta segunda-feira (14). O magistrado também negou que o governador Ratinho Júnior preste depoimento sobre a Lei de Combate ao Feminicídio.

O julgamento deve começar às 09h do dia 3 de dezembro, no Fórum de Guarapuava, tendo o dia 4 reservado também para o Caso Tatiane Spitzner. Lembrando que, se houver necessidade, o júri popular pode ser prorrogado para os dias seguintes.

“A família recebe com tranquilidade a notícia que foi marcado o júri e a deposita grande expectativa que a justiça seja feita com a condenação do réu, que segue preso”, afirmou Gustavo Scandelari, representante da família Spitzner. “A família de Tatiane Spitzner deposita nesse julgamento, grande expectativa de que Justiça seja feita com a condenação do réu que está preso e deverá continuar a responder ao processo preso”, concluiu.

Mudança de Cidade – A defesa de Luís Felipe Manvailer solicitou judicialmente a mudança de onde ocorrerá o julgamento, de Guarapuava, onde ocorreu o crime, para Foz do Iguaçu. Segundo a defesa, os cidadãos de Guarapuava não seriam imparciais. Entre os motivos, alegados pelos representantes de Manvailer, estão a manifestação realizada na Praça 9 de dezembro, com 89 cruzes em memória à Tatiane, e um vídeo publicado no Instagram da Prefeitura, no Dia de Combate ao Feminicídio.

Para Scandelari no entanto, a solicitação não se justifica, uma vez que a causa ganhou ampla repercussão nacional e até internacional. No Facebook, por exemplo, a página Todos por Tatiane Spitzner, criada pela família, reúne mais de 44 mil pessoas, de diferentes regiões do país.

“A própria defesa se contradiz quando afirma, no pedido, que também Curitiba seria uma cidade inadequada para a realização do Júri, por conta de manifestações que houve na capital. A defesa parece acreditar que pode ela mesma escolher o local do julgamento e os jurados”, afirma Scandelari.

O Caso – Tatiane Spitzner foi encontrada morta no apartamento onde o casal morava, no centro de Guarapuava. Luis Felipe Manvailer responde por homicídio qualificado, com a qualificadora de feminicídio, e por fraude processual.

De acordo com a denúncia, Manvailer matou a advogada após diversas agressões físicas que teriam iniciado após um desentendimento ocorrido em virtude de mensagens em redes sociais, agindo por motivo fútil e desproporcional.

Colaborou: Willian M. Bressan

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