Julgamento de Luis Felipe Manvailer será nesta quarta

Está previsto para começar nesta quarta-feira (10), o julgamento de Luis Felipe Manvailer, acusado de ter matado a esposa Tatiane Spitzner, em Guarapuava, em 2018, em um caso de violência doméstica que ganhou repercussão nacional. Inicialmente marcado para ocorrer em dezembro, de 2020, o julgamento foi adiado após o Juízo atender pedido da defesa do réu.

O réu foi denunciado pelo Ministério Público do Paraná (MPPR) por homicídio qualificado (feminicídio, motivo fútil e morte mediante asfixia) e fraude processual. A gravidade dos fatos levou a edição de lei que estabeleceu a data do crime – 22 de julho – como o Dia de Combate ao Feminicídio no estado. Pelo Ministério Público do Paraná, atuará na sessão o promotor titular da 10ª Promotoria de Justiça de Guarapuava.

Denúncia – Conforme a denúncia criminal oferecida pelo MPPR, por meio da 10ª e da 12ª Promotorias de Justiça da comarca, na madrugada do dia 22 de julho de 2018, após uma discussão quando retornavam de uma casa noturna, o réu passou a agredir a vítima. Boa parte dos fatos chegou a ser registrada pelas câmeras de segurança do prédio onde o casal residia. Ao final das agressões, segundo a ação penal, a mulher teria sido lançada da sacada do apartamento pelo denunciado.

No julgamento, o Ministério Público sustentará a tese de homicídio qualificado (feminicídio, motivo fútil e morte mediante asfixia) e fraude processual (por ter removido o corpo da vítima do local da queda e limpado vestígios de sangue deixado no elevador).

A tese do MPPR, comprovada pelo Laudo de Necropsia e pelo Laudo Anatomopatológico, é de que a vítima foi jogada da sacada quando já estava morta.

O denunciado foi preso no mesmo dia do crime, ao tentar fugir. Ele foi encontrado após bater o carro na estrada, em São Miguel do Iguaçu, a 340 quilômetros de Guarapuava – e a cerca de 50 quilômetros da fronteira do país com o Paraguai.

O julgamento ocorre na Vara do Tribunal do Júri de Guarapuava, com a adoção de medidas de prevenção ao contágio pelo coronavírus, como a restrição de acesso ao local. A transmissão será feita por meio do canal no youtube do TJPR.

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