“Que sejamos construtoras de nós mesmas”

 

Vamos falar de poder? Do poder feminino? Do empoderamento, que vejo tantas de nós buscando? Vamos falar sobre o que é uma mulher poderosa? Sim, vamos!

Estamos carecendo dessa reflexão mais que sempre. Para mim, uma mulher poderosa, ou empoderada – se preferirem assim denominar – é uma mulher que se constrói. Constrói a si própria. Constrói-se com força, determinação, perseverança, muito estudo, muito trabalho, inteligência, leitura, sabedoria, respeito, e amor. Constrói-se pela forma como se comporta – tanto consigo mesma quanto com as outras pessoas, e em especial com os homens. Constrói-se pela forma como se comunica. Constrói-se pela forma como se apresenta!

No entanto, tenho visto que, por influência do Movimento Feminista – que anda de mãos dadas com o PT e, ao misturar-se com ele, perde-se em si mesmo – as mulheres que querem tanto o poder, ao invés de construírem-se, estão é destruindo os homens. E ao destruí-los, estão destruindo mais ainda a si mesmas.

Estamos acabando com os homens! Literalmente. Estamos acabando com todas as características naturais e instintivas do sexo masculino. E daí reclamamos que não existem mais homens como os de antigamente, que os homens não assumem mais nada, que não são mais homens… Como poderiam ser?

A partir do momento que as mulheres se tornaram as caçadoras dos homens, as competidoras na arte de beber até cair – mas antes de cair dar muito vexame -, as possuidoras de sua sexualidade ensandecida e sem critério algum na escolha dos parceiros, as libertadoras milagrosas e instantâneas de todos os condicionamentos adquiridos ao longo de milhares de anos pelo nosso gênero, a partir daí nós começamos a assumir a posição deles, e agora estamos chegando numa situação insustentável. Agora são as mulheres que ameaçam ou destroem as carreiras de homens brilhantes com denúncias inverídicas. Elas que os xingam, que os agridem fisicamente com objetos ou com suas próprias mãos. Que os machucam fisicamente, às vezes bastante até. Mas não são denunciadas por eles, porque o instinto de proteção e de responsabilidade que muitos deles carregam ainda permanece presente, graças a Deus!

Estamos reduzindo os homens a pó e não estamos percebendo. Mas e daí? Estou dizendo que todos os homens são santos? Claro que não! Muitos homens carregam muitas coisas ruins dentro de si e descarregam em suas mulheres, sim. Agridem-nas, machucam-nas, às vezes matam-nas de forma muito cruel! E é claro que devem ser responsabilizados por isso.

Mas meu questionamento é mais profundo. Muito mais profundo. Porque as agressões não começam do dia para noite, a ponto de levar a uma morte… As agressões começam pequenininhas, aos poucos, de forma gradativa… Com palavras, com risadas, com pequenas proibições… E se não encontrarem reflexos vão se avolumando e se tornando maiores e piores, até chegar à morte da mulher às vezes.

Mas e então, o que fazer? Como mudar isso? Na base, e não no topo da pirâmide apenas; na causa, e não apenas no efeito… Denunciar, condenar, punir, é agir no efeito, apenas. Precisamos agir na causa, ou nas causas. Na educação que damos às nossas filhas. Na construção das mesmas desde pequeninas. Estimulando-as a estudarem muito, a desenvolverem seu intelecto e seu potencial ao máximo que puderem, a conquistarem sua independência financeira e emocional… Precisamos parar de tratar mulheres adultas como bibelôs, e fazê-las assumirem os reflexos dos seus erros. Precisamos ter nossas aspirações financeiras e sociais satisfeitas por nós mesmas, pelo nosso trabalho, e não através de um bom partido. Precisamos enxergar que agredir um homem não é piti, nem crise, nem nervosismo; mas agressão também, e não temos o direito de fazê-la. E além de agressão, burrice. Porque se tem uma coisa em que jamais seremos superiores aos homens, é na força física. E também porque por mais fortonas e poderosas que sejamos, sempre vamos querer um homem mais forte que nós, em vários sentidos. Precisamos nos lembrar que um velho ditado popular que dizia antes só do que mal acompanhada é muito sábio e que, portanto, se o relacionamento com algum homem é abusivo ele deve ser deixado para trás antes que as agressões fiquem mais sérias.

Precisamos entender que ficarmos nuas em público, chutando cruzes, falando palavrões e nos auto-denominando de vadias só vai gerar mais desrespeito ainda por parte dos homens e de muitas mulheres também! Precisamos entender que nossa força está dentro de nós, e não fora. Está na nossa inteligência, nossa sabedoria, nossa sensibilidade, e, principalmente, na nossa intuição. Precisamos enxergar que existe tanto, mas tanto poder dentro de nós que podemos transformar homens medianos em grandes homens mas, por outro lado, se não soubermos usá-lo podemos reduzir grandes homens a nada. Enfim, que possamos entender que uma mulher poderosa é uma mulher que se construiu e se constrói todos os dias, ajudando outras também a se construírem; e não uma mulher que destrói homens ou que ajuda outras a os destruírem.

Que sejamos a cada dia mais engenheiras de nós mesmas e dos homens com os quais nos relacionamos, e menos demolidoras dos homens e das relações com eles, que tanto desejamos para nosso equilíbrio. Essa é a minha reflexão. Que ela possa ajudar você também a refletir sobre isso.