Simepar alerta para a formação de novas tempestades nesta terça-feira

Após a forte chuva que atingiu Curitiba e região metropolitana no início da noite desta segunda-feira (17),causando alagamentos em ruas do centro da cidade, a previsão é de temperaturas elevadas em todas as regiões do estado com possibilidade de desenvolvimento de nuvens de tempestades entre o oeste, sudoeste, central e sul do Paraná no decorrer do dia.

De acordo com o Instituto Meteorológico do Paraná (Simepar), o tempo segue abafado em todas as regiões por conta do intenso fluxo de ar quente e úmido que está sobre o Paraná. Pela manhã, o sol predomina e as temperaturas sobem, mas há chance de chuvas rápidas e isoladas devido ao excesso de umidade afetando, principalmente, as regiões noroeste e oeste.

No decorrer da tarde, porém, o Simepar alerta para a formação de temporais que atingem a maioria das regiões paranaenses de forma isolada. São chuvas bem isoladas e que não atingem todas as cidades de uma mesma região e tampouco todos os bairros de uma mesma cidade; no entanto, os temporais podem apresentam muitos raios, rajadas de vento e, eventualmente, queda de granizo, diz a nota. De acordo com o meteorologista Lizandro Jacóbsen, são esperados o desenvolvimento de nuvens de tempestades entre os setores oeste, sudoeste e central e sul.

O Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) emitiu um alerta sobre a incidência de uma tempestade com ventos entre 61 Km/h e 99 Km/h que atinge o Rio Grande do Sul e Santa Catarina e também o sul e sudoeste do Paraná onde haverá condições para descargas elétricas, rajadas de vento e queda de granizo isolado.

Para quarta-feira (19), o Simepar prevê que um sistema de baixa pressão sobre o Paraguai se estenda em direção ao Rio Grande do Sul contribuindo com o tempo chuvoso em toda a região Sul do Brasil. No Paraná, o fluxo de ar quente e úmido deve manter o dia quente durante o período da manhã e da tarde com previsão de chuvas em forma de pancadas com muitos raios entre a tarde e a noite em todas as regiões do estado.

Temporal no Paraná

Ventos de 40 km/h e chuva de 25 mm deixaram ruas completamente alagadas em Curitiba na segunda-feira (17). Depois de um dia de sol forte e calor intenso, o temporal assustou os moradores da cidade. Mas a chuvarada, que durou pouco menos de uma hora, causou mais sustos que estragos.

A Defesa Civil Municipal não registrou nenhuma ocorrência na cidade. Queda de energia elétrica e ruas alagadas foram as únicas constatações da consequência do temporal na capital. Os bairros mais atingidos foram Centro e Rebouças. Na rua Visconde de Nacar, no centro da cidade, os carros tiveram dificuldades em trafegar por conta do nível de água sobre o asfalto.

Já no interior do Estado as chuvas causaram mais estragos. A Defesa Civil do Estado registrou 30 casas destelhadas, prejudicando 120 pessoas nos municípios de Santo Antônio do Sudoeste e Capanema, no Sudoeste do Estado. Há registro de ocorrências, ainda não computadas, também em Pato Branco, Mariopólis e Entre Rios, porém, até as 21 horas, ainda não havia informações sobre a extensão dos danos.

Com: Paraná Portal

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Mata Atlântica: Paraná reduz 95% do desmatamento ilegal em quatro anos

De acordo com levantamento do Instituto Água e Terra, a supressão vegetal passou de 6.939 hectares, registrados em 2021, para 329 hectares em 2024

O Paraná reduziu em 95,2% o desmatamento ilegal da Mata Atlântica nos últimos quatro anos, de 6.939 hectares, em 2021, para 329 hectares em 2024. As informações são de um levantamento produzido pelo Instituto Água e Terra (IAT), autarquia vinculada à Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável (Sedest).

O balanço foi coordenado pelo Núcleo de Inteligência Geográfica e da Informação (NGI) do órgão ambiental, setor desenvolvido para colaborar com a vigilância do patrimônio natural paranaense, com base nos alertas publicados pela Plataforma MapBiomas, uma iniciativa do Observatório do Clima.

Entre as regionais do IAT que apresentaram as reduções mais significativas no período estão a de Francisco Beltrão, que passou de 706,01 hectares para 11,26 hectares (queda de 98%), seguida do Litoral (de 58,58 hectares para 1,88 hectare) e Pato Branco (de 571,79 hectares para 17,68 hectares), ambas com 96%.

Fecham o ranking os núcleos de Cascavel (de 278,51 hectares para 12,86 hectares), Irati (de 473,47 hectares para 22,92 hectares) e Guarapuava (de 2.596,06 hectares para 111,73 hectares), todos com diminuição de 95%.

Fiscalização – A redução significativa pode ser atribuída a melhorias nas ações de fiscalização desenvolvidas pelo IAT, tanto em vistorias a campo quanto de forma remota. De 2021 para 2024, o número de Autos de Infração Ambiental (AIAs) ligados a crimes contra a flora nativa aumentou em 65%, passando de 3.183 para 5.252. O valor total das multas também cresceu, indo de R$ 78.797.343 para R$ 134.067.876 no ano passado, um aumento de 70%.

Somente em 2024, em número de infrações, as regionais de Guarapuava (745), Curitiba (633), Francisco Beltrão (584), Irati (529) e Ponta Grossa (420) foram as que mais advertiram. Somados, esses escritórios do IAT aplicaram R$ 84,9 milhões (63%) em multas ambientais relacionadas à supressão vegetal.

O valor arrecadado com as infrações é repassado integralmente ao Fundo Estadual do Meio Ambiente. A reserva financeira tem como finalidade financiar planos, programas ou projetos que objetivem o controle, a preservação, a conservação e a recuperação do meio ambiente, conforme a Lei Estadual 12.945/2000.

Gerente de Monitoramento e Fiscalização do IAT, Álvaro Cesar de Goes destaca que o aumento do volume de multas reforça a eficácia do trabalho desenvolvido pelo órgão ambiental no combate ao desmatamento criminoso no Paraná. “Esse balanço mostra claramente a forte atuação do IAT, por meio dos nossos agentes fiscais, que estão espalhados por todo o Paraná, mas principalmente nas áreas onde ainda se concentram a maior reserva de vegetação nativa da Mata Atlântica”, afirma.

“Com o apoio de ferramentas tecnológicas, conseguimos identificar e punir os infratores com uma maior rapidez. Isso nos possibilita realizar operações de rotina e planejadas, atuando por terra, água e também com apoio aéreo”, acrescenta o gerente.

Como Ajudar – A denúncia é a melhor forma de contribuir para minimizar cada vez mais os crimes contra a flora e a fauna silvestres. Quem pratica o desmatamento ilegal está sujeito a penalidades administrativas previstas na Lei Federal nº 9.605/98 (Lei de Crimes Ambientais) e no Decreto Federal nº 6.514/08 (Condutas Infracionais ao Meio Ambiente). O responsável também pode responder a processo por crime ambiental.

O principal canal do Batalhão Ambiental é o Disque-Denúncia 181, o qual possibilita que seja feita uma análise e verificação in loco de todas as informações recebidas do cidadão. No IAT, a denúncia deve ser registrada junto ao serviço de Ouvidoria, disponível no Fale Conosco, ou nos escritórios regionais. É importante informar a localização e os acontecimentos de forma objetiva e precisa. Quanto mais detalhes sobre a ocorrência, melhor será a apuração dos fatos e mais rapidamente as equipes conseguem realizar o atendimento.