Londrina tem o melhor saneamento entre as cidades do PR

O Ranking do Saneamento nas 100 Maiores Cidades, feito pelo Instituto Trata Brasil, mostra que Londrina é a cidade do Paraná com o melhor resultado. Consideradas as cidades analisadas no país, Londrina é a que obteve a segunda melhor nota. O estudo leva em conta 12 indicadores que resultam numa nota. Londrina conquistou 9,19. A primeira colocada, Franca (SP), teve nota 9,46. O levantamento do Trata Brasil utilizou os últimos dados publicados pelo Ministério das Cidades no Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), ano-base 2014.

Além de Londrina, outras cidades paranaenses atendidas pela Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar) tiveram bom resultado. Maringá é a 4a melhor, Ponta Grossa, a 10a, Curitiba, a 11a. Cascavel ocupa a 18a colocação, Foz do Iguaçu está na posição 33 e São José dos Pinhais, na 49. Entre as capitais, Curitiba é a primeira colocada.

Investir em saneamento é uma prioridade para nós. Quanto mais qualidade nos serviços de abastecimento de água e nos de coleta e tratamento de esgoto mais saúde nós levamos à população do Paraná. A excelente nota de Londrina e as das demais cidades paranaenses resultam do trabalho sério das equipes da Sanepar, que atende 345 municípios no nosso estado, destacou o governador Beto Richa.

O levantamento com base nos dados de 2014 mostra que, no Brasil, 83% da população conta com o serviço de abastecimento de água tratada, 49,8% têm coleta de esgoto e apenas 40,8% do esgoto coletado é tratado.

No Paraná, atualmente, a cobertura com abastecimento de água é de 100% nas cidades atendidas pela Companhia. Na coleta de esgoto, o índice atual da Sanepar é de 67%. Praticamente todo o esgoto coletado é tratado. O índice de dezembro de 2015 é de 99,5%.

O Instituto Trata Brasil divulga seu tradicional Ranking do Saneamento Básico nas 100 Maiores Cidades desde 2009, sempre com base nos dados informados pelas empresas operadoras de água e de esgoto ao Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento Básico (SNIS).

DIVERSAS OBRAS – Investimentos importantes estão sendo feitos em Londrina e contribuem para o resultado revelado pelo Trata Brasil. Estão sendo ampliadas as estações de tratamento de esgoto Sul e Norte. Serão investidos mais de R$ 52 milhões nos próximos três anos. A primeira etapa das obras está em fase de conclusão. Haverá mais duas etapas dos trabalhos, em 2016 e em 2017.

Estão em licitação três novos reservatórios para água tratada, que serão implantados nos centros de reservação existentes Sul, Semíramis e Ouro Branco.

Outras obras importantes foram feitas pela Sanepar nos últimos anos, em Londrina. Entre elas, a Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) Esperança, que conta com um moderno sistema de controle de odores. Também houve a duplicação do Sistema Produtor Tibagi, obra inaugurada em dezembro de 2014.

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Mata Atlântica: Paraná reduz 95% do desmatamento ilegal em quatro anos

De acordo com levantamento do Instituto Água e Terra, a supressão vegetal passou de 6.939 hectares, registrados em 2021, para 329 hectares em 2024

O Paraná reduziu em 95,2% o desmatamento ilegal da Mata Atlântica nos últimos quatro anos, de 6.939 hectares, em 2021, para 329 hectares em 2024. As informações são de um levantamento produzido pelo Instituto Água e Terra (IAT), autarquia vinculada à Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável (Sedest).

O balanço foi coordenado pelo Núcleo de Inteligência Geográfica e da Informação (NGI) do órgão ambiental, setor desenvolvido para colaborar com a vigilância do patrimônio natural paranaense, com base nos alertas publicados pela Plataforma MapBiomas, uma iniciativa do Observatório do Clima.

Entre as regionais do IAT que apresentaram as reduções mais significativas no período estão a de Francisco Beltrão, que passou de 706,01 hectares para 11,26 hectares (queda de 98%), seguida do Litoral (de 58,58 hectares para 1,88 hectare) e Pato Branco (de 571,79 hectares para 17,68 hectares), ambas com 96%.

Fecham o ranking os núcleos de Cascavel (de 278,51 hectares para 12,86 hectares), Irati (de 473,47 hectares para 22,92 hectares) e Guarapuava (de 2.596,06 hectares para 111,73 hectares), todos com diminuição de 95%.

Fiscalização – A redução significativa pode ser atribuída a melhorias nas ações de fiscalização desenvolvidas pelo IAT, tanto em vistorias a campo quanto de forma remota. De 2021 para 2024, o número de Autos de Infração Ambiental (AIAs) ligados a crimes contra a flora nativa aumentou em 65%, passando de 3.183 para 5.252. O valor total das multas também cresceu, indo de R$ 78.797.343 para R$ 134.067.876 no ano passado, um aumento de 70%.

Somente em 2024, em número de infrações, as regionais de Guarapuava (745), Curitiba (633), Francisco Beltrão (584), Irati (529) e Ponta Grossa (420) foram as que mais advertiram. Somados, esses escritórios do IAT aplicaram R$ 84,9 milhões (63%) em multas ambientais relacionadas à supressão vegetal.

O valor arrecadado com as infrações é repassado integralmente ao Fundo Estadual do Meio Ambiente. A reserva financeira tem como finalidade financiar planos, programas ou projetos que objetivem o controle, a preservação, a conservação e a recuperação do meio ambiente, conforme a Lei Estadual 12.945/2000.

Gerente de Monitoramento e Fiscalização do IAT, Álvaro Cesar de Goes destaca que o aumento do volume de multas reforça a eficácia do trabalho desenvolvido pelo órgão ambiental no combate ao desmatamento criminoso no Paraná. “Esse balanço mostra claramente a forte atuação do IAT, por meio dos nossos agentes fiscais, que estão espalhados por todo o Paraná, mas principalmente nas áreas onde ainda se concentram a maior reserva de vegetação nativa da Mata Atlântica”, afirma.

“Com o apoio de ferramentas tecnológicas, conseguimos identificar e punir os infratores com uma maior rapidez. Isso nos possibilita realizar operações de rotina e planejadas, atuando por terra, água e também com apoio aéreo”, acrescenta o gerente.

Como Ajudar – A denúncia é a melhor forma de contribuir para minimizar cada vez mais os crimes contra a flora e a fauna silvestres. Quem pratica o desmatamento ilegal está sujeito a penalidades administrativas previstas na Lei Federal nº 9.605/98 (Lei de Crimes Ambientais) e no Decreto Federal nº 6.514/08 (Condutas Infracionais ao Meio Ambiente). O responsável também pode responder a processo por crime ambiental.

O principal canal do Batalhão Ambiental é o Disque-Denúncia 181, o qual possibilita que seja feita uma análise e verificação in loco de todas as informações recebidas do cidadão. No IAT, a denúncia deve ser registrada junto ao serviço de Ouvidoria, disponível no Fale Conosco, ou nos escritórios regionais. É importante informar a localização e os acontecimentos de forma objetiva e precisa. Quanto mais detalhes sobre a ocorrência, melhor será a apuração dos fatos e mais rapidamente as equipes conseguem realizar o atendimento.