Exposição destaca força e ressignificação de mulheres que lutam contra o câncer de mama

A iniciativa, do Clã das Cicatrizes da UniGuairacá, nasceu de vivências pessoais e coletivas, transformando marcas físicas e emocionais em símbolos de superação

A UniGuairacá recebe nesta semana a exposição fotográfica ‘Clã das Cicatrizes’, um projeto que transcende a arte e se consolida como uma celebração das lutas e conquistas das mulheres que enfrentam o câncer de mama. Idealizada pela pedagoga e bordadeira Joice Tesseroli e pela fotógrafa Dani Leela, a iniciativa nasceu de vivências pessoais e coletivas, transformando marcas físicas e emocionais em símbolos de superação.

A mostra está dividida em duas fases: ‘Marcas de Combate’, lançada em 2023, e ‘Entrelinhas’, prevista para 2024, viabilizada pela Lei Paulo Gustavo. A segunda etapa também resultará em um documentário que abordará o papel das redes de apoio no enfrentamento e no pós-tratamento do câncer.

Uma história bordada em resiliência

O projeto ‘Clã das Cicatrizes’ começou em 2023, inspirado pela experiência pessoal de Dani Leela, que enfrentou o câncer de mama em 2021, com Joice como parte de sua rede de apoio. O bordado, técnica herdada por Joice de sua avó, foi incorporado às fotografias de Dani como uma forma de expressar as histórias de dor e superação das mulheres retratadas.
As idealizadoras buscaram inspiração no livro “Mulheres que Correm com os Lobos”, de Clarissa Pinkola Estés, adaptando o conceito do “capote das dores não faladas” para o bordado. O resultado é uma arte que ressignifica as cicatrizes e dá voz às experiências individuais dessas mulheres.

Redes de apoio

Cada peça da exposição combina fotografia e bordado, explorando narrativas pessoais de transformação. “A arte chega a lugares que outros meios não conseguem, ajudando a tratar temas urgentes e necessários”, destacou Joice.
A exposição também reforça a importância do diagnóstico precoce, do cuidado integral e, principalmente, das redes de apoio – família, amigos e profissionais da saúde – que tornam o processo de tratamento mais humano. Para muitas mulheres, o câncer não é apenas uma batalha física, mas uma jornada de crescimento pessoal.

Embora iniciativas como o Outubro Rosa tragam visibilidade ao câncer de mama, o projeto enfatiza a necessidade de atenção contínua ao longo de todo o ano. Além da mostra, o ‘Clã das Cicatrizes’ promove ações educativas em escolas, comunidades e hospitais, ampliando o alcance da discussão.

Transformando dor em arte

O ‘Clã das Cicatrizes’ é mais do que uma exposição; é um convite à reflexão. Por meio de uma abordagem sensível e empática, o projeto transforma histórias de dor em símbolos de força e resiliência, incentivando o autocuidado e destacando a importância de um olhar individualizado para cada mulher.

A exposição é uma homenagem às mulheres que enfrentaram o câncer de mama, evidenciando que, mesmo diante da adversidade, é possível ressignificar cicatrizes e transformar a dor em arte.

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