Unicentro tem cinco projetos aprovados em edital do Programa de Pesquisa para o SUS

A Unicentro teve cinco projetos aprovados na Chamada Pública 11/2020, do Programa Pesquisa para o SUS: Gestão Compartilhada em Saúde, o PPSUS, financiado pela Fundação Araucária de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Paraná.

O programa busca, entre outros pontos, atender às necessidades de saúde locais de cada unidade federativa brasileira e, para isso, abre editais de financiamento em pesquisas que abordam temas prioritários para a saúde da população e que promovem a aproximação dos sistemas de saúde e de ciência e tecnologia locais.

Nesta edição, foram aprovados projetos coordenados pelos professores Christiane Riedi Daniel, do Departamento de Fisioterapia; Cristina Ide Fujinaga, de Fonoaudiologia; Daniel de Paula, de Farmácia; Emerson Carraro, também de Farmácia; e pela professora Daiana Novello, do Departamento de Nutrição.

O título da proposta enviada pela professora Daiana é “Estratégias interdisciplinares de educação em saúde para a prevenção da obesidade na infância”.

Entre os objetivos do projeto, explica a professora, está o desenvolvimento de ações de prevenção da obesidade e de doenças crônicas não transmissíveis associadas em crianças da rede municipal de ensino de Guarapuava.

“Nós pretendemos caracterizar esse público-alvo, avaliar o estado nutricional das crianças, analisar os hábitos de saúde relacionados à alimentação, nutrição e atividade física das crianças, e realizar estratégias educativas interdisciplinares com esse público, visando a prevenção da obesidade e doenças crônicas não transmissíveis”.

A ideia, acrescenta a professora, é também realizar estratégias educativas interdisciplinares para profissionais da educação e da saúde pública.

“Para que eles possam ser disseminadores do conhecimento e continuar essa prevenção mesmo após a finalização do projeto e, finalmente, nós vamos elaborar e distribuir materiais educativos que possam auxiliar o público-alvo na prevenção da obesidade e doenças crônicas associadas, tanto em curto, médio e longo prazos”.

Além desses cinco projetos, a Unicentro também deve atuar como instituição parceira no desenvolvimento do projeto “Acesso ao tratamento multi e interprofissional e adesão ao tratamento em pessoas com doenças crônicas não transmissíveis, em municípios de pequeno porte do estado do Paraná”.

A proposta é coordenada pelo professor Mathias Roberto Loch, da Universidade Estadual de Londrina; pela professora Lucélia Borges, da Universidade Federal do Paraná; e pelo professor Silvano Coutinho, do campus Irati da Unicentro.

De acordo com o professor Silvano, a ideia do trabalho surgiu a partir da preocupação dos professores com a questão do atendimento inter e multiprofissional. Além disso, também quiseram voltar a atenção aos municípios de pequeno porte já que, como pontua o professor, a maioria das pesquisas são realizadas em municípios de grande porte, capitais ou grandes municípios.

“Nós verificamos que dos 399 municípios existentes no Paraná, 312 deles possuem menos de 20 mil habitantes. Então, esse é o foco quando a gente fala em pequeno porte. A pesquisa será desenvolvida nesses municípios em que estão referenciadas as regionais de saúde onde se encontram as universidades em que nós estamos vinculados”, detalha.

O professor ainda explica que o projeto será realizado em três etapas. A primeira será desenvolvida nos moldes do censo, considerando os municípios com menos de 20 mil habitantes.

Os dados serão coletados a partir de um cadastro nacional de estabelecimentos de saúde e devem considerar todos os profissionais que atuam na atenção básica.

A segunda etapa vai envolver os profissionais que atuam na atenção básica dos municípios referenciados à Regional de Saúde de Curitiba e região metropolitana; dos municípios referenciados à Regional de Saúde de Londrina; e dos municípios os referenciados à 4ª Regional de Saúde, que tem sede em Irati.

“A terceira etapa”, complementa, “envolverá usuários com doenças crônicas não transmissíveis de quatro municípios de cada uma das regionais.

Então, a partir do censo e depois da identificação de como atuam esses profissionais nessas regionais, nós vamos identificar dois municípios mais bem estruturados em relação ao trabalho multi e interprofissional e dois com a pior estrutura, e iremos até esses locais por via eletrônica, em função da pandemia, dos cuidados com biossegurança, e faremos entrevistas com usuários que participam, que são atendidos por esse serviço, por esses profissionais”.

Segundo o diretor de Pós-Graduação da Unicentro, professor Najeh Maissar Khalil, a aprovação dos projetos é uma forma de contribuir não só para a comunidade, mas de alavancar as pesquisas na área da saúde na universidade.

“Contribui, de modo muito efetivo, na melhoria também das atividades e formação de alunos de graduação e, sem dúvida, muitos desses projetos devem atuar junto ao programa de pós-graduação stricto sensu.

Esses financiamentos ajudam na avaliação dos programas, no desenvolvimento de projetos de maior qualidade, na possibilidade de publicações de alto impacto.

Então, esses projetos aprovados atuam em uma contribuição muito significativa na visibilidade da qualidade da pesquisa desenvolvida na Unicentro”, avaliou.

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