Temporal deixa três mortos e milhares sem energia no Rio Grande do Sul

Três pessoas morreram no Rio Grande do Sul após um temporal com chuva forte, rajadas de vento de até 130 quilômetros por hora (Km/h) e queda de granizo atingirem o estado no fim da noite de ontem (14) e madrugada de hoje (15). As chuvas provocaram queda de árvores e de postes de energia elétrica em praticamente todas as regiões gaúchas.

Em Rio Pardo, a 151 quilômetros da capital, Porto Alegre, uma jovem e o filho morreram atingidos por uma árvore. Na capital, um jovem morreu afogado ao tentar atravessar um córrego.

Segundo as concessionárias responsáveis pelo fornecimento de energia elétrica no estado, mais de 500 mil pessoas ficaram sem luz por conta da chuva.

Levantamento da Defesa Civil do Rio Grande do Sul indica que 55 municípios foram atingidos pelos temporais. De acordo com o boletim, 8.481 casas foram atingidas, 855 famílias estão desalojadas e 201 desabrigadas.

O temporal causou diversos danos a Porto Alegre. Desde a madrugada, vias registram pontos de acúmulo de água, árvores caídas bloqueiam o trânsito, semáforos estão sem energia elétrica e linhas de transporte coletivo têm atrasos em suas tabelas horárias.

De manhã, contavam-se mais de 150 quedas de galhos ou de árvores. Dessas ocorrências, 22 são de árvores de grande porte, com bloqueio total de vias, e 38, de porte médio, com obstrução parcial de vias. A cidade tem ainda 22 pontos de acúmulo de água na pista e 61 semáforos fora de operação por falta de energia elétrica.

A prefeitura de Porto Alegre informou que muitas unidades de saúde estão sem energia elétrica, telefone e internet.

Nesta quinta-feira, o Ministério da Integração Nacional reconheceu o estado de emergência em 26 municípios gaúchos. Técnicos do ministério estão no estado para auxiliar no levantamento de danos.

Aproximandamente 5 mil kits de ajuda humanitária foram entregues às famílias atingidas e mais 20 mil solicitados à pasta deverão chegar ao estado até sábado (17).

 

Deixe um comentário

Itaipu propõe ações sanitárias em galinheiros comunitários no Oeste do Paraná

Espaços servirão para conter as galinhas atualmente criadas soltas; iniciativa vai reduzir riscos sanitários para as aves

Representantes da Itaipu Binacional se reuniram na última segunda-feira (7), em Cascavel, com instituições do poder público e do setor produtivo avícola do Paraná, para estabelecer diretrizes em relação aos galinheiros comunitários que estão sendo instalados em aldeias indígenas na região Oeste do Estado.

A ação faz parte da promoção da segurança alimentar das comunidades, desenvolvida por meio do Projeto Opaná Chão Indígena, desenvolvido pela Fundação Luterana de Diaconia (FLD), por meio do Programa CAPA, em parceria com a Itaipu Binacional e do programa Itaipu Mais que Energia.

O encontro teve a participação de representantes do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab), do Sistema Ocepar, do Sindicato das Indústrias Avícolas do Estado do Paraná (Sindiavipar), da Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Sistema Faep) e de cooperativas.

Diante de eventuais questionamentos sobre possíveis riscos sanitários decorrentes da criação de subsistência das aves, a Itaipu tranquilizou os participantes e reforçou que todas as medidas sanitárias serão atendidas nesse processo. A empresa também destacou que cooperativas e entidades do setor podem ajudar nesse processo, com o fornecimento de pintainhos, por exemplo.

A reunião de segunda-feira (7) serviu para alinhar a iniciativa da Itaipu e esclarecer os cuidados que serão tomados em relação a protocolos sanitários. Segundo o gestor dos Programas de Sustentabilidade Indígena da Itaipu, Paulo Porto., as galinhas que hoje já existem nas comunidades, criadas soltas, serão confinadas para melhorar o controle. Também será prestada Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater) para orientar os indígenas sobre o tema.

O protocolo sanitário vai ser definido pela Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) e pela Itaipu, que farão um monitoramento constante dos galinheiros para garantir todas as regras de segurança sanitária.

Será também realizado por um processo de georreferenciamento, com o cadastro de todas as galinhas, atendendo ao protocolo já vigente no Paraná. Os galinheiros não poderão conter outras espécies, como patos, marrecos e gansos. O projeto também deve ficar restrito à região Oeste do Estado.

“A reunião foi produtiva, com ganhos para o setor produtivo, pois traz garantias para fortalecer a segurança sanitária. Mas vamos continuar acompanhando a situação, para garantir os interesse dos produtores rurais e do setor agropecuária paranaense”, disse o presidente interino do Sistema Faep, Ágide Eduardo Meneguette.”, disse o presidente interino do Sistema FAEP, Ágide Eduardo Meneguette.

“A Itaipu segue garantindo todas as medidas de proteção sanitária no sentido de preservar a produção avícola do Paraná assim como segue comprometida a com a subsistência das comunidades mais vulneráveis do estado, como no caso as aldeias Avá Guarani”, reforçou Paulo Porto.

A produção de carne e ovos obtidas pelos galinheiros destina-se exclusivamente à subsistência das famílias indígenas. O objetivo principal é garantir segurança alimentar por meio do acesso a uma fonte de proteína de qualidade. Não há qualquer finalidade comercial na produção. Ao todo, o projeto prevê a construção de até 64 galinheiros, com capacidade para até 30 aves por lote e até três lotes por estrutura.

É importante destacar que, atualmente, a maioria dos agricultores familiares do Paraná – e não apenas os indígenas – já cria aves de forma extensiva.