Sistema de Transmissão Gralha Azul movimentará 5 mil vagas de emprego
Curitiba, julho de 2020 – As obras do Sistema de Transmissão Gralha Azul, da Engie, estão em execução no Paraná desde o mês de setembro de 2019. Com investimento de R$ 2 bilhões, o projeto irá movimentar cinco mil vagas de emprego quando no pico de execução, ainda em 2020. Ao todo, são cinco novas subestações, cinco ampliações de subestações e quinze linhas de transmissão, o Sistema deverá estar concluído em 2021, com a operação escalonada prevista para iniciar em julho.
Com aproximadamente 1.000 km de extensão, o ST Gralha Azul passará por 27 municípios do Centro-Sul e Centro-Oriental paranaense, sendo sua maior parte na região dos Campos Gerais. Em Ponta Grossa, por exemplo, na região da Colônia Moema, entre o rio Tibagi e a estrada de terra que liga a Estrada José Kalinoski e a BR-373, está sendo construída a maior subestação do Gralha Azul, a Subestação Ponta Grossa, que receberá um investimento de aproximadamente R$ 200 milhões para sua construção. Em um terreno de quase 230 mil m², será implantado o pátio da subestação (SE), com aproximadamente 62 mil m². Essas dimensões são necessárias porque a SE Ponta Grossa será constituída por dois setores, um em 525 kV e outro em 230 kV. “Essa é uma subestação muito grande e por dar condição de escoamento a todas as demais linhas de transmissão foi a primeira a ser iniciada. As obras civis da subestação Ponta Grossa seguem em ritmo acelerado em 2020, sendo que no segundo semestre deve ser iniciada a montagem eletromecânica dos equipamentos”, informa Márcio Daian Neves, diretor de implementação do Sistema de Transmissão Gralha Azul.
Somente no município de Ponta Grossa, são mais de mil colaboradores trabalhando no momento – na implantação das linhas de transmissão e da subestação. As obras estão sendo realizadas pela construtora Tabocas, empresa especializada na construção de linhas de transmissão, e no caso das subestações, também contam com a atuação da Siemens, multinacional com grande expertise no setor elétrico. “O projeto prevê que no pico das obras teremos em torno de 5 mil trabalhadores, diretos e indiretos, distribuídos em diferentes frentes de serviços”, destaca Marcio Neves.
Vagas de trabalho serão 'pulverizadas' junto aos municípios que receberão as obras
As vagas estão sendo geradas de forma gradativa e 'pulverizadas' junto aos municípios que receberão as obras. Hoje temos mais de 2.800 trabalhadores atuando, e esse número deve crescer com o aumento do volume das obras ao longo do ano”, destaca o diretor.
As vagas de trabalho estão sendo ofertadas por agências e o processo de contratação vem sendo feito pela empresa construtora, a Tabocas. A empresa geralmente aproveita os bancos de currículos do SINE e Agências do Trabalhado locais. “A construtora está consolidando as parcerias com as agências de intermediação de mão-de-obra locais desde o início de janeiro, fazendo ampla divulgação pelos quais os candidatos podem acessar as vagas”, relata.
Quanto à qualificação dos profissionais demandados, no primeiro semestre as contratações focaram em trabalhadores da construção civil. “Já para o segundo semestre, quando se iniciam as atividades de montagem eletromecânica das linhas de transmissão e subestações elétricas, devem iniciar as contratações de eletrotécnicos e montadores, vagas que requerem um pouco mais de conhecimentos específicos”, afirma Neves.
Aumenta a necessidade de energia no Estado do Paraná
O Sistema de Transmissão Gralha Azul vem ao encontro da necessidade crescente de energia no Estado do Paraná. “O objetivo do projeto é melhorar a oferta e a qualidade de energia para o Centro-Sul do estado, principalmente. O projeto é oriundo de um estudo da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), liderado pela ANEEL, que estuda carências energéticas. Realizado em 2016, esse estudo mostra que aqui existe uma lacuna no sistema local de transmissão que dificulta o escoamento. Por exemplo: toda a geração da usina de Itaipu, atualmente, vai para São Paulo e depois volta para o Paraná. Por isso, o projeto interligará Ponta Grossa à Ivaiporã, trazendo essa energia para a subestação Ponta Grossa, de onde sairão diversas outras linhas de transmissão permitindo maior capilaridade”, explica o diretor.
O estudo da EPE mostrou que já em 2018 o Estado do Paraná enfrentaria uma grande dificuldade energética. Essa carência pode ser percebida, ao longo dos últimos anos, principalmente no setor de agronegócios e industrial, que têm sofrido grandes oscilações. “Com o sistema em operação, além do reforço energético, que trará mais qualidade e maior oferta de energia ao Estado, o ST Gralha azul também oportunizará que aquelas regiões nas quais a oferta de energia era baixa, passem a ter condições de atender às necessidades de indústrias e empreendimentos trazendo, com isso, novos negócios, geração de empregos e desenvolvimento para os municípios”, destaca Neves. “O ST Gralha Azul é sim um grande projeto, um projeto importante e necessário não só para os paranaenses, mas para os brasileiros. Com a demanda energética crescendo – e todos vemos esse impacto diariamente em nossas casas, empresas, escolas, hospitais – é preciso que o sistema de transmissão seja efetivo, seguro e confiável para garantir não só uma energia mais barata para a sociedade, mas, sim, que não falte energia e que as cidades do estado possam se desenvolver”, completa.
Preocupação Ambiental
O Sistema de Transmissão Gralha Azul foi projetado, assim como todos os projetos da Engie, com todo zelo e cuidado na preservação do meio ambiente, que além das matas nativas se preocupou também na salvaguarda das espécies de fauna e flora, bem como a proteção da cultura e história do Paraná.
A preocupação da empresa é causar o menor impacto possível. O respeito ao meio ambiente está entre os compromissos fundamentais da ENGIE, refletido em suas políticas e práticas – o que inclui o desenvolvimento de todos os seus projetos, como o ST Gralha Azul. Por isso, a Companhia conta com dezenas de profissionais, das mais diversas formações, dedicados exclusivamente à área socioambiental, de modo a garantir a conformidade legal das atividades e também a adoção de boas práticas, que ultrapassam o exigido pela legislação, em caráter voluntário.
No caso do Sistema de Transmissão Gralha Azul, por se tratar de um projeto de Utilidade Pública, a ENGIE obteve, junto aos órgãos responsáveis todas as autorizações e licenças ambientais necessárias, as quais permitem a supressão de vegetação que porventura seja necessária para a implantação do Sistema de Transmissão, onde não houver alternativa locacional. Quando necessária, essa atividade é realizada com a devida autorização do órgão ambiental, acompanhada de uma série de cuidados para minimizar o impacto ao meio ambiente, à comunidade e aos proprietários das áreas envolvidas.
Conforme preveem as licenças ambientais concedidas ao ST Gralha Azul, ao longo de toda a implantação do projeto, diversos programas ambientais estão sendo implantados nas regiões de implantação. “Como, por exemplo, o monitoramento de flora, fauna e resgate de germoplasma, resgate e monitoramento arqueológico, gestão ambiental, educação ambiental, programas ambientais que supervisionam a construção, programas de recuperação de áreas degradadas, entre outros, de forma a minimizar, mitigar ou compensar os impactos do projeto”, explica Marcio Neves. O acompanhamento dos trabalhos de recuperação é contínuo, tanto nas áreas a serem recuperadas, quanto nas áreas já em processo de recuperação.
O diretor de implementação do projeto destaca que, adicionalmente, será efetuada compensação ambiental, por meio de desenvolvimento de ação a ser definida pelo órgão licenciador em conformidade com as diretrizes previstas na Lei nº 9.985/2000, que institui o Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC). Além desta, ressalta-se também a execução de compensação ambiental estabelecida pela Lei nº 11.428/2006, denominada Lei da Mata Atlântica, que trata das compensações decorrentes da supressão de vegetação primária ou secundária nos estágios médio ou avançado de regeneração do Bioma Mata Atlântica, bem como a reposição florestal, determinada pela Lei n° 12.651/2012, que institui o Código Florestal
Entre os impactos sociais positivos do Sistema de Transmissão Gralha Azul – para além da contribuição ao desenvolvimento econômico por meio do suprimento de energia – está a geração de oportunidades de emprego nas áreas de construção civil, saúde e segurança do trabalho, ambiental e do terceiro setor, com priorização para a contratação de mão de obra local. “Cabe ressaltar também que empreendimento está sendo realizado com total transparência, principalmente junto às comunidades adjacentes por onde as linhas passam, que desde a fase de estudos puderam esclarecer dúvidas e vêm sendo informadas sobre as etapas de construção, por meio do desenvolvimento dos programas de comunicação social e sensibilização ambiental. Para tanto, foram realizadas audiências e reuniões públicas e implantadas diversos mecanismos de comunicação social, incluindo ouvidorias”, complementa o diretor.
Sobre o empreendimento da Engie no Paraná
Trata-se de uma concessão federal. A Engie venceu o Leilão de Transmissão da Aneel em 2017 e conquistou a concessão. Após, iniciou diversas etapas para obter as licenças ambientais, declarações de utilidade pública e também começou as negociações com diversos proprietários e comunidades. Essa concessão é de 30 anos e começou com a assinatura do contrato em março de 2018. Até o término do projeto, previsto para setembro de 2021, as obras devem gerar aproximadamente 5 mil empregos diretos e indiretos por meio do investimento de aproximadamente R$ 2 bilhões.