SEMADS e SCFV promovem ação para crianças e adolescentes de projetos sociais

Com o objetivo de fortalecer vínculos, despertar potencialidades individuais e sociais, na tarde desta terça-feira (22), a Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social (SEMADS), por meio do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV), em parceria com o SENAP, promoveu uma ação para crianças e adolescentes que fazem parte do projeto dos Centros de Referência em Assistência Social (CRAS) de Guarapuava. 

O trabalho teve como intuito, orientar no autocuidado, higiene e integrar as crianças ao vínculo social. O SENAP disponibilizou cortes de cabelo e orientação aos participantes. Além disso, a Casa da Farinha, que integra a SEMADS, auxiliou as crianças na confecção de bolachas artesanais.

“A importância dessa ação reside no fato de valorizar e construir relações saudáveis no que diz respeito à autoimagem e na construção de vínculos positivos que contribuem para o autoconhecimento das crianças e adolescentes atendidos pelo Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos”, explicou a secretária da SEMADS, Elenita Lodi.

“Ficamos muito contentes e é de grande valia para nossa empresa essa parceria. Orientar as crianças quanto à higiene e autocuidado desde cedo, é de extrema importância para a saúde e o bem-estar delas. Além disso, é um compromisso que temos com a população que precisa de maior cuidado”, destacou a gestora do SENAP, Aline da Mota Bortolanza.

Ao todo, 25 crianças participaram da ação. Elas fazem parte do CRAS II Morro Alto e CRAS III, Jardim das Américas.

Deixe um comentário

Mulheres são maioria entre estudantes e professores das universidades estaduais

Elas representam 51% dos professores e 59% dos alunos; são pesquisadoras, professoras e alunas que ganham visibilidade pelos trabalhos e premiações

Nas sete universidades estaduais do Paraná, as mulheres se destacam como a maioria entre professores e estudantes. Dos 7.528 docentes, 3.833 são mulheres, representando 51% do total. Entre os 64.864 estudantes matriculados em 2024, 38.497 são mulheres, o que corresponde a 59% do total de alunos da rede estadual de ensino superior. Nesse cenário, as pesquisadoras, professoras e alunas têm ganhado visibilidade também em premiações, consolidando a crescente participação e influência feminina no meio acadêmico e científico.

Dados do Censo Demográfico, divulgado neste ano pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostram que as mulheres representam 58,6% dos diplomados no Paraná, entre as diferentes modalidades de graduação. De acordo com a edição mais recente do Censo da Educação Superior, realizado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), o índice de mulheres que concluíram a graduação chega a 62% no Paraná, superando a média nacional da presença feminina no ensino superior, que é de 61%.

Esses números reforçam o protagonismo das mulheres paranaenses na educação superior em âmbito estadual e nacional. Um exemplo é a professora Mariangela Hungria da Cunha, que atua nos programas de pós-graduação em Microbiologia e em Biotecnologia da Universidade Estadual de Londrina (UEL), em Bioinformática da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), além do Centro Nacional de Pesquisa de Soja da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).

Neste mês, a docente recebeu, em Brasília, o Prêmio Mulheres e Ciência 2025, do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), na categoria de Ciências Exatas, da Terra e Engenharias. Ela foi premiada por um trabalho científico inovador, que propõe a substituição de produtos químicos por biológicos nas práticas agrícolas, promovendo uma agricultura mais sustentável sem comprometer o rendimento das culturas.

Mariangela destaca a atuação das mulheres na ciência como fundamentais para a construção de um conhecimento mais colaborativo. “As mulheres atuam muito em conjunto para unir ideias e conhecimentos diferentes, para conseguirmos atingir uma ciência mais ampla”, afirmou. “Nesta premiação, eu represento os mais de 200 alunos e mais de 50 colegas com quem já desenvolvi pesquisas e publiquei trabalhos”.

Representatividade – No ano passado, a professora Maria Luiza Rodrigues de Souza, da Universidade Estadual de Maringá (UEM) conquistou premiações em nível regional e nacional pelo desenvolvimento de um material biológico produzido a partir da pele de um peixe, a tilápia, que serve como curativo para pessoas e animais.

Ela destaca a força e resiliência das mulheres na ciência. “Com foco, determinação e colaboração, nós, mulheres, desenvolvemos produtos e pesquisas de qualidade para a sociedade, buscando novos conhecimentos e resultados transformadores para a população”, pontua a docente, que atua no Departamento de Zootecnia da UEM.

As professoras Andressa Galli e Maria Lurdes Felsner, da Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro), receberam uma premiação internacional por um artigo científico relacionado à poluição de corpos aquáticos. Ligadas ao Departamento de Química da instituição estadual, elas comentam a importância de abrir caminho para a participação de outras mulheres na ciência e de contribuir para uma sociedade mais justa e igualitária.

“Como mulher e pesquisadora, é inspirador ver como esse e outros projetos destacam a presença feminina na ciência e promovem impactos diretos na sociedade, incluindo melhorias que podem beneficiar a vida de outras mulheres”, exaltou Andressa Galli, que atua nas áreas de Química Analítica e Química Ambiental. ”O fato de o projeto ser liderado por mulheres reforça a importância da representatividade no meio científico e mostra que as mulheres são protagonistas na busca por soluções inovadoras, sustentáveis para questões sociais”.

Além do prêmio que recebeu com a colega de departamento, a professora Maria Lurdes Felsner, recebeu outros dois prêmios internacionais por uma publicação sobre a classificação de açúcar mascavo usando inteligência artificial. A docente, que atua nas áreas de desenvolvimento de metodologias analíticas e aplicação de ferramentas quimiométricas, ressalta a importância de atrair mais visibilidade e investimentos para a pesquisa científica, assegurando avanços significativos e impactos positivos para a população.

“Essa visibilidade pode atrair novas parcerias, investimentos e talentos para a universidade, fortalecendo a posição como instituição de excelência em pesquisa e inovação, servindo também como inspiração para novos profissionais da química, especialmente mulheres, pois demonstram que é possível superar barreiras e alcançar posições de destaque no meio científico e industrial, independentemente do gênero”, disse a professora.

“Com essas pesquisas inovadoras e uma atuação colaborativa, as mulheres da rede estadual de universidades do Paraná sinalizam um papel transformador na ciência e na sociedade, e inspiram futuras gerações, contribuindo para um cenário científico com mais diversidade e inclusão”, enalteceu o secretario estadual da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Aldo Bona.