Mesmo diante de uma urgência na compra de um imóvel, é preciso uma análise criteriosa para saber se este não está localizado em uma área de risco, principalmente, em um local passível de alagamento, por exemplo. Conforme a Secretaria de Meio Ambiente de Guarapuava, alguns critérios precisam ser observados já no primeiro contato na hora da aquisição de um lote.
Segundo o secretário do Pasta, Germano Toledo Alves, antes da negociação de qualquer terreno nas proximidades de córregos, rios ou regiões de banhados, é necessário que tanto o vendedor quanto o comprador, procurem a Secretaria de Meio Ambiente para que se saiba a real situação do imóvel.
“O objetivo desta verificação prévia, é evitar que a aquisição de um imóvel não se torne um transtorno tanto para quem vende, quanto para quem compra. Por isso, nossos técnicos estão à disposição na Secretaria de Meio Ambiente para prestar todas as informações necessárias quanto à real situação de cada terreno.
Vivemos em um município rico em água, o que é ótimo, mas em alguns locais, não há a possibilidade de construção ou, pode ser construído com restrições. Por isso, o ideal é que antes de fechar qualquer negócio, a situação seja analisada”, pontuou Germano.
Mayquel Vinicius Teixeira de Lima e Sérgio de Oliveira Santos, são responsáveis pelo departamento de fiscalização ambiental da Secretaria. Eles explicam que a região de Guarapuava, sobretudo, o perímetro urbano do município, é formada por bacias e, por isso, toda a água captada da cidade em dias de chuva vão para esses locais, aumentando, sobremaneira, o volume dos rios e riachos.
Com isso, conforme destacam, os alagamentos são iminentes e para quem mora nessas regiões, a preocupação é ainda maior. Portanto, os dois profissionais reforçam o alerta do secretário e recomendam cuidado antes da compra de qualquer terreno nestas áreas.
“Na cidade de Guarapuava há diversas bacias, e nestas áreas, há a possibilidade de alagamento, uma vez que toda a água da cidade, em dias de chuva, é destinada para esses locais. As regiões de alagamentos são representadas no mapa do município pela cor azul, como se fossem manchas.
Ao aproximarmos o mapa, podemos perceber que há muitos terrenos que estão localizados nestas áreas, o que caracteriza um perigo para quem deseja construir uma casa ou outro empreendimento nesses locais.
Isso ocorre em vários bairros, principalmente os banhados pela bacia do Rio Cascavel. Cerca de 90% da água do perímetro urbano de Guarapuava desemboca neste rio e, a única saída é na Região do Vassoural, localidade do Jardim Patrícias, no Bairro Colibri. Com isso, este longo trecho fica passível de alagamentos e requer muito cuidado”, detalhou Mayquel.
Orientações
Tanto a Secretaria de Habitação quanto a de Meio Ambiente, podem fazer a avaliação sobre as áreas passíveis de alagamento em Guarapuava e fornecer as orientações necessárias para os proprietários ou possíveis compradores. Conforme o setor de Fiscalização Ambiental, em alguns casos, quando parte do imóvel é inutilizada para construção, o proprietário pode requerer a isenção do IPTU, por exemplo.
“Em se tratando dos terrenos, é avaliado caso por caso. Por isso, é interessante que a consulta prévia seja feita. A atualização dos dados, por parte da Secretaria de Meio Ambiente, é constante nestas áreas de mancha (locais passíveis de alagamento) e, por isso, é fundamental que qualquer pessoa que tenha interesse em comprar ou vender imóveis nestes locais, que nos procurem para uma conversa e detalhamento da situação”, concluiu Mayquel.
Serviço
A Secretaria de Meio Ambiente de Guarapuava funciona junto ao Parque das Araucárias, na BR 277, quilômetro 343. O telefone é (42) 3142 1800.
Já a Secretaria de Habitação, fica junto ao Centro de Planejamento Urbano e Habitacional de Guarapuava (CEPLUHG), Rua Pedro Alves, 104 – Centro. Telefone: (42) 3142-1740.
Além disso, todas as informações referentes às situações de terrenos, bem como se sua localização está em área passível de alagamento, podem ser obtidas pelo portal Geo Guarapuava. Clique AQUI e acesse.