Secretaria de Saúde presta contas do primeiro quadrimestre de 2022
As equipes de coordenação da Secretaria de Saúde de Guarapuava apresentaram, nesta quinta-feira (26), em audiência pública na Câmara de Vereadores, o relatório detalhado de suas atividades, referente ao primeiro quadrimestre de 2022.
Conforme declarou o secretário de saúde, Jonilson Pires, o parecer referente aos quatro primeiros meses do ano, consiste na análise das informações extraídas do sistema contábil do município e na confirmação da exatidão dos valores apresentados no período, com relação ao exercício financeiro de 2022.
“Nosso relatório para esta consulta pública, apresenta a totalização das despesas líquidas pelo município de Guarapuava para a área de saúde, bem como as receitas recebidas para execução dos programas vinculados à pasta. Se for identificado alguma despesa que não esteja de acordo com as funções e subfunções da Saúde dentro dos blocos dos programas vinculados aos repasses do Fundo Nacional de Saúde, orientamos ao Conselho (de Saúde) para que se manifeste solicitando a adequação das despesas que se encontram com irregularidades.
Com relação ao valor transferido ao CISGAP, temos a esclarecer que estes foram executados conforme o contrato de rateio entre o município e o consórcio, sendo repassados mensalmente conforme memorando encaminhado ao secretário de finanças que libera o pagamento, sendo estas despesas empenhadas nos elementos 3.3.71.70 – 3.1.71.70 (Transferências a Consórcios Públicos, conforme contrato de rateio). No entanto, ressalto que qualquer opinião não suprime nem dá respaldo a irregularidades não detectadas na elaboração dos trabalhos desenvolvidos demonstrados neste relatório”, discorreu o secretário de saúde, na apresentação da reunião.
Números
Durante a audiência, foi detalhado que da Receita Corrente Líquida (RCL), que é a soma das transferências SUS/União, SUS/Estado, além de recursos próprios, totaliza R$ 12.271.549.69. Deste montante disponibilizado, a Secretaria de Saúde investiu 21,22%, muito acima dos 15% estipulados por lei federal.
Na audiência, foram prestadas contas sobre atendimentos, consultas médicas, dentre outros procedimentos executados pela pasta.
Conforme explanação, de janeiro a março, 2.556 pessoas residentes no município foram internadas. As despesas com esses pacientes somam R$3.670.541,87. Já os agendamentos de consultas com especialistas, somam 2.952. Exames de imagens foram 12.739 e exames laboratoriais somam 110.366.
Mesmo com os baixos índices de infectados pela COVID-19, os atendimentos nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) e nas Unidades de Pronto Atendimento (UPA’s), somaram 66.451. Isso, conforme explicado na audiência, demonstra, por parte da população, maior procura por soluções dos diversos problemas de saúde. O SAMU recebeu 4.63 chamadas e realizou 2.164 atendimentos.
Vagas nos hospitais
Jonilson Pires pontuou, durante a prestação de contas, que a falta de vagas nos hospitais não é um problema apenas do município de Guarapuava, mas uma situação pela qual passa o País inteiro. “A falta de leitos hospitalares não é problema apenas de Guarapuava, pois todos nós sabemos as dificuldades pelas quais passam as outras cidades do Paraná e do Brasil.
Mas em se tratando do nosso município, esse é um problema histórico e que carece de atenção e estamos dando toda atenção. A pandemia de COVID-19, só fez aumentar esse grau de dificuldade. Mas, dentro das nossas possibilidades, estamos dispostos a sanar os problemas, a fazermos os ajustes necessários para que a população receba todos os cuidados em seu devido tempo , dentro de suas necesidades”, comentou o secretário de saúde.
De acordo com o prefeito, Celso Góes, em reunião com o grupo gestor do Hospital Regional de Guarapuava, em 25 de maio, ficou acertado que haverá a disponibilidade, a partir desta sexta-feira, 27, de 10 leitos de UTI, e outras 20 vagas para internações clínicas naquela unidade de saúde. Os números, conforme grifa o prefeito, estão muito abaixo do desejado e do que seria ideal para amenizar os problemas de saúde do município. No entanto, ele considera essas disponibilidades de vagas como um avanço.
“Nosso pedido era para que fossem liberados para Guarapuava, com uma população de cerca de duzentos mil habitantes, em torno de 60 a 70 por cento das vagas no Hospital Regional. Mas isso, conforme destaca a gestão da entidade, é impossível, neste instante, o que lamentamos. Por outro lado, não vamos parar de buscar soluções para os problemas. Também destacamos que estamos em processo de edital para credenciamento de médicos para atender também a esta demanda em nosso município”, considera Celso Góes.