Residência Artística da Unicentro realiza mais um “Café com Arte”

O encontro, realizado na última quarta-feira (11), foi aberto a toda a comunidade

O Programa de Residência Artística, da Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro), promoveu mais uma edição do Café com Arte. O encontro, realizado na última quarta-feira (11), foi aberto a toda a comunidade.

“O ‘Café com Arte’ cria uma conexão entre o que está sendo gestado no íntimo dos ateliês e o olhar atento da comunidade. A interação entre artistas e público na universidade oferece uma troca enriquecedora, onde a arte deixa de ser algo distante e passa a ser vivida e discutida em coletivo”, pontuou a coordenadora da Residência Artística, professora Desirée Melo.

“É nesse diálogo que o papel transformador da arte se revela: ela não apenas expressa, mas também questiona, inspira e provoca. E, ao trazer a comunidade para dentro desse processo, todos nós, artistas e público, nos tornamos participantes dessa transformação”, complementou a coordenadora.

Durante a roda de conversa, os alunos, juntamente com a professora Desirée, compartilharam experiências da residência, o progresso dos trabalhos, inspirações e o andamento de cada proposta artística. A aluna do 3º ano do curso de Arte, Celine Boava, é uma das 30 participantes da Residência Artística e acredita que fazer parte do programa a ajuda com a criação de seu portfólio e com o reconhecimento como uma artista.

“A minha obra é uma pintura sobre a gente não querer se escutar, sabe? Ela é uma mulher com um olhar de desespero, com as mãos nas orelhas, mas as mãos dela são cobras. A referência é a pintura do Caravaggio, que é a Medusa, e O Grito, de Edvard Munch. A Residência é muito boa pra mim, porque ela me ajudou a expor as minhas pinturas e as pessoas me chamam e perguntam o que eu faço e assim eu consigo ter um reconhecimento e vendê-las, além de  ajudar no portfólio”, explicou a estudante.

Além de Celine, a estudante do 4º ano de Arte, Eli Zanedim, também faz parte do programa. Desta vez, participou como artista e tutora do encontro. “A residência é muito importante para mim porque abriu portas. Eu pude produzir, entender o processo artístico de outros artistas e consegui ser vista como uma artista”, pontua.

O Mezanino do Barracão de Artes Visuais ficou pequeno para a quantidade de pessoas que se fizeram presentes para participar da roda de conversa e compartilhar experiências. Helena Dutra é estudante de Jornalismo e participou pela terceira vez de um evento da Residência Artística.

“Esse evento que a gente chama pessoas de fora para vir participar é muito importante porque também dá uma certa visibilidade ao que está acontecendo aqui dentro da universidade. Fora a valorização dos artistas locais mesmo, porque eu acho que são poucos os espaços aqui em Guarapuava para esses artistas. É incrível que aqui você pode acompanhar e ver o processo criativo de perto. Então eu, como uma pessoa totalmente leiga em arte, venho aqui e me sinto acolhida”, compartilhou Helena.