Prefeitura de Guarapuava abre PSS para vagas de estágio

Estão abertas as inscrições para o Processo Seletivo Simplificado (PSS) de contratação de estagiários para a Prefeitura de Guarapuava. Ao todo, são mais de 170 vagas disponíveis em níveis Técnico e Superior: Graduação e Pós-Graduação.

O PSS, organizado pela Central Brasileira de Estágio (CEBRADE), fica com as inscrições abertas até o dia 8 de abril, às 17h30. Os interessados podem acessar o edital completo e se inscrever por meio do site, clicando AQUI, na seção Processos Seletivos – PSS 02/2024 de estágio – Prefeitura Municipal de Guarapuava.

Interessados em se candidatar a uma das vagas devem se encaixar em alguns dos requisitos: estar matriculado na Rede de Ensino Pública ou Privada e ter frequência de, no mínimo, 75%; estar apto para a realização de estágio remunerado, de acordo com a regulamentação do curso e da Instituição de Ensino; haver compatibilidade entre o horário de estágio e a grade curricular; possuir idade de 16 anos ou mais; ter disponibilidade de horário para cumprir o estágio e concordar com a carga horária e o horário de estágio a serem fixados.

São ofertadas vagas nas seguintes áreas:

  • Técnico: Técnico em Radiologia;
  • Graduação: Administração, Ciências Contábeis, Direito, Enfermagem, Engenharia Elétrica, Farmácia, Pedagogia e Serviço Social;
  • Pós-Graduação: Administração, Ciências Contábeis, Direito, Educação Física – Bacharelado, Enfermagem, Fisioterapia, Fonoaudiologia, História, Nutrição, Pedagogia, Psicologia e Secretariado Executivo.

O Processo Seletivo será realizado por meio de prova objetiva on-line, contendo 20 questões de múltipla escolha, que deve ser aplicada no dia 14 de abril. O teste tem duração de duas horas, sendo que o candidato precisa estar conectado no sistema com 15 minutos de antecedência do horário definido, que deve ser divulgado por meio de edital, em breve.

É de responsabilidade do candidato certificar-se de que terá acesso a um microcomputador (desktop ou notebook); navegadores Mozilla Firefox, Google Chrome ou Microsoft Edge atualizados; teclado português (Brasil ABNT ou ABNT 2); acesso ininterrupto à internet mediante conexão de dados de, pelo menos, 10mbps.

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Projeto da Unicentro produz etanol e biodiesel com resíduo da semente de seringueira

Pesquisa sobre biocombustível está entre as melhores inovações da América Latina

Uma pesquisa da Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro) foi considerada uma das mais inovadoras da América Latina. O projeto “Produção de etanol a partir do resíduo da semente de seringueira” teve duas patentes classificadas entre as dez melhores do Concurso Innovación Verde, promovido pela Associação Interamericana da Propriedade Intelectual (ASIPI).

“Foi algo bem interessante para o nosso grupo de pesquisa e a gente quer continuar desenvolvendo mais pesquisas nessa área. É sempre bom ter esse reconhecimento”, comentou o coordenador da pesquisa, professor André Lazarin Gallina, do Departamento de Química e do Programa de Pós-Graduação em Bioenergia da Unicentro.

O projeto, que ocorre desde 2019 em parceria com o Câmpus de Realeza da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), contribui com análises químicas e testes experimentais.

Para a professora Fernanda Oliveira Lima, integrante da equipe da UFFS, a parceria entre a UFFS e a Unicentro é essencial para o avanço do projeto. “Esse trabalho colaborativo permitiu que recebêssemos reconhecimento e financiamento para ampliação. Com isso, o projeto se destaca ainda mais na valorização de resíduos agroindustriais e na promoção da sustentabilidade na produção de biocombustíveis”, destacou a professora.

A proposta de pesquisa surgiu quando a empresa Kaiser Agro buscou a ajuda da Unicentro para achar uma solução para a destinação de resíduos produzidos em suas atividades no ramo de conservação de solo e preservação de florestas nativas. Segundo gestor da empresa, Fábio Tonus, no plantio da seringueira, as sementes acabam não tendo utilidade para os produtores.

“Simplesmente a árvore produzia as sementes, que caíam no solo e ali elas apodreciam. A gente observou a necessidade de fazer um melhor aproveitamento dessa semente, até para poder gerar recurso tanto para o proprietário que plantou a árvore, como para o próprio seringueiro que trabalha extraindo látex”, contextualiza.

Os pesquisadores perceberam que as sementes poderiam virar insumo para a produção de biocombustíveis, que são menos poluentes do que os combustíveis convencionais. “Em um primeiro momento a gente se propôs a fazer três projetos: um deles era para a produção de etanol, o outro para a produção de biodiesel e também um para a produção de antioxidantes”, relatou André Gallina.

As etapas de produção dos biocombustíveis começam com o recebimento da matéria-prima enviada pela empresa Kaiser Agro. Depois, a equipe universitária descasca as sementes de seringueira, extrai o óleo para produzir biodiesel e o que sobra de carboidrato, vira etanol através de um processo de segunda geração. “Fazemos, assim, dois biocombustíveis de uma semente só”, resumiu Gallina.

Entre as várias frentes dessa pesquisa, durante o seu mestrado no Programa de Pós-Graduação em Bioenergia da Unicentro, o químico Giovano Tochetto focou nos carboidratos da semente de seringueira para produção de etanol, utilizando todo o potencial desse insumo.

“A semente de seringueira não é usada como alimento, ao contrário da cana-de-açúcar e do milho, sendo que o uso dessas matérias-primas alimentícias para produção de etanol cria conflitos de mercado e aumenta o custo do combustível. Como a semente de seringueira é efetivamente um resíduo, ou seja, de baixo custo, o preço do etanol produzido será reduzido”, explicou o pesquisador.

Cada 5,7 quilos de sementes de seringueira são transformados em um litro de etanol. “Dentre as fontes de energia renováveis, o etanol é especialmente interessante, pois é capaz de substituir a gasolina por completo em motores de combustão interna, muito usados em carros, com poucas mudanças nas características dos motores”, salienta o pesquisador.

Em outra pesquisa, dentro do projeto, a partir do óleo extraído da semente de seringueira, cada 3,29 quilos da matéria-prima tem capacidade de produzir um litro de biodiesel. O combustível pode substituir o óleo diesel comum, utilizado em caminhões, ônibus e outros veículos.

“Ainda existem muitas outras matérias-primas para serem descobertas, muitos métodos para produção a serem desenvolvidos e muitos métodos e processos existentes a serem melhorados”, finalizou Giovano.