Prefeito sanciona lei que institui o Protocolo Violeta

Durante a cerimônia de abertura do festival “Guarapuava Gastronômica”, nesta quinta-feira (22), o prefeito de Guarapuava, Celso Góes, sancionou uma nova lei destinada a fortalecer a segurança das mulheres na cidade. A iniciativa, intitulada Protocolo Violeta, visa combater a importunação e a violência sexual em diversos estabelecimentos, incluindo restaurantes, bares, academias, casas noturnas, hotéis e motéis.

“Nós, como gestores públicos, temos a responsabilidade de criar um ambiente seguro e acolhedor para todos os nossos cidadãos, especialmente para as mulheres, que tantas vezes são alvo de violência e assédio. Com o Protocolo Violeta, estamos enviando uma mensagem clara: em Guarapuava, não há espaço para a violência contra a mulher”, destacou o prefeito de Guarapuava, Celso Góes.

O Protocolo Violeta, proposto pelo Projeto de Lei (L) 120 de 2023, de autoria da vereadora Bruna Spitzner, estabelece uma série de medidas para enfrentar a violência e a importunação sexual. Estas medidas incluem o respeito às decisões da vítima, garantindo sua privacidade e presunção de inocência, além de repreender o agressor e afastá-lo do local e da pessoa agredida.

Bruna Spitzner ressaltou a união em prol do combate à violência contra a mulher. “É um grande passo para capacitar toda a nossa cidade e torná-la mais acolhedora e segura para todos que frequentam esses espaços. Agradeço à Abrasel pela parceria, à Câmara de Vereadores pela aprovação unânime e ao prefeito Celso, sempre comprometido com a causa das mulheres em nosso município”, disse.

Protocolo Violeta

Um dos focos principais da nova legislação é promover o acolhimento das vítimas. Para isso, serão realizadas campanhas de conscientização nos estabelecimentos abrangidos pela lei, além de treinamento das equipes de atendimento para saberem intervir nessas situações. Uma medida prática é o armazenamento de imagens de segurança por 180 dias, visando fornecer evidências em casos de violência.

A proposta do Protocolo Violeta surgiu em parceria com a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) local, e foi impulsionada por discussões sobre casos de violência, incluindo o do ex-jogador Daniel Alves na Espanha. A vereadora Bruna Spitzner ressaltou que cerca de metade da população feminina do País já sofreu algum tipo de importunação sexual, destacando a necessidade de ações para tornar o ambiente mais seguro para as mulheres.

Com a assinatura do prefeito Celso Góes, espera-se que a Abrasel, a Procuradoria da Mulher de Guarapuava, a Secretaria Municipal de Políticas Públicas para Mulheres e outros participantes da Rede de Enfrentamento à Violência contra Mulheres se reúnam para definir o cronograma de capacitações das equipes dos estabelecimentos e as ações de divulgação e conscientização.

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Região de Guarapuava registrou 5,3 mil admissões em fevereiro, aponta Caged

Brasil registrou 89.584 admissões de trabalhadores temporários em fevereiro, com destaque para o setor de serviços

 

A região de Guarapuava registrou 5.365 admissões em fevereiro, de acordo com dados do novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego. No período, foram 4.466 demissões e saldo positivo de 899 empregos formais na região.

No cenário nacional, o saldo de empregos foi de 431.995 postos de trabalho, resultado de 2.579.192 contratações e 2.147.197 demissões.

Perfil dos contratados e setores em destaque

A maior parte dos trabalhadores admitidos na região tem ensino médio completo (58,62%) e idade entre 18 a 24 anos (30,75%). Em relação ao gênero, 42,42% dos contratados eram mulheres, enquanto os homens representaram 57,58% das admissões.

Entre os setores que mais impulsionaram a geração de empregos na região, serviços liderou com 32,81% das contratações, seguido por comércio, que respondeu por 30,81% dos novos postos de trabalho.

Entre as cidades da região, Guarapuava registrou o maior número de admissões no período, com 2.872 novos contratos. Na sequência, aparecem Palmeirinha (428) e Prudentópolis (418). Em contrapartida, Guarapuava também liderou em número de desligamentos, com 2.574 demissões, seguida por Palmeirinha (386) e Prudentópolis (332).

Cresce contratação de trabalhadores temporários

O levantamento do Caged também aponta que o Brasil registrou 89.584 admissões de trabalhadores temporários em fevereiro, com destaque para o setor de serviços, que foi responsável por 88.704 dessas contratações. Dentro desse segmento, as áreas de informação, comunicação, atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas concentraram a maior parte das admissões. No Paraná, foram 11.003 contratações na modalidade.

Segundo o gerente da Employer Recursos Humanos em Guarapuava, Jefer Caldas, o trabalho temporário tem desempenhado um papel fundamental na inserção de jovens no mercado de trabalho, especialmente para aqueles que buscam o primeiro emprego.

“O trabalho temporário é uma porta de entrada para jovens talentos sem experiência profissional. Além de oferecer uma primeira vivência no mercado, também possibilita capacitação prática e, muitas vezes, abre caminho para uma efetivação”, afirmou.

Municípios da região

Os municípios da região são Boa Ventura de São Roque, Campina do Simão, Candói, Cantagalo, Foz do Jordão, Goioxim, Guamiranga, Guarapuava, Inácio Martins, Laranjal, Mato Rico, Nova Tebas, Palmeirinha, Palmital, Pinhão, Pitanga, Prudentópolis, Reserva do Iguaçu, Santa Maria do Oeste e Turvo.

Direitos do Trabalhador Temporário   

Na modalidade temporária, o trabalhador tem anotação em carteira e os direitos assegurados pela legislação 6.019/1974. Dentre os direitos, estão inclusos pagamento de horas extras, descanso semanal remunerado, 13° salário e férias proporcionais ao período trabalhado. Ele recebe 8% dos seus proventos a título de FGTS e o período como temporário conta como contribuição para a aposentadoria.

Vale ressaltar que na legislação, o trabalhador temporário pode ser contratado por até 180 dias, com a possibilidade de prorrogação por mais até 90 dias. A efetivação pode acontecer a qualquer momento desse período. Junto à Previdência, o trabalhador temporário também tem todos os direitos garantidos, desde que se respeite a carência mínima exigida para o pagamento dos benefícios.