População de Guarapuava deve ficar atenta a cuidados com morcegos

Assustadores para uns, simpáticos para outros, a verdade é que os morcegos são animais muito peculiares e que requerem cuidados e atenção quanto ao contato com os humanos.

Protegidos pela Lei Federal, os morcegos são considerados úteis ao homem e à natureza. Por isso, sua preservação é necessária e obrigatória.

Em períodos de chuva, principalmente entre os meses de outubro e março (primavera e verão no hemisfério sul), ocorre um aumento significativo na população de insetos. Este fato está diretamente ligado ao período de reprodução dos morcegos insetívoros, pois nesta época há uma farta disponibilidade de alimento para esse tipo de animal. No entanto, nos períodos mais frios, como é o caso deste momento, entre o outono e o inverno, há constante busca de alimentos por parte dos morcegos e todos os cuidados são necessários, principalmente quanto ao contato deles com os humanos.

A coordenadora de Vigilância Ambiental em Saúde de Guarapuava, Sabina Curi, pontua sobre os cuidados que a população precisa ter para evitar o contato com os morcegos e, quando isso ocorre, a atenção necessária quanto a busca por ajuda e o tratamento.

“Evitar o contato com estes animais, é fundamental. Quando isso ocorre, a pessoa deve procurar ajuda médica. No entanto, quando o animal está caído ou morto, a população pode ligar para a Vigilância Ambiental que nós recolhemos. Eu friso aqui, que o município não faz coleta de colônias de morcego, nem tem uma empresa especializada que faça isso.

Nosso trabalho é de pesquisa para analisar como está o vírus transmitido pelo morcego dentro de Guarapuava, para então, fazer a prevenção. Há uma lei que protege os morcegos e, por isso, quem pode fazer uma possível retirada de colônia e remanejamento para um lugar específico e adequado, é o IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis)”, detalhou Sabina.

Em média, são encaminhadas três coletas mensais para análise em laboratórios em Curitiba, segundo conta Sabina. “Encaminhamos uma média de três coletas de morcegos encontrados em nossa região por mês. Enviamos para análise em Curitiba e aguardamos os resultados. Após isso, vem o laudo e assim, fazemos esse monitoramento do vírus antirrábico. Até o momento, não há nenhum caso confirmado na cidade”, pontuou a coordenadora.

Identificação

Por ser um animal com hábitos noturnos, é possível identificar se há ninhos no forro das casas, pois durante a noite eles saem de seus abrigos produzindo barulhos constantes. A presença de morcegos é notada, principalmente, quando é feita a manutenção de caixa d’água ou a limpeza na parte superior das residências. Por isso, é preciso ter muita atenção para o problema, sempre evitando agressão ao animal e contato direto com ele.

Cuidados

O morcego é um animal que transmite raiva, micose e pode causar problemas respiratórios. Evitar o contato direto com ele sem proteção adequada é a orientação da Vigilância Ambiental em Saúde. Para morcegos que adentrem a residência, o indicado é abrir as portas e janelas para que ele saia livremente. Já em casos de encontrar um morcego caído no chão, a recomendação é comunicar o Departamento de Vigilância em Saúde.

Em caso de mordida ou arranhão, a pessoa deve procurar ajuda médica com urgência, pois o animal pode estar infectado.

O Departamento não remove colônias, mas realiza a coleta do animal caído de forma segura. Lembrando que os morcegos são protegidos pela Lei Federal nº 9605 de fevereiro de 1998 (Lei do Meio Ambiente), considerados úteis ao homem e à natureza, por isso devem ser preservados e respeitados.

Em caso de contato direto com o animal, arranhadura ou corte procure o atendimento médico.

Serviço:

Caso encontre um morcego caído no chão ou teve contato com o animal, entre em contato com o departamento de Vigilância Ambiental em Saúde, pelo telefone (42) 3142-1550/31421553.

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