Polícia Civil soluciona 100% dos casos de feminicídio no Paraná

Nos últimos quatro anos, todos os casos de feminicídio registrados pela Polícia Civil do Paraná tiveram a autoria identificada. A afirmação foi feita pelo delegado-geral da Polícia Civil, Sílvio Rochemback, nessa segunda-feira (05), durante a entrega de 922 viaturas para todas as unidades da Polícia Civil do Paraná.

Desde o início de 2020, foram registrados no estado 245 assassinatos de mulheres por motivos de gênero – quando o crime envolve violência doméstica e familiar, menosprezo ou discriminação à condição de mulher.

Até 2018 esse tipo de crime era tipificado juntamente com os dados de homicídios, o que dificultava a análise dos dados.

Para a deputada cantora Mara Lima, presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher na Assembleia Legislativa do Paraná, a segurança pública está fechando o cerco contra os agressores, identificando e punindo os criminosos, mas para reprimir de fato os casos de feminicídio, são necessárias medidas de prevenção.

“É um avanço, mas o ideal é que o feminicídio deixe de existir. Não podemos mais admitir um crime tão bárbaro e covarde em nossa sociedade. Crime motivado por machismo, egoísmo e, muitas vezes, o sentimento de posse sobre a mulher”, afirmou.

A cada três mulheres brasileiras, uma já sofreu violência física ou sexual de parceiros ou ex-parceiros. São mais de 50 mil vítimas por dia, um estádio de futebol lotado, segundo o Fórum Brasileiro de Segurança Pública.

Segundo a deputada, a violência contra a mulher é um fenômeno histórico: ‘Nos últimos anos, muitas vítimas ganharam voz e passaram a denunciar seus agressores, mas ainda temos muito a conquistar”, concluiu.

Reestruturação da Polícia Civil 

A entrega das 922 viaturas para todas as unidades da Polícia Civil do Paraná representa a maior renovação de frota da história do Estado. São 146 municípios beneficiados.

A renovação a medida faz parte da modernização das polícias no Paraná, que em pouco mais de três anos receberam mais de R$ 2 bilhões em investimentos. Além de veículos, a estruturação inclui a construção de novas delegacias, novas armas, coletes e equipamentos para a corporação e a contratação de policiais.

Deixe um comentário

Unicentro está com inscrições abertas para a Operação Rondon Paraná

Neste ano, a ação será realizada de 9 a 22 de julho em municípios do norte do estado

A Operação Rondon Paraná 2025 está com as inscrições abertas para a seleção de estudantes e professores para atuarem no projeto. Neste ano o Rondon vai ser realizado de 9 a 22 de julho em municípios do norte do estado. As despesas dos rondonistas serão custeadas pela Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti).

No caso do aluno, os requisitos para participar são estar regularmente matriculado em curso de graduação da Unicentro a partir do 2º ano; ter disponibilidade de participar das atividades de formação e do período da operação; e ter 18 anos ou mais até o dia 8 de julho. Além disso, o estudante não pode ter participado de edições anteriores do Rondon, seja de operação nacional ou regional.

O acadêmico pode desenvolver atividades no conjunto A – Cultura; Direitos Humanos e Justiça; Educação; e Saúde – ou no conjunto B – Comunicação; Meio Ambiente; Tecnologia e Produção; e Trabalho. Cada conjunto é composto por 12 rondonistas, sendo 10 alunos e dois professores. A seleção de alunos é composta por análise da ficha de inscrição e das propostas de trabalho, além de entrevistas com os aprovados na fase de análise.

Os acadêmicos podem se inscrever gratuitamente até o dia 14 de maio por meio do Sistema de Gestão de Eventos (SGE). Já os professores devem realizar as inscrições por meio de formulário até o dia 22 de abril. Docentes que já participaram de edições anteriores também podem se inscrever.

O Rondon é uma oportunidade para que o aluno tenha uma formação que vai além da sala de aula, pois a extensão proporciona experiências que contribuem para uma visão humanizada sobre a sociedade. “Uma formação mais complementar para os alunos, uma formação diferenciada, o convívio coletivo. Também humanização, porque às vezes a gente fica tão atrelado à sala de aula, à pesquisa e não vê o outro lado do muro da universidade”, comentou a coordenadora institucional do Projeto Rondon na Unicentro, Mônica Nunes.

Operação Rondon

Coordenado pelo Ministério da Defesa, o Rondon teve sua primeira edição realizada no ano de 1967. Essa operação, que ocorreu em Rondônia durante 28 dias, reuniu alunos e professores da Universidade do Estado da Guanabara (atual Universidade do Estado do Rio de Janeiro), da Universidade Federal Fluminense e da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. Já o Rondon Paraná iniciou oficialmente no ano de 2023. Organizado pela Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti), por meio das pró-reitorias de Extensão e Cultura das sete universidades estaduais do Paraná.

Além do impacto na formação do estudante, o projeto tem uma grande importância na promoção da cidadania e de benefícios para os locais por onde passa. “Na primeira edição foram 14 mil pessoas beneficiadas. No ano passado, nós tivemos 888 ações de todas as universidades nos 11 municípios e aproximadamente 40 mil pessoas beneficiadas. A intenção é que essas pessoas sejam multiplicadoras dessas ações. Não são atividades mirabolantes, são atividades simples que os municípios pedem, mas que fazem toda a diferença”, finalizou Mônica.