No caso da professora Rubiana, são 2.871 citações, contabilizadas desde 2004. Atualmente, a pesquisadora se dedica à linha de nanotecnologia farmacêutica, que consiste no aprimoramento de fármacos através da nanotecnologia. As pesquisas buscam melhorar a eficácia e diminuir a toxicidade de fármacos através de veículos modificados que apresentam um melhor desempenho no organismo. No momento, os esforços estão direcionados a duas linhas de pesquisa.
Uma delas é o desenvolvimento, com materiais sustentáveis, de veículos nanoestruturados para a aplicação de insulina por via oral. A ideia, destaca a professora, é ter uma tecnologia de produção verde, sem a presença de solventes orgânicos que têm toxicidade, além de serem materiais de fontes renováveis.
“A partir daí avaliamos cada veículo no que diz respeito a sua capacidade de carregar a insulina de mantê-la estável no trato gastrointestinal, resistir as enzimas e ao PH do estômago, que são algumas das limitações da administração da insulina por via oral a fim de se ter uma absorção desejada, bem como um tempo de permanência adequado da insulina no organismo. Após essa etapa, que é realizada em animais em laboratório, esses veículos são testados em modelos animais apresentando diabetes tipo um. A fim de se verificar a eficácia e hipoglicemiante. A ideia é mudar o paradigma da administração por injeção subcutânea de insulina para a via oral. Que é uma via bem mais confortável ao paciente”, complementou.
A segunda linha trabalha no desenvolvimento de veículos nanoestruturados que favoreçam a entrada de fármacos no sistema nervoso central. “Promover um melhor tratamento para patologias como tumores cerebrais e doenças neurodegenerativas, como Parkinson e o Alzheimer. Aqui trabalhamos com compostos de origem natural que apresentam alto potencial, seja como antitumorais ou neuroprotetores, e desenvolvemos nanopartículas que apresentem uma maior penetração dessas estruturas no cérebro”.
Também com trabalhos desenvolvidos na área de nanotecnologia farmacêutica, o professor Najeh íntegra a lista de pesquisadores mais citados, com 2.556 menções em artigos científicos. Atualmente, conta o professor, as pesquisas são voltadas à encapsulação de fármacos, antifúngicos e produtos naturais. “Objetivo é, principalmente, melhorar as propriedades biológicas desses fármacos, antifúngicos ou desses produtos naturais. Então, o objetivo principal é desenvolver, caracterizar e avaliar. Sempre comparando essa molécula encapsulada com a molécula livre”, explicou o docente.
Para os dois pesquisadores, figurar na lista de cientistas mais influentes do mundo representa o reconhecimento de uma trajetória profissional dedicada à produção científica.
“Representa que, como pesquisadora, eu estou cumprindo o meu papel que é contribuir para o desenvolvimento da área da pesquisa que eu atuo. Cada artigo publicado representa alguns anos de trabalho, de esforço. Eu vejo que esse ranking mostra que o trabalho que eu tenho desenvolvido tem alcançado um amplo público no cenário internacional. Representa que dentro da linha de pesquisa que eu atuo eu tenho contribuído com as minhas peças para um amplo quebra-cabeça que está sendo montado”, avaliou ela. “É interessante, dentro da trajetória acadêmica, em alguma situações, aparecer em alguns rankings que apontam que o trabalho que tem sido desenvolvido tem uma certa importância e relevância mundial”, finalizou Najeh.