Paraná registrou em 2021 menor Taxa de Mortalidade Infantil da história recente

O Paraná registrou queda de mais de um ponto na Taxa de Mortalidade Infantil (TMI), por mil nascidos vivos, e é o segundo estado com o menor número do Brasil. Os dados constam no Boletim Epidemiológico nº 46 do Ministério da Saúde e foram gerados pelo Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) e Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (Sinasc), considerando a série histórica de 2015 a 2021.

Segundo o documento, em 2015 a TMI do Paraná era de 10,9; em 2016 caiu para 10,5; em 2017 para 10,4; em 2018 e 2019 para 10,3; em 2020 baixou para 9,3 e em 2021 a TMI ficou em 9,4. A taxa do Estado em 2021 é a segunda menor do país, atrás somente do Rio Grande do Sul, que registrou TMI de 9,2 no mesmo período.

Em números absolutos, em 2015 o Paraná registrou 1.758 óbitos infantis, representando 4,7% das mortes totais no país, e em 2021 foram contabilizadas 1.343 mortes – 4,2% do total do Brasil.

A redução neste período é de mais de 23,6%, enquanto em todo o país a queda foi de 15,3%. Os dados de 2021 ainda são considerados preliminares, visto que o prazo para fechamento destes dados vai até 30 de abril deste ano.

O secretário de Estado da Saúde, César Neves, explica a importância dessa redução. “A maioria das mortes está ligada a assistência à mulher desde a gestação até o pós-parto, incluindo a atenção ao recém-nascido. A queda nestes índices é a garantia que estamos oferecendo um acesso mais qualificado e eficaz nos serviços de saúde e capacitando o profissional responsável pelo atendimento a essas mulheres e seus bebês”, disse.

A redução na mortalidade infantil também faz parte dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da agenda mundial das Nações Unidas. O objetivo 3 – “Saúde e Bem Estar” propõe garantir o acesso à saúde de qualidade e promover o bem-estar de todos, em todas as idades, e no tópico 3,2, a indicação é “até 2030, acabar com as mortes evitáveis de recém-nascidos e crianças menores de 5 anos, com todos os países objetivando reduzir a mortalidade neonatal para pelo menos 12 por 1.000 nascidos vivos e a mortalidade de crianças menores de 5 anos para pelo menos 25 por 1.000 nascidos vivos”.

No Brasil, o Ministério da Saúde estratifica as análises de mortalidade infantil em três subgrupos: neonatal precoce (zero a seis dias), neonatal tardio (sete a 27 dias) e pós-neonatal (28 até 364 dias). Já a TMI considera os óbitos de menores de um ano de idade para cada mil nascidos vivos. A taxa é um indicador usado para medir o risco de uma criança morrer antes de completar o primeiro ano de vida.

Investimentos – No ano passado, o Governo do Estado anunciou um investimento de mais de R$ 36 milhões na Rede de Atenção Materno Infantil, com o objetivo de reforçar os protocolos assistenciais, a responsabilidade do cuidado compartilhado e a atualização da Linha de Cuidado Materno Infantil.

A 8ª edição da Linha Guia engloba uma série de ações de gestão assistenciais que garantem a assistência à gestação, ao parto e ao puerpério, além da saúde e desenvolvimento dos bebês até dois anos de idade.

O Paraná também investiu na educação em saúde, mais precisamente na bolsa de pós-graduação obstétrica e especialização em enfermagem obstétrica, ofertadas pela Escola de Saúde Pública do Paraná (ESPP), num investimento de R$ 760 mil em especializações.

Na ocasião, também houve um aumento do repasse realizado pelo Estado para as unidades hospitalares que realizam parto de habitual (de R$ 200,00 para R$ 400,00 por parto), partos de risco intermediário (de R$ 320,00 para R$ 640,00 por parto), e partos de alto risco (de R$ 100 mil/mês para R$ 120 ou R$ 130 mil/mês para cada hospital), acrescentando mais de R$ 5,5 milhões ao ano.

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