Paraná recebe 29 refugiados da guerra na Ucrânia 

O Paraná recebeu um grupo de 29 ucranianos refugiados de guerra – Rússia e Ucrânia. O grupo, formado em sua maioria por crianças e mulheres, passará dois dias na Capital, alojados na Primeira Igreja Batista (PIB) de Curitiba. Depois disso, seguirão para Guarapuava, onde ficarão sob cuidados de diferentes denominações evangélicas até que casas sejam construídas em Prudentópolis, na Região Centro-Sul – a cidade tem a maior comunidade ucraniana do País.

Uma nova delegação de refugiados, com 50 pessoas, chegará ao Estado na próxima semana.

O governador Carlos Massa Ratinho Junior recepcionou os europeus e colocou a estrutura do Estado à disposição. A força-tarefa contará com serviços de saúde, educação, apoio psicológico, encaminhamento para emprego, além de agilizar questões burocráticas, entre apoios necessários.

“O Paraná tem o maior número de descendentes ucranianos do Brasil, então nos sentimos felizes em poder ajudar as pessoas neste momento tão duro. Temos, por exemplo, escolas em Prudentópolis em que a alfabetização é na língua natural deles, o que já facilita muito. Vamos fazer o que for possível para poder ajudá-los”, afirmou Ratinho Junior. “O Paraná recebe de braços abertos essas famílias. Queremos ser sua segunda casa para que eles possam reconstruir suas vidas”.

Os serviços estaduais de atendimento aos refugiados ficará centralizado na Superintendência Geral de Relações Institucionais, vinculada à governadoria.

“Existem coisas que o terceiro setor pode fazer, mas há ações que são prerrogativas do Estado. Vamos abrir o Estado para esses refugiados ucranianos, auxiliando de todas as maneiras, seja resolvendo possíveis entraves diplomáticos ou oferecendo toda estrutura na área de saúde e educação, por exemplo. A determinação do governador Ratinho Junior é para que não falte nada a eles”, disse o superintendente do órgão, Daniel Vilas Bôas. “É uma força-tarefa na verdade, onde o amor prevalece”.

Humanitária – Responsável pela primeira acolhida do grupo, o pastor da PIB Paschoal Piragine Júnior explicou que a ajuda humanitária envolve mais de 2 mil igrejas no mundo. Esse grupo, inclusive, já conta com orçamento próprio para a construção das casas em Prudentópolis – Governo do Estado e prefeitura municipal estão se organizando para viabilizar a doação do terreno.

“Esse grupo vai ficar aqui no mínimo um ano, se não migrarem definitivamente. Essas crianças precisam de saúde, de educação, de cuidados que nós não temos capacidade para fazer, como tomar vacinas. Por isso precisamos do apoio do governo estadual”, destacou.

“Essas 29 pessoas escolheram vir para o Brasil e vão escolher se querem ficar aqui ou não depois que a guerra acabar. Precisamos estar prontos para ajudá-los”, completou o pastor Elias Dantas, que acompanhou o grupo desde a fronteira da Ucrânia com a Polônia, uma viagem de sete dias, por questões burocráticas, até o desembarque na igreja curitibana.

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Guarapuava já registrou 57 casos de violência contra a mulher em 2025

Cidade teve 223 casos registrados ano passado

Segundo o Painel de Dados do Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania, a cidade de Guarapuava já registrou em 2025 o total de 57 casos de violações (Qualquer fato que atente ou viole os direitos humanos de uma vítima. Ex. Maus tratos, exploração sexual, tráfico de pessoas) contra a mulher.

Desse total, apenas 8 denúncias foram efetivadas (Quantidade de registros que demonstra a quantidade de vezes em que os usuários buscaram a ONDH para registrarem uma denúncia). Em 2024, a cidade teve 223 casos registrados, sendo 20.592 em todo o Paraná. No estado, já são 2.553 casos registrados nesses três primeiros meses do ano.

Para a coordenadora do curso de Direito da Universidade Unopar Anhanguera, Juliana Aprygio Bertoncelo, a divulgação desses dados impulsiona a conscientização sobre o tema e o ato de denunciar e trazer discussões sobre esse assunto contribui para que medidas efetivas sejam feitas a fim de diminuir o problema.

“A relevância social dessa abordagem é muito alta, pois se trata de um tipo de crime que deve ser denunciado e combatido. Trazer essa temática para o debate social conscientiza não apenas na identificação de condutas reprováveis, mas informa sobre onde e quando se deve denunciar. Além disso, é uma forma de as mulheres se sentirem acolhidas e apoiadas umas às outras”, avaliou a docente e advogada.

Por fim, Juliana dá dicas sobre como as mulheres podem pedir ajuda. Confira também os canais de denúncia:

  • Realizar a chamada ao 190 polícia e conversar como se estivesse realizando pedido de delivery, é uma forma muito útil de pedido de socorro, ao perigo eminente sofrido pela mulher;
  • Além disso, qualquer cidadão pode fazer denúncias através da Central de Atendimento à Mulher, pelo número telefônico 180. As delegacias especializadas não são direcionadas a tratar apenas destes tipos penais, permitindo um socorro de forma mais ampla;
  • As Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher (DEAMs) realizam ações de prevenção, apuração, investigação e enquadramento legal. Nas unidades, é possível solicitar medidas de proteção de urgência nos casos de violência doméstica contra mulheres.