O governador Ratinho Junior se reuniu nesta sexta-feira (18), no Palácio Iguaçu, com representantes do Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar) e das empresas Pfizer e Orygen a fim de avaliar a parceria para futura produção conjunta de três medicamentos.
As empresas, que possuem um projeto de Parcerias de Desenvolvimento Produtivo (PDP), programa do Ministério da Saúde, assinaram um termo de cooperação para detalhar o andamento do projeto.
A PDP é uma união que prevê transferência de tecnologia de laboratórios privados para um laboratório público, com o objetivo de fabricar determinado medicamento em território nacional. O Ministério da Saúde coordena o processo para apoiar a produção nacional de produtos considerados estratégicos para o Sistema Único de Saúde (SUS).
Com a Pfizer e a Orygen, o Tecpar possui três projetos de PDP, dos produtos Infliximabe e Adalimumabe, indicados para o tratamento de artrite reumatoide, e do Rituximabe, para o tratamento de câncer. “Estamos muito motivados com a parceria, resultado de um esforço muito grande do Tecpar. Uma união importante para a população e importante para o Brasil”, afirmou o governador Ratinho Junior.
Ele destacou que a efetivação desses projetos vai incorporar ao SUS medicamentos e fortalecerá a cadeia produtiva da área da saúde no Paraná. “O Tecpar, empresa pública do Governo do Estado, junto a parceiros que são referências globais, será um indutor de desenvolvimento na área de saúde no Paraná. Com suas atividades, o instituto fornecerá medicamentos importantes para o SUS”, reforçou.
A execução do projeto ainda depende de avaliação e aprovação do Ministério da Saúde. Atualmente, a Coordenação-Geral do Complexo Industrial da Saúde da Secretaria de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos em Saúde (CGCIS/SCTIE) realiza a instrução de processo de vários projetos de PDP, dentre eles os das parcerias entre Tecpar, Pfizer e Orygen.
Após a emissão de nota técnica pela CGCIS/SCTIE, o projeto será avaliado em outras duas instâncias do Ministério da Saúde: a Comissão Técnica de Avaliação (CTA) e o Comitê Deliberativo (CD).
A expectativa é que a chancela do Ministério da Saúde seja dada ainda neste ano, com a fabricação dos medicamentos começando no primeiro trimestre de 2022. “É um reforço dos laboratórios públicos oficiais. O SUS vai contar com mais três medicamentos com origem público-privada”, ressaltou o diretor-presidente do Tecpar, Jorge Callado.
“É um avanço até para garantir a autonomia do país na produção de alguns insumos bastante necessários. Ficamos no aguardo da luz verde do ministério para avançar, com perspectiva fabril para o início do ano que vem”.