Números mostram que a construção civil na região de Guarapuava continua crescendo

Mesmo com a pandemia e a crise econômica, o setor da construção civil cresceu 14% de 2019 para 2020 na regional Guarapuava, de acordo com os números de emissão de Anotação de Responsabilidade Técnica (ARTs) registrados no Crea-PR. Até abril de 2019, haviam sido emitidas 3.364 ARTs, e abril de 2020 fechou com 3.911.  

“Esse número de ARTs compreende todas as atividades da modalidade civil, desde os serviços de obras, até ambientais, pavimentação, entre outros. Mesmo com a crise, os dados demonstram que é um segmento que segue em crescimento na região, por isso, reforçamos a importância da participação efetiva de engenheiros no acompanhamento das obras e edificações em andamento. Principalmente neste momento de pandemia, no qual as recomendações e orientações com relação a segurança e saúde devem ser redobradas”, disse o coordenador da Câmara Especializada de Engenharia Civil do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Paraná (Crea-PR), Hélio Sabino Deitos.  

Na mesma linha, o Inspetor de Engenharia Civil do Crea-PR na regional Guarapuava, Saulo Eduardo Maestri, apontou que os engenheiros responsáveis pela execução das obras devem ter consciência que a saúde dos trabalhadores também faz parte de seu escopo de atribuições.  “É importante adotar medidas que reduzam o compartilhamento de ferramentas, aumente o afastamento entre as equipes e estimule a adoção de novos hábitos como usar máscara, lavar as mãos com água e sabão, e aplicar álcool em gel, incluindo os mesmos na lista de compras de EPIS e insumos das obras. A contaminação de um funcionário pode ocasionar a contaminação de toda a equipe, provocando um efeito exponencial de contágio”, avaliou o engenheiro.

Crea-PR alerta para os cuidados de prevenção à Covid-19 nos canteiros de obras

A Construção Civil foi incluída na última semana na lista dos serviços públicos e atividades essenciais durante a pandemia do novo Coronavírus no Brasil. O funcionamento do setor deve obedecer às determinações do Ministério da Saúde, conforme o decreto federal nº 10.342 assinado pelo presidente Jair Bolsonaro no dia 7 de maio. 

De acordo com o decreto, “são serviços públicos e atividades essenciais aqueles indispensáveis ao atendimento das necessidades inadiáveis da comunidade, assim considerados aqueles que, se não atendidos, colocam em perigo a sobrevivência, a saúde ou a segurança da população”. 

“Entendemos que a Construção Civil é uma atividade essencial, uma vez que a sociedade depende dela no seu dia a dia, como por exemplo as edificações, ruas e estradas pavimentadas, pontes, viadutos, redes de água e de esgoto, drenagem, barragens, portos, aeroportos, entre outros”, detalhou o Engenheiro Civil Hélio Sabino Deitos, coordenador da Câmara Especializada de Engenharia Civil do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Paraná (Crea-PR). 

A importância do setor é primordial em diversos aspectos. “Imagine uma obra de pavimentação paralisada. Com a ocorrência de chuvas, você pode perder todo o trabalho. O mesmo acontece com um edifício ou outro tipo de obra paralisada. Além da depredação, pode haver corrosão da ferragem e outros problemas estruturais causados pela falta de continuidade dos serviços. E na atual situação, a construção de hospitais de campanha, reforma e ampliação de hospitais reforçam mais esta questão”, frisa o coordenador. 

Segundo dados da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic), o setor movimentou R$ 230 bilhões em 2019, e representa 4% do Produto Interno Bruto (PIB) do País, que foi de R$ 7,3 trilhões.  

No Paraná, o setor da Construção Civil já havia sido considerado serviço e atividade essencial, que não pode ser interrompido, no decreto 4.317/2020 de 21 de março deste ano. Por esse motivo, os trabalhos seguiram o andamento de seus cronogramas. O Crea-PR, por meio da Câmara Especializada de Engenharia Civil, faz um alerta aos profissionais da Engenharia Civil para que, além de se proteger, redobrem os cuidados com os locais de trabalho, exigindo dos demais trabalhadores a utilização dos equipamentos de proteção individual (EPIs) recomendados pelas normas, e reforcem a importância do uso de máscaras. 

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