No mês da diversidade e da aceitação LGBTQIA+, o Numape, que é o Núcleo Maria da Penha, da Unicentro, em Guarapuava, promoveu a roda de conversa “Saúde mental, afetividade e violência LGBTQIA+”.
Jully Annye Gallo Lacerda, que atua como psicóloga no projeto de extensão, explicou por quê a discussão é necessária.
“No evento, falamos sobre como dificilmente conversamos sobre as violências contra pessoas LGBTs, invisibilizando as opressões e violências, demonstrando que os corpos que importam são só CIS e heteros e que até nas pesquisas na internet sobre violência conjugal não encontramos imagens que representem pessoas LGBTQIA+”.
Segundo Jully, a violência – desde o modo como é percebemos, passando pelo medo de vivenciá-la até a agressão em si – gera ansiedade e afeta a saúde mental.
A roda de conversa foi medida pela orientadora da área de Direito do Numape Guarapuava, Ana Claudia Silva Abreu, e contou com a participação da psicóloga Sara Chaia, do grupo Dignidade, de Curitiba; e da coordenadora do Numape Maringá, Crishna Mirella de Andrade Correa. A mesa, que foi transmitida pelo YouTube, está disponível para quem não pode acompanhar.
“Precisamos falar sobre esse tema para que possamos dar visibilidade às violências, à lesbofobia, à bifobia, à transfobia e, especialmente, mostrar para as mulheres que se relacionam com mulheres e para as mulheres trans que a Lei Maria da Penha também pode protegê-las”, complementa Jully.
O Numape proporciona às mulheres vítimas de violência acolhimento, atendimento jurídico, psicológico e social gratuitos. O Núcleo Maria da Penha também promove ações de prevenção por meio de práticas socioeducativas, articulação e mobilização social. Para saber mais sobre os projetos do Numape acesse facebook.com/numapeunicentroguarapuava ou oIinstagram @numape_guarapuava.