Novas ruas de Guarapuava receberão estacionamento regulamentado

A Secretaria de Trânsito e Transportes (SETRAN) de Guarapuava, informa que a partir do dia 1 de abril, o Estacionamento Regulamentado (EstaR) passará a ser cobrado em novos trechos do perímetro urbano do município.

Conforme o secretário da Pasta, Adalberto Campos, a ampliação da área de cobrança atende a pedidos de empresários da região que entendem que a rotatividade de veículos no entorno é salutar para a circulação de pessoas, principalmente, para quem trabalha com o comércio.

“Com a ampliação, atendemos a um pedido dos comerciantes e moradores dessas vias. Eles entendem que a implantação do EstaR gera rotatividade que, por sua vez, resulta na circulação de pessoas, o que é saudável para o comércio.

Porque sem a regulamentação, muitos motoristas acabam deixando seus veículos por longo tempo em frente às empresas e isto impede que clientes entrem para fazer suas compras ou para resolver seus problemas. Com isso, vamos democratizar as vagas, com a possibilidade de outras pessoas utilizarem os estacionamentos”, justificou.

Ainda de acordo com a SETRAN, os novos pontos com o EstaR serão sinalizados nos próximos dias e os agentes de trânsito orientarão os motoristas quanto ao tempo de permanência no mesmo local, bem como, o recolhimento das devidas taxas.

“É importante que o motorista saiba que haverá a fiscalização a partir do dia 1 de abril. Serão instaladas placas de sinalização em locais visíveis para que não haja dúvidas por parte da população. Teremos um período de teste, quando os agentes vão passar aos condutores todas as orientações necessárias sobre o estacionamento. A partir de então, serão cobradas as taxas de uso do local”, completou Adalberto.

Novos pontos

PONTO 1

Os novos locais de cobranças do Estacionamento Regulamentado serão nos trechos entre nas ruas: Xavier da Silva, Professora Leonídia e Visconde de Guarapuava, entre as Ruas Coronel Saldanha e Capitão Frederico Virmond. Seguindo neste local, haverá cobrança de EstaR na Rua Coronel Saldanha, entre as Ruas Xavier da Silva e Marechal Floriano Peixoto.

PONTO 2

Em outro trecho da cidade, haverá cobrança de EstaR nas ruas Barão do Rio Branco, entre as Ruas Capitão Rocha e Marechal Floriano Peixoto. Seguindo pela Cônego Braga, entre Capitão Rocha e Marechal Floriano Peixoto, haverá exigência de comprovante de estacionamento. Na Rua Vicente Machado, entre a Rua Cônego Braga e Barão do Rio Branco.

A regulamentação dos novos pontos entrará em vigor a partir do dia 1 de abril.

Deixe um comentário

Projeto da Unicentro produz etanol e biodiesel com resíduo da semente de seringueira

Pesquisa sobre biocombustível está entre as melhores inovações da América Latina

Uma pesquisa da Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro) foi considerada uma das mais inovadoras da América Latina. O projeto “Produção de etanol a partir do resíduo da semente de seringueira” teve duas patentes classificadas entre as dez melhores do Concurso Innovación Verde, promovido pela Associação Interamericana da Propriedade Intelectual (ASIPI).

“Foi algo bem interessante para o nosso grupo de pesquisa e a gente quer continuar desenvolvendo mais pesquisas nessa área. É sempre bom ter esse reconhecimento”, comentou o coordenador da pesquisa, professor André Lazarin Gallina, do Departamento de Química e do Programa de Pós-Graduação em Bioenergia da Unicentro.

O projeto, que ocorre desde 2019 em parceria com o Câmpus de Realeza da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), contribui com análises químicas e testes experimentais.

Para a professora Fernanda Oliveira Lima, integrante da equipe da UFFS, a parceria entre a UFFS e a Unicentro é essencial para o avanço do projeto. “Esse trabalho colaborativo permitiu que recebêssemos reconhecimento e financiamento para ampliação. Com isso, o projeto se destaca ainda mais na valorização de resíduos agroindustriais e na promoção da sustentabilidade na produção de biocombustíveis”, destacou a professora.

A proposta de pesquisa surgiu quando a empresa Kaiser Agro buscou a ajuda da Unicentro para achar uma solução para a destinação de resíduos produzidos em suas atividades no ramo de conservação de solo e preservação de florestas nativas. Segundo gestor da empresa, Fábio Tonus, no plantio da seringueira, as sementes acabam não tendo utilidade para os produtores.

“Simplesmente a árvore produzia as sementes, que caíam no solo e ali elas apodreciam. A gente observou a necessidade de fazer um melhor aproveitamento dessa semente, até para poder gerar recurso tanto para o proprietário que plantou a árvore, como para o próprio seringueiro que trabalha extraindo látex”, contextualiza.

Os pesquisadores perceberam que as sementes poderiam virar insumo para a produção de biocombustíveis, que são menos poluentes do que os combustíveis convencionais. “Em um primeiro momento a gente se propôs a fazer três projetos: um deles era para a produção de etanol, o outro para a produção de biodiesel e também um para a produção de antioxidantes”, relatou André Gallina.

As etapas de produção dos biocombustíveis começam com o recebimento da matéria-prima enviada pela empresa Kaiser Agro. Depois, a equipe universitária descasca as sementes de seringueira, extrai o óleo para produzir biodiesel e o que sobra de carboidrato, vira etanol através de um processo de segunda geração. “Fazemos, assim, dois biocombustíveis de uma semente só”, resumiu Gallina.

Entre as várias frentes dessa pesquisa, durante o seu mestrado no Programa de Pós-Graduação em Bioenergia da Unicentro, o químico Giovano Tochetto focou nos carboidratos da semente de seringueira para produção de etanol, utilizando todo o potencial desse insumo.

“A semente de seringueira não é usada como alimento, ao contrário da cana-de-açúcar e do milho, sendo que o uso dessas matérias-primas alimentícias para produção de etanol cria conflitos de mercado e aumenta o custo do combustível. Como a semente de seringueira é efetivamente um resíduo, ou seja, de baixo custo, o preço do etanol produzido será reduzido”, explicou o pesquisador.

Cada 5,7 quilos de sementes de seringueira são transformados em um litro de etanol. “Dentre as fontes de energia renováveis, o etanol é especialmente interessante, pois é capaz de substituir a gasolina por completo em motores de combustão interna, muito usados em carros, com poucas mudanças nas características dos motores”, salienta o pesquisador.

Em outra pesquisa, dentro do projeto, a partir do óleo extraído da semente de seringueira, cada 3,29 quilos da matéria-prima tem capacidade de produzir um litro de biodiesel. O combustível pode substituir o óleo diesel comum, utilizado em caminhões, ônibus e outros veículos.

“Ainda existem muitas outras matérias-primas para serem descobertas, muitos métodos para produção a serem desenvolvidos e muitos métodos e processos existentes a serem melhorados”, finalizou Giovano.