Não foi depressão que matou Robin Williams

Em sua primeira entrevista desde a morte de Robin Williams em agosto de 2014, Susan Williams, viúva do ator, defendeu a tese de que seu marido cometeu suicídio por sofrer de demência com “corpos de Lewy” (uma doença caracterizada por perda gradativa da capacidade de raciocínio, levando à demência), e não por depressão.

O comediante deveria passar por um teste neurológico uma semana antes de cometer suicídio no ano passado e, provavelmente, só teria mais três anos de vida, disse Susan em entrevista para a revista People publicada nesta terça-feira (3).

Se Robin tivesse sorte, teria tido mais três anos. E teriam sido anos difíceis. E há uma boa chance de que ele fosse internado, afirmou ela, referindo-se ao prognóstico de um dos médicos do artista.

E continuou: “Não foi a depressão que matou Robin”, disse. “Depressão foi um dos… vamos chamar de 50 sintomas, e era um dos pequenos”.

Susan Williams descreveu como o ganhador de um Oscar e astro de filmes que marcaram gerações como Jumanji, Patch Adams, Hook e O Homem Bicentenário, estava simplesmente se desintegrando física e mentalmente nos últimos meses que antecederam sua morte e lutava contra DCL (Doença de Corpos de Lewvy).

O ator de 63 anos estava ciente de que perdia suas faculdades mentais aos poucos e, embora estivesse se controlando, no último mês não conseguiu. Foi como se uma represa estourasse, disse Susan.

Em sua última semana de vida, os médicos estavam planejando interná-lo em uma clínica para exame, contou Susan. “Mas ele jamais falou em tirar a vida”, declarou.

A DCL é a segunda demência neurodegenerativa mais comum no mundo, atrás apenas do Alzheimer, e começou a se manifestar no ator alguns meses antes da sua morte. Ela causa a morte de células nervosas do cérebro e flutuações do estado mental, com alucinações e comprometimento das funções motoras da vítima.

Susan ainda falou sobre as impressões médicas sobre a saúde de Williams — e como ele lutava contra o diagnóstico.

“A equipe médica estava fazendo tudo da maneira correta, mas a doença era mais rápida que nós. Eventualmente, teríamos chegado lá”, disse.

“Eu passei o último ano tentando descobrir o que o matou. Tentando entender contra o que estávamos lutando. Um dos médicos disse: ‘Robin estava consciente de que estava enlouquecendo e que não havia nada que ele pudesse fazer'”, lamentou.

  • (Do Brasil Post com informações da Reuters)
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Guarapuava já registrou 57 casos de violência contra a mulher em 2025

Cidade teve 223 casos registrados ano passado

Segundo o Painel de Dados do Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania, a cidade de Guarapuava já registrou em 2025 o total de 57 casos de violações (Qualquer fato que atente ou viole os direitos humanos de uma vítima. Ex. Maus tratos, exploração sexual, tráfico de pessoas) contra a mulher.

Desse total, apenas 8 denúncias foram efetivadas (Quantidade de registros que demonstra a quantidade de vezes em que os usuários buscaram a ONDH para registrarem uma denúncia). Em 2024, a cidade teve 223 casos registrados, sendo 20.592 em todo o Paraná. No estado, já são 2.553 casos registrados nesses três primeiros meses do ano.

Para a coordenadora do curso de Direito da Universidade Unopar Anhanguera, Juliana Aprygio Bertoncelo, a divulgação desses dados impulsiona a conscientização sobre o tema e o ato de denunciar e trazer discussões sobre esse assunto contribui para que medidas efetivas sejam feitas a fim de diminuir o problema.

“A relevância social dessa abordagem é muito alta, pois se trata de um tipo de crime que deve ser denunciado e combatido. Trazer essa temática para o debate social conscientiza não apenas na identificação de condutas reprováveis, mas informa sobre onde e quando se deve denunciar. Além disso, é uma forma de as mulheres se sentirem acolhidas e apoiadas umas às outras”, avaliou a docente e advogada.

Por fim, Juliana dá dicas sobre como as mulheres podem pedir ajuda. Confira também os canais de denúncia:

  • Realizar a chamada ao 190 polícia e conversar como se estivesse realizando pedido de delivery, é uma forma muito útil de pedido de socorro, ao perigo eminente sofrido pela mulher;
  • Além disso, qualquer cidadão pode fazer denúncias através da Central de Atendimento à Mulher, pelo número telefônico 180. As delegacias especializadas não são direcionadas a tratar apenas destes tipos penais, permitindo um socorro de forma mais ampla;
  • As Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher (DEAMs) realizam ações de prevenção, apuração, investigação e enquadramento legal. Nas unidades, é possível solicitar medidas de proteção de urgência nos casos de violência doméstica contra mulheres.