O diretor-geral brasileiro da Itaipu, Enio Verri, participou, nessa quinta-feira (19), na ONU, em Nova Iorque (EUA), do SDGs in Brazil (“Objetivos de Desenvolvimento Sustentável no Brasil”, em tradução livre), evento do Pacto Global que visa incentivar empresas e organizações a adotarem políticas sustentáveis e socialmente responsáveis. No encontro, ele destacou os investimentos da Itaipu na COP 30, em Belém (PA), e apresentou as práticas sustentáveis da Binacional para apoiar a agenda de descarbonização global.

O diretor esteve presente no painel “COP 30 – O Brasil nos holofotes do mundo”, que teve como key speaker a primeira-dama Janja Lula da Silva. Também participaram a diretora de Transição Energética do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciana Costa, e o diretor de Sustentabilidade e Relações Institucionais da construtora brasileira MRV, Raphael Lafetá, que atuou como moderador.

Na sua fala, o diretor-geral brasileiro afirmou que os investimentos na Cúpula do Clima estão diretamente conectados com a missão ambiental da Itaipu. “A hidrelétrica tem um reservatório que exige que se cuide da sua matéria-prima, que é a água. Portanto, investir na preservação e na educação ambiental é uma imposição da realidade da usina e uma marca importante da Itaipu. Por determinação do presidente Lula, surgiu dentro da nossa missão, no contexto do PAC, a necessidade dos investimentos socioambientais para a realização da COP 30.”

Segundo Enio Verri, o investimento de R$ 1,3 bilhão da Binacional na COP 30 vai contemplar obras de infraestrutura, saneamento básico, revitalização de áreas turísticas e ações de educação ambiental e biotecnologia. “Estamos levando para Belém uma experiência de mais de 20 anos da Itaipu, o programa de gestão integrada de resíduos sólidos com inclusão dos catadores, que é um conceito diferenciado na educação ambiental. Normalmente, quando se pensa em reciclável, pensamos em um carrinho novo para o catador ou a catadora. Isso é feudal. Neste projeto, a Itaipu investe na qualificação e educação ambiental dos catadores e entrega caminhões, esteiras e outros equipamentos para as associações”, destacou.

A ideia da Itaipu é que os investimentos em Belém criem um novo paradigma da relação entre a cidade e o meio ambiente. “O Brasil é líder do debate ambiental e os investimentos da Itaipu ficarão perpetuados em Belém. Queremos que a COP30 deixe um forte legado ambiental na cidade. A ideia, inclusive, é que Belém se torne um modelo e que projetos ambientais como a gestão integrada de resíduos sólidos sejam irradiados para outras localidades”, comentou.

As iniciativas da Itaipu e do Itaipu Parquetec relacionadas à transição energética, além da produção de energia elétrica limpa e renovável e de descarbonização, também foram temas de debates na ONU. Enio Verri destacou a liderança da Itaipu, contribuindo com a recém-lançada Política Nacional de Transição Energética (PNTE), e citou projetos como o hidrogênio verde, biogás, combustível sustentável para aviação (SAF) e a produção de energia solar no reservatório da usina.