Na gestão Ratinho Junior, Paraná amplia participação no emprego industrial do país

Segundo dados da Pesquisa Industrial Anual (PIA), divulgados pelo IBGE no mês de julho, o Estado do Paraná respondeu por 9,2% do emprego da indústria de transformação do País em 2020, com 641.269 pessoas ocupadas no setor. Esse percentual é o maior da série histórica iniciada em 2007, quando o peso estadual era de 8,1%.

Entre os segmentos da indústria de transformação, merece destaque o ramo madeireiro do Estado, cuja participação no emprego setorial do País atingiu 23,8% em 2020, segundo o Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes). Treze anos antes, o Paraná era responsável por 20,6% das ocupações na indústria madeireira brasileira.

Além disso, são relevantes os pesos do Estado nos segmentos de móveis, papel e celulose e alimentos, que alcançaram 15,7%, 13,3% e 12,5%, respectivamente, na última pesquisa. Em todos esses casos, houve aumento em relação à participação registrada no início da série de resultados.

Segundo o governador Ratinho Junior, essa é uma amostra de que o setor industrial passou por uma grande transformação nos últimos anos com a atração de novos investimentos, qualificação profissional (Carretas do Conhecimento) e integração tecnológica. O segmento também sempre teve em destaque nos bons indicadores de evolução do mercado de trabalho formal dos últimos anos, elencados pelo Caged.

Demonstrando que a indústria paranaense também é dinâmica em atividades de alto conteúdo tecnológico, a participação estadual no emprego do setor automotivo nacional saltou de 8,1% em 2007 para 9,5% em 2020. No levantamento mais recente, 40.725 pessoas estavam empregadas na indústria automotiva do Paraná.

“No setor de papel e celulose, por exemplo, anunciamos o maior pacote de investimentos da Klabin no Paraná, com potencial de transformar a região dos Campos Gerais. No segmento de alimentos, com as nossas conquistas sanitárias, teremos a maior fábrica de empanados e salsichas do mundo e o maior frigorífico da América Latina, e ambos em cidades de médio porte, como Rolândia e Assis Chateaubriand. É uma conquista imensa para o futuro do Paraná”, disse Ratinho Junior.

“E também tivemos uma grande evolução na indústria automobilística, com a retomada da produção da Audi no Paraná, a implementação da TatraBRAS, de caminhões pesados, em Ponta Grossa, e anúncios novos da DAF, Renault, Volkswagen, Sumitomo, Pro Tork, Volvo, etc”, disse Ratinho Junior. “Todas as grandes montadoras iniciaram novos ciclos de investimentos entre 2019 e 2022”.

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Itaipu promove investigação sobre balanço de carbono do reservatório

Iniciativa tem participação de 37 pesquisadores e 13 bolsistas e atualiza dados sobre emissões de gases de efeito estufa e sua relação com a biodiversidade

A Itaipu Binacional, Itaipu Parquetec e cinco universidades parceiras promovem, durante esta semana, a coleta de materiais no reservatório da usina para analisar as emissões de gases de efeito estufa (GEE) e sua relação com a biodiversidade. Utilizando tecnologia de ponta, o projeto conta com a participação de 37 pesquisadores e 13 bolsistas.

Conforme explica a gerente do Departamento de Reservatório e Áreas Protegidas da Itaipu, Simone Benassi, a iniciativa atualiza e aprofunda pesquisa realizada há cerca de 10 anos (o projeto Balcar, realizado em parceria com o Ministério de Ciência e Tecnologia). Por suas características, o reservatório de Itaipu é considerado de baixas emissões na comparação com outras hidrelétricas. E, levando em conta o sequestro de carbono realizado pelas áreas protegidas adjacentes, Itaipu tem um balanço positivo, capturando muito mais GEE do que emitindo.

Porém, a pesquisa pretende conhecer a fundo a dinâmica dos GEE no reservatório, especialmente no que diz respeito às interações com microrganismos. O projeto faz parte de um convênio executado pelo Itaipu Parquetec, em parceria com as universidades Estadual de Maringá, Federal de Juiz de Fora, Federal de Alfenas, Federal de São Paulo e Federal do ABC. O investimento é de cerca de R$ 9 milhões e o prazo de execução, de três anos.

Embora produzam eletricidade sem gerar emissões, as hidrelétricas promovem o alagamento de grandes áreas para a formação de reservatórios e isso pode contribuir para a geração de GEE a depender da quantidade de matéria orgânica submersa, temperatura da água, profundidade, microrganismos presentes, entre outros fatores.

As atividades humanas em torno, como a produção de dejetos, agrotóxicos e efluentes industriais, podem ser um fator agravante das emissões por meio do fenômeno da eutrofização (formação de algas). Por isso, a Itaipu desenvolve o programa Itaipu Mais que Energia no território, visando a minimizar a entrada desses dejetos e prolongar a vida útil do reservatório.

“Itaipu é uma empresa comprometida com o enfrentamento das mudanças climáticas. Com essa pesquisa de ponta, a empresa dá uma importante contribuição para o setor hidrelétrico, fornecendo parâmetros e referências para que outras usinas produzam o seu inventário de emissões”, afirmou o diretor de Coordenação da Itaipu, Carlos Carboni.

A coleta de amostras no reservatório se estende até a próxima sexta-feira (14). A equipe é coordenada pelo professor Gunther Brucha, da Universidade Federal de Alfenas (UNIFAL). Segundo ele, trata-se de uma excelente oportunidade para conhecer a comunidade microbiana envolvidas no ciclo do carbono do reservatório, especificamente os responsáveis pelo consumo aeróbio e anaeróbio (com e sem oxigênio) do gás metano.

“É um estudo pioneiro no Brasil. Além de auxiliar na compreensão da ciclagem de carbono e quantificar emissões, os resultados podem determinar o potencial dos microrganismos em consumir o gás metano. Diversos lagos no mundo determinaram a quantidade do gás metano produzida nos fundos dos reservatórios e consumido na coluna d’água antes de serem emanados. Chegou a vez de levantarmos essas informações no reservatório de Itaipu” afirmou o pesquisador.