MPPR e Polícia Militar discutem ações para redução de mortes em confronto

Foi realizada nessa semana, uma reunião entre representantes do Ministério Público do Paraná e do Comando da Polícia Militar do Paraná. Na pauta, entre outros temas, estiveram a questão das mortes em confrontos com policiais e a forma como são conduzidas as abordagens da PM.

Segundo o último levantamento realizado pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), houve no ano passado 380 mortes de civis em confrontos com policiais no estado. Em 2019, foram 307.

As duas instituições discutiram medidas para a redução desse índice, notadamente com o reforço em ações preventivas na formação dos agentes da PM e a manutenção de um canal permanente de diálogo institucional.

“O Ministério Público e a Polícia Militar atuam movidos por um propósito comum de defesa da população paranaense. Nesse sentido, a articulação das instituições é fundamental para que o interesse público seja sempre priorizado na nossa atuação cotidiana”, avalia o procurador-geral de Justiça, Gilberto Giacoia.

Para o comandante-geral da PM, coronel Hudson Leôncio Teixeira, a reunião com os representantes do MPPR foi muito proveitosa. “O relacionamento institucional da Polícia Militar com o Ministério Público prossegue cada vez mais fortalecido no propósito republicano de melhor servir à sociedade paranaense na área de segurança pública.”

Câmeras – O corregedor-geral do MPPR, procurador de Justiça Moacir Gonçalves Nogueira Neto, também apontou que a parceria entre as instituições é condição para a melhoria dos serviços e resultados oferecidos à sociedade.

“Todas as medidas que busquem a prevenção de mortes e de ações que configurem excessos são bem-vindas, daí a importância dessa proximidade entre a Polícia Militar e o Ministério Público. Isso também ocorre entre as Corregedorias”, diz.

PMPR – O coordenador do Centro de Apoio Operacional das Promotorias Criminais, do Júri e de Execuções Penais, procurador de Justiça Hélio Lewin, destacou na reunião a conversa sobre o reforço do treinamento dos policiais para abordagens sem confronto e o uso de câmeras e armas não letais pelos policiais, a exemplo do que começou a ser feito em outros estados, como São Paulo:

“A adoção desse tipo de recurso premia os bons policiais, os que executam suas atividades ordinárias com correção e presteza. É algo que pede uma boa avaliação, pois demanda investimento, mas é importante iniciar essa discussão”, avalia.

O encontro foi realizado em 21 de julho, na sede do Comando da PM na capital. Além do PGJ, do comandante-geral da PM, do corregedor-geral do MPPR e do coordenador do Centro de Apoio Operacional das Promotorias Criminais, do Júri e de Execuções Penais, participaram da reunião, pelo MPPR, o coordenador do Gaeco, Leonir Batisti, e o promotor de Justiça Ricardo Casseb Lois, que atua no Caop Criminal, e, pela Polícia Militar, o sub-comandante geral da PMPR, coronel Rui Noé Barroso Torres, o chefe do Estado-Maior da PMPR, coronel Adilson Luiz Lucas Prüsse, e o tenente-coronel Everaldo Vicente de Souza, que atua na área de Segurança Institucional no MPPR.

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