Motoristas que perderam prazo, têm até 30 de abril para fazer o exame toxicológico  

Motoristas profissionais com carteiras cujos prazos de validade terminam entre janeiro e junho, independente do ano, e que perderam o prazo para fazer o exame toxicológico têm período de tolerância até 30 de abril para regularizar sua situação – como previsto no Código de Trânsito Brasileiro (CTB). Condutores que não fizerem o teste até lá serão multados mesmo se não estiverem dirigindo.

Segundo a Associação Brasileira de Toxicologia (ABTox), cerca de 2,4 milhões de condutores com carteiras das categorias C, D e E ainda não fizeram o exame. A Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran) informou que a fiscalização será feita diretamente pelos sistemas eletrônicos dos Departamentos de Trânsito (Detrans) estaduais e do Distrito Federal.

O valor da multa é de R$ 1.467,35 e começará a ser emitida a partir de maio, para os condutores que deveriam ter feito o exame até 31 de março, mas ainda têm o prazo de tolerância de até 30 de abril.

Em janeiro, o Conselho Nacional de Trânsito publicou a deliberação estabelecendo um esquema de escalonamento para a realização do teste. O prazo para motoristas com CNH com data de vencimento entre janeiro e junho, de qualquer ano, se encerrou em 31 de março e, agora, os condutores devem aproveitar o prazo de tolerância do dia 30 de abril, concedido pela legislação, para evitar multas.

“O exame toxicológico garante a segurança viária e já provou sua eficácia em relação à redução do número de acidentes e de vítimas fatais. A multa para quem não faz é uma penalidade necessária já que a vida não tem preço”, ressalta o diretor da ABTox, Pedro Serafim.
Exame toxicológico na CDT
Motoristas podem conferir a situação de seus exames toxicológicos por meio da CDT, seguindo os passos abaixo:

  • Acesse a área do condutor;
  • Clique no botão “Exame Toxicológico”;
  • Verifique se o prazo para realização está vencido;
  • Em caso positivo, busque um dos laboratórios credenciados e faça a coleta para realização do teste.

O que é o exame toxicológico
O exame toxicológico de larga janela de detecção é um procedimento laboratorial não invasivo, não infectante e indolor, capaz de detectar se houve consumo abusivo de substâncias psicoativas em um período de 90 a 180 dias anteriores à coleta. Para isso, são usadas amostras de cabelos, pelos ou unhas. Em média, o exame custa R$135.

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Nova Lei: Mulheres vítimas de violência receberão auxílio do Estado

Auxílio Social Mulher Paranaense oferecerá um suporte financeiro equivalente a 50% do salário-mínimo nacional

O Paraná fecha o mês dedicado às mulheres com uma série de ações voltadas ao atendimento das paranaenses, especialmente às vítimas de violência doméstica. O governador Carlos Massa Ratinho Junior sancionou nesta segunda-feira (31) a lei que institui o Programa Recomeço , que prevê o pagamento de um auxílio às mulheres em situação de violência doméstica e familiar.

Por meio do programa, o Auxílio Social Mulher Paranaense oferecerá um suporte financeiro equivalente a 50% do salário-mínimo nacional para mulheres em situação de vulnerabilidade, permitindo que reconstruam suas vidas com segurança e autonomia. O texto também estabelece ações integradas com empresas privadas e a sociedade civil, ampliando as oportunidades para as beneficiárias.

“É um amparo para muitas mulheres que sofrem violência dentro de casa e que não têm dinheiro para sair de casa, por depender financeiramente do agressor. Então nós vamos dar uma renda mínima para que essas mulheres possam recomeçar suas vidas com liberdade financeira para poderem tocar suas vidas”, afirmou o governador.

Com a sanção da lei, o texto agora será regulamentado via Decreto Estadual para início da concessão do auxílio. Para receber o auxílio, a mulher deve atender a alguns requisitos: ter se afastado da residência ou mudado de município por risco iminente de morte ou grave ameaça, possuir medida protetiva de urgência em vigor, estar em situação de vulnerabilidade socioeconômica e residir no Paraná.

As prioridades serão concedidas às vítimas de tentativa de feminicídio ou homicídio, àquelas que tenham sofrido lesão corporal grave ou gravíssima, gestantes, lactantes, mães de crianças de zero a seis anos ou responsáveis por dependentes com deficiência, além de mulheres idosas ou com deficiência. A concessão do auxílio será individual e intransferível, sem impacto na composição da renda familiar para acesso a outros benefícios sociais estaduais e federais.

A Secretaria de Estado da Mulher, Igualdade Racial e Pessoa Idosa (Semipi) será a responsável pela execução do programa e concessão do auxílio, em parceria com órgãos municipais. O benefício será concedido a mulheres em situação de violência doméstica e/ou familiar que apresentem risco elevado, conforme avaliação feita por meio do Formulário Nacional de Avaliação de Risco.

“Queremos que as mulheres sejam protagonistas de suas histórias, possam prosperar e o programa Recomeço permite que ela rompa vínculos com o agressor e possa iniciar uma vida em um ambiente seguro”, refletiu a secretária da Mulher, Igualdade Racial e Pessoa Idosa, Leandre Dal Ponte.

Segundo ela, o programa também prevê a construção de acolhimentos regionalizados para o atendimento de mulheres vítimas de violência, além de parceria com empresas que poderão aderir ao programa e receberão subvenção financeira como forma de incentivo para contratar essas mulheres.

Na avaliação da desembargadora do Tribunal de Justiça, Priscilla Placha Sá, a medida amplia e fortalece uma rede de proteção formada por todos os poderes e sociedade civil. “Esse valor é muito importante porque os estudos mostram que o que acaba por manter a mulher em situação de violência é a dependência financeira, um caso complexo e esse auxílio visa a autonomia”, disse.

Trabalho em Rede – Para garantir que as mulheres tenham acesso ao programa Recomeço, o Governo do Estado contará com uma parceria com a Defensoria Pública do Paraná, por meio do projeto Ampara – Atendimento à Mulher Paranaense, também lançado durante o evento.

O serviço oferecerá atendimento online e gratuito para mulheres em situação de violência doméstica e familiar no Estado. O Ampara conta com uma equipe multidisciplinar composta exclusivamente por mulheres, garantindo sigilo, segurança da informação e acolhimento especializado.A previsão é de que o Ampara seja uma das portas de entrada para que a mulher vítima de violência acesse o auxílio do programa Recomeço.

“O Ampara nasce para ampliar o alcance do trabalho da Defensoria Pública, usando a inovação e a tecnologia para disponibilizar serviços para a população. A plataforma utilizada pelo programa será usada como porta de entrada para o Recomeço, pois a mulher vítima de violência que chegar através da Defensoria e se enquadrar nos critérios do Recomeço, já será direcionada para já ter acesso ao auxílio”, detalhou o defensor-público-geral do Paraná, Matheus Munhoz.

O programa da Defensoria Pública auxilia as vítimas na solicitação de medidas protetivas de urgência, acompanhar medidas já em vigor, receber suporte de psicólogas e assistentes sociais, realizar chamadas de vídeo para escuta especializada, denunciar casos de violência obstétrica e violência contra mulheres indígenas, além de obter informações sobre locais de atendimento presencial. A primeira-dama do Estado, Luciana Saito Massa, é madrinha do Ampara e vai ajudar a disseminar o serviço em todos os municípios do Paraná.

Todas as informações sobre o Ampara estão disponíveis no site do programa.

Proteção Integral – A sanção do programa ocorreu durante a abertura do evento Encontro Estadual Cuida Mais Paraná, no qual também foram entregues 72 veículos para municípios usarem em ações voltadas às mulheres e lançado o projeto Casa da Mulher Paranaense, que criará espaços de proteção, qualificação profissional e atendimento multidisciplinar. O médico Drauzio Varella foi um dos palestrantes do evento e falou sobre os desafios e caminhos para o fortalecimento das mulheres, idosos e políticas públicas inclusivas