Meteorologia: La Niña provoca chuvas acima da média histórica no Paraná

Depois do inverno mais seco dos últimos anos com temperaturas altas e períodos de veranicos, os meses de setembro e outubro estão sendo marcados por chuvas intensas em todas as regiões do Paraná com acumulado acima da média histórica, de acordo com o Simepar (Instituto Meteorológico do Paraná). Nesta sexta-feira (14), é comemorado o Dia do Meteorologista no Brasil. No Paraná, são 33 profissionais da área registrados junto ao Crea-PR (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia).

Entre a última segunda-feira (10) e esta terça-feira (11), as chuvas ultrapassaram 150 mm em Francisco Beltrão e castigou toda a região. Em Pato Branco e outras cidades do Sudoeste paranaense, as precipitações também bateram a marca de 100 mm no mesmo período. O resultado é um cenário de caos com inundações, casas destelhadas ou destruídas, desabrigados e a suspensão de serviços públicos. Até o momento, a Defesa Civil calcula que cerca de 600 famílias foram afetadas no Sudoeste do Estado.

A principal justificativa da meteorologia para o ano de irregularidades climáticas é o fenômeno La Niña, que ainda deve influenciar as chuvas no Estado até o mês de novembro.

Jacóbsen lembrou que as cidades do Oeste e Sudoeste do Estado já registraram o dobro de chuva prevista pela média histórica em setembro. Em Francisco Beltrão e Pato Branco foram 224 mm e 230 mm em 30 dias, sendo que a média prevista para o mês de setembro é de 133 mm e 152 mm, respectivamente. Em Guarapuava, o número bateu os 290 mm na estação, que tem média histórica em setembro de 166,5 mm e que em 2021, registrou apenas 72,6 mm.

No Norte, Noroeste e na capital Curitiba, os números ficaram entre 30% a 40% acima da média histórica, conforme o levantamento do Simepar. “Com chuvas e nebulosidade, a média das temperaturas máximas também caíram em todo o Estado entre 3º a 4º graus em decorrência dos vários dias seguidos de chuvas”, acrescentou o meteorologista.

A previsão é que as chuvas desta semana ainda possam atingir as marcas de 200 mm de acumulado nas estações meteorológicas no Sudoeste do Estado. “A primavera ainda será marcada pelo fenômeno La Niña, que é caracterizado pela irregularidade das chuvas, por isso, algumas regiões podem registrar uma alta quantidade de precipitações enquanto outras seguem dentro da média”, explicou Jacóbsen.

Se por um lado, os reservatórios de água ficam preparados para as estações mais quentes do ano, o que beneficia a agricultura e diminui os riscos de racionamento, as mudanças climáticas alteram os ciclos de produção agrícola. “O calendário agrícola acabou sendo prejudicado, principalmente no início do cultivo para o verão por causa da seca, que atrasou os trabalhos. A colheita do trigo também foi prejudicada pelas chuvas acima do previsto”, lembrou o meteorologista.

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Governador e presidente da Vivo discutem ampliação de conectividade no Paraná

Os dois conversaram sobre potenciais parcerias visando aumentar a conectividade de internet à população paranaense, sobretudo em áreas rurais

O governador Ratinho Junior se reuniu com o presidente da Vivo, Christian Gebara, no Palácio Iguaçu, em Curitiba. Os dois conversaram sobre potenciais parcerias visando aumentar a conectividade de internet à população paranaense, sobretudo em áreas rurais, a exemplo do que já foi feito com outras empresas do mesmo segmento dentro do programa Conectividade Rural do Paraná.

Atualmente, a Vivo está presente com a sua rede móvel em 387 municípios paranaenses e cobre 99% da população urbana do Estado. Deste total, 26 cidades já contam com a oferta e conexão 5G. Nos últimos quatro anos, a Vivo investiu R$ 1,6 bilhão no Paraná e, apenas em 2024, destinou R$ 104 milhões para o poder público estadual via ICMS.

Segundo o presidente da Vivo, o Paraná é fundamental na história da empresa e também no seu futuro. “A gente vem atuando no Brasil há 26 anos e crescendo no Paraná de maneira constante, com 99% da população urbana coberta. Estamos crescendo na parte agrícola através de iniciativa privada, e agora vamos buscar construir essa parceria com o Estado para aumentar a cobertura dos pequenos produtores rurais”, disse Gebara.

A Fundação Telefônica Vivo – que atua no desenvolvimento de competências digitais junto a educadores e estudantes – também foi uma das entidades que assessorou o Governo do Paraná no processo que incluiu o currículo de computação no ensino médio de 100% das escolas estaduais. O Estado foi o primeiro do Brasil a atingir essa meta, alinhado às normas de Computação na Educação Básica.

“O Paraná se destaca como um Estado onde a educação é uma prioridade e a Vivo, através da sua fundação, quer continuar colaborando com o processo de digitalização das escolas, o que requer cobertura, mas também com o letramento digital, para que as pessoas aproveitem todo o potencial das tecnologias”, comentou Gebara.

Na avaliação do secretário estadual de Inovação, Modernização e Transformação Digital, Alex Canziani, a abertura de diálogo com a Vivo mostra que as grandes empresas do setor de telecomunicação estão interessadas em fazer parcerias com o Estado. “Diferente de outras empresas, a Vivo não tinha uma obrigação legal, mas vieram oferecer serviços que podem aumentar a conectividade do Estado”, disse.

O secretário informou ainda que a equipe técnica da Secretaria já está conversando com a equipe técnica da Vivo para avaliar o melhor modelo para atender as necessidades do Paraná. “Com essa parceria, somada a outras iniciativas que temos com outras operadoras, poderemos fazer do Estado o primeiro do Brasil a estar 100% conectado”, acrescentou Canziani.