Na semana passada, a defesa de Luís Felipe alegou inocência de seu cliente (Foto: Reprodução/Facebook)
Jonas Laskouski
A Justiça vai interrogar Luís Felipe Manvailer, réu pela morte da esposa Tatiane Spitzner, no dia 13 de dezembro. As audiências, que deveriam ocorrer em novembro, foram remarcadas para dezembro por causa da alteração da denúncia por parte do Ministério Público do Paraná (MP-PR). As testemunhas serão ouvidas no mesmo dia e também em 11 de dezembro. Manvailer está preso há três meses, na Penitenciária Industrial de Guarapuava.
A decisão, publicada na última segunda-feira (22), é da juíza Paola Gonçalves Mancini, da 2ª Vara Criminal da Comarca de Guarapuava, onde corre o processo.
No mesmo despacho, a juíza negou o pedido da defesa do réu para que a denúncia fosse considerada improcedente. Os advogados alegaram que “os fatos não estão adequadamente descritos, o que dificulta o exercício da ampla defesa”.
Conforme a decisão, “a exposição dos fatos criminosos, a qualificação do acusado e a classificação dos crimes encontram-se devidamente delineados, não havendo motivos justificáveis para que se declare a inépcia da denúncia”.
A defesa da família da vítima informou que vai acompanhar as audiências. Até o momento a defesa de Manvailer não se manifestou. (Com informações do G1 Paraná)
ACUSAÇÕES
O ex-professor Luís Felipe Manvailer é acusado de homicídio com quatro qualificadoras – asfixia mecânica, dificultar defesa da vítima, motivo torpe e feminicídio; fraude processual (por alterar a cena do crime), cárcere privado. Na complementação da denúncia, a promotoria incluiu a qualificadora meio cruel ao crime de homicídio devido ao intenso sofrimento físico e psíquico da vítima, que, segundo o laudo, foi morta por asfixia mecânica causada por esganadura e com sinais de crueldade.
Tatiane Spitzner foi jogada sem vida do 4º andar do Edifício Golden Garden, onde morava com o então marido (Foto: Reprodução/Facebook)