Apesar do relatório elaborado pelo Ministério da Defesa e entregue, nessa quarta-feira (09) ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), não ter apontado nenhuma fraude no processo eleitoral, manifestantes que apoiam o presidente Jair Bolsonaro (PL) insistem em permanecer em frente aos quartéis, na esperança de uma intervenção militar. Em Guarapuava, eles se concentram diante do 26º GAC.
A narrativa adotada em grupos no Whatsapp e no Telegram é que o dossiê, apesar de não ter apresentado grandes revelações sobre o processo eleitoral, nem ter apontado fraude, deixou a oposição petista e setores da esquerda – “em pânico”. “Todos com semblante de desânimo, basta ver as aparições em público”, dizia uma postagem.
No Telegram, um grupo publicava o seguinte: “desistir não é a opção. Lotem ainda mais os quartéis”. No Twitter, certo usuário pedia para que os ataques não fossem direcionados ao Poder Judiciário. “Permanecemos nos quartéis em silêncio. Se possível, expulsem os bagunceiros entre vós, não ingerir bebida alcoólica, não usar som de preferência”.
Os grupos também disparavam vídeos do argentino Fernando Cerimedo, amigo da família Bolsonaro, que já havia promovido uma transmissão questionando o resultado das eleições, argumentando que o relatório das Forças Armadas apontavam falhas no processo de votação.
Porém, o próprio relatório, após comparar os boletins de urna com o resultado das eleições, chegou ao mesmo número de votos que definiu o processo eleitoral. Por meio de nota, o TSE disse que irá acatar as sugestões que não comprometeram a votação. Entretanto, o vídeo era compartilhado. A legenda dizia para que bolsonaristas continuassem em frente aos quartéis. A conferir os próximos passos que tomarão os manifestantes.