Jovens da socioeducação terão carteira de trabalho física para facilitar acesso ao mercado

A secretaria de Justiça, Família e Trabalho (Sejuf) e a superintendência regional do Trabalho, do governo federal, assinaram nesta sexta-feira (10) um protocolo para que os jovens internados para cumprimento de medidas socioeducativas tenham acesso à carteira de trabalho física. A medida foi adotada porque o documento passou a ser emitido apenas de forma digital e este público não têm acesso ao telefone celular.

O acordo prevê também uma série de ações para implementar políticas públicas que contribuam para a inserção social dos adolescentes em cumprimento de medidas socioeducativas de internação e restrição de liberdade.

“É preciso despertar nos adolescentes o interesse pelo mundo do trabalho e dar condições para que eles possam se reinserir na sociedade”, disse o secretário Ney Leprevost.

Assinaram a parceria, além do secretário; o superintendente Regional do Trabalho, Paulo Kronéis; o chefe do Departamento de Atendimento Socioeducativo da Sejuf, David Pancoti; a chefe do Departamento de Trabalho, Suelen Glinski, e o coordenador da Rede das Agências do Trabalhador do Paraná, Walmir dos Santos.

“Com o Cartão Futuro, os cursos de qualificação e a documentação adequada, como a carteira de trabalho, nós estamos dando as condições para que esse jovem possa ter novas oportunidades”, explicou David Pancotti.

A chefe do Departamento de Trabalho da Sejuf destaca que as ações vão além deste público. “Com o trabalho nas unidades socioeducacionais, também temos a oportunidade de cadastrar as famílias desses jovens para que se candidatem às vagas de emprego nas agências do Trabalhador”.

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Guarapuava já registrou 57 casos de violência contra a mulher em 2025

Cidade teve 223 casos registrados ano passado

Segundo o Painel de Dados do Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania, a cidade de Guarapuava já registrou em 2025 o total de 57 casos de violações (Qualquer fato que atente ou viole os direitos humanos de uma vítima. Ex. Maus tratos, exploração sexual, tráfico de pessoas) contra a mulher.

Desse total, apenas 8 denúncias foram efetivadas (Quantidade de registros que demonstra a quantidade de vezes em que os usuários buscaram a ONDH para registrarem uma denúncia). Em 2024, a cidade teve 223 casos registrados, sendo 20.592 em todo o Paraná. No estado, já são 2.553 casos registrados nesses três primeiros meses do ano.

Para a coordenadora do curso de Direito da Universidade Unopar Anhanguera, Juliana Aprygio Bertoncelo, a divulgação desses dados impulsiona a conscientização sobre o tema e o ato de denunciar e trazer discussões sobre esse assunto contribui para que medidas efetivas sejam feitas a fim de diminuir o problema.

“A relevância social dessa abordagem é muito alta, pois se trata de um tipo de crime que deve ser denunciado e combatido. Trazer essa temática para o debate social conscientiza não apenas na identificação de condutas reprováveis, mas informa sobre onde e quando se deve denunciar. Além disso, é uma forma de as mulheres se sentirem acolhidas e apoiadas umas às outras”, avaliou a docente e advogada.

Por fim, Juliana dá dicas sobre como as mulheres podem pedir ajuda. Confira também os canais de denúncia:

  • Realizar a chamada ao 190 polícia e conversar como se estivesse realizando pedido de delivery, é uma forma muito útil de pedido de socorro, ao perigo eminente sofrido pela mulher;
  • Além disso, qualquer cidadão pode fazer denúncias através da Central de Atendimento à Mulher, pelo número telefônico 180. As delegacias especializadas não são direcionadas a tratar apenas destes tipos penais, permitindo um socorro de forma mais ampla;
  • As Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher (DEAMs) realizam ações de prevenção, apuração, investigação e enquadramento legal. Nas unidades, é possível solicitar medidas de proteção de urgência nos casos de violência doméstica contra mulheres.