Jornalistas paranaenses recebem Prêmio Sebrae

Na manhã desta quarta-feira (05), foram conhecidos, os vencedores do 9º Prêmio Sebrae de Jornalismo (PSJ), etapa estadual. Na categoria Jornalismo em Texto, a vencedora foi a série “O Brasil que inspira”, da Gazeta do Povo. Em Jornalismo em Vídeo, as reportagens com o tema “O que vem da feira, vende: feirantes se mantêm fortes com ideias de inovação”, produzidas pela RIC Record TV Maringá, conquistaram o primeiro lugar. E, em Jornalismo em Áudio, a vencedora foi a série “A Força do Empreender – Transformando dificuldades em oportunidades”, desenvolvida pela Rádio Educativa FM.

A celebração ocorreu no Dia Nacional da Micro e Pequena Empresa (5 de outubro) e afirma os esforços do Sebrae em valorizar o papel da imprensa no fortalecimento e visibilidade do empreendedorismo e dos pequenos negócios. Nesta edição, o PSJ teve como tema “A importância dos pequenos negócios para a economia do país”.

Realizada pela primeira vez no Paraná, a etapa estadual contou com 73 trabalhos inscritos, sendo 49 classificados para a fase de avaliação do júri nas quatro categorias: Áudio, Foto, Texto e Vídeo. Desses, nove trabalhos de sete veículos de comunicação foram classificados para a final. A categoria de Fotojornalismo contou com um trabalho inscrito, que não foi classificado. Em todo o Brasil, foram 1.141 inscrições.

“Quero agradecer a todos os jornalistas que se inscreveram em nossa primeira etapa no Paraná. As informações, notícias, são os produtos do Jornalismo e é importante colocar os pequenos negócios em posição de destaque”, afirmou o diretor-superintendente do Sebrae/PR, Vitor Roberto Tioqueta.

O júri da etapa estadual contou com a participação voluntária das profissionais das áreas de Jornalismo e Comunicação: Tatiana Bilhar, professora no Centro Universitário Fundação Assis Gurgacz; Gisele Rech, jornalista, docente e Ph.D. em Comunicação e doutora em Comunicação pela Universidade Estadual Paulista (Unesp); e Danielle Popilnicki Tomasi, consultora do Sebrae/PR na Unidade de Comunicação e Marketing (UMC).

A cerimônia de premiação foi realizada na sede do Sebrae/PR, em Curitiba. As equipes vencedoras receberam um notebook cada, certificado e cesta com produtos típicos do Paraná, que possuem o Selo de Indicação Geográfica ou fazem parte do Fórum Origens Paraná.

Ainda estiveram presentes durante o evento, o presidente da Confederação Nacional das Micro e Pequenas Empresas e Empreendedores Individuais (Conampe), Ercílio Santinoni; o diretor de Operações do Sebrae/PR, Julio Cezar Agostini; o diretor de Administração e Finanças do Sebrae/PR, José Gava Neto; a gerente da Unidade de Comunicação e Marketing, Fabiola Negrão; o presidente do Sindijor PR e vice-presidente da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), Célio Martins; o diretor da Associação dos Jornais e Portais do Paraná (ADI PR), Ricardo Mitugi Takiguti; e Ticiana Pfeiffer, representante da Associação das Emissoras de Radiodifusão do Paraná (Aerp).

Deixe um comentário

Projeto da Unicentro produz etanol e biodiesel com resíduo da semente de seringueira

Pesquisa sobre biocombustível está entre as melhores inovações da América Latina

Uma pesquisa da Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro) foi considerada uma das mais inovadoras da América Latina. O projeto “Produção de etanol a partir do resíduo da semente de seringueira” teve duas patentes classificadas entre as dez melhores do Concurso Innovación Verde, promovido pela Associação Interamericana da Propriedade Intelectual (ASIPI).

“Foi algo bem interessante para o nosso grupo de pesquisa e a gente quer continuar desenvolvendo mais pesquisas nessa área. É sempre bom ter esse reconhecimento”, comentou o coordenador da pesquisa, professor André Lazarin Gallina, do Departamento de Química e do Programa de Pós-Graduação em Bioenergia da Unicentro.

O projeto, que ocorre desde 2019 em parceria com o Câmpus de Realeza da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), contribui com análises químicas e testes experimentais.

Para a professora Fernanda Oliveira Lima, integrante da equipe da UFFS, a parceria entre a UFFS e a Unicentro é essencial para o avanço do projeto. “Esse trabalho colaborativo permitiu que recebêssemos reconhecimento e financiamento para ampliação. Com isso, o projeto se destaca ainda mais na valorização de resíduos agroindustriais e na promoção da sustentabilidade na produção de biocombustíveis”, destacou a professora.

A proposta de pesquisa surgiu quando a empresa Kaiser Agro buscou a ajuda da Unicentro para achar uma solução para a destinação de resíduos produzidos em suas atividades no ramo de conservação de solo e preservação de florestas nativas. Segundo gestor da empresa, Fábio Tonus, no plantio da seringueira, as sementes acabam não tendo utilidade para os produtores.

“Simplesmente a árvore produzia as sementes, que caíam no solo e ali elas apodreciam. A gente observou a necessidade de fazer um melhor aproveitamento dessa semente, até para poder gerar recurso tanto para o proprietário que plantou a árvore, como para o próprio seringueiro que trabalha extraindo látex”, contextualiza.

Os pesquisadores perceberam que as sementes poderiam virar insumo para a produção de biocombustíveis, que são menos poluentes do que os combustíveis convencionais. “Em um primeiro momento a gente se propôs a fazer três projetos: um deles era para a produção de etanol, o outro para a produção de biodiesel e também um para a produção de antioxidantes”, relatou André Gallina.

As etapas de produção dos biocombustíveis começam com o recebimento da matéria-prima enviada pela empresa Kaiser Agro. Depois, a equipe universitária descasca as sementes de seringueira, extrai o óleo para produzir biodiesel e o que sobra de carboidrato, vira etanol através de um processo de segunda geração. “Fazemos, assim, dois biocombustíveis de uma semente só”, resumiu Gallina.

Entre as várias frentes dessa pesquisa, durante o seu mestrado no Programa de Pós-Graduação em Bioenergia da Unicentro, o químico Giovano Tochetto focou nos carboidratos da semente de seringueira para produção de etanol, utilizando todo o potencial desse insumo.

“A semente de seringueira não é usada como alimento, ao contrário da cana-de-açúcar e do milho, sendo que o uso dessas matérias-primas alimentícias para produção de etanol cria conflitos de mercado e aumenta o custo do combustível. Como a semente de seringueira é efetivamente um resíduo, ou seja, de baixo custo, o preço do etanol produzido será reduzido”, explicou o pesquisador.

Cada 5,7 quilos de sementes de seringueira são transformados em um litro de etanol. “Dentre as fontes de energia renováveis, o etanol é especialmente interessante, pois é capaz de substituir a gasolina por completo em motores de combustão interna, muito usados em carros, com poucas mudanças nas características dos motores”, salienta o pesquisador.

Em outra pesquisa, dentro do projeto, a partir do óleo extraído da semente de seringueira, cada 3,29 quilos da matéria-prima tem capacidade de produzir um litro de biodiesel. O combustível pode substituir o óleo diesel comum, utilizado em caminhões, ônibus e outros veículos.

“Ainda existem muitas outras matérias-primas para serem descobertas, muitos métodos para produção a serem desenvolvidos e muitos métodos e processos existentes a serem melhorados”, finalizou Giovano.