Itaipu presta apoio a brasileiros repatriados do Líbano, em Foz do Iguaçu
Empresa está dando apoio logístico a pessoas que deixaram o país por causa da guerra e fará parte de comitê de acolhimento aos imigrantes
Nesta segunda-feira (07), 57 brasileiros repatriados do Líbano, país afetado por conflito com Israel, chegaram ao aeroporto de Foz do Iguaçu (PR), onde foram recebidos por representantes de instituições árabes locais, do Ministério do Desenvolvimento Social, do Ministério da Saúde e da Itaipu. A Binacional disponibilizou vans para o transporte dos recém-chegados até a casas de familiares e outros locais de acolhida.
O grupo faz parte do primeiro contingente de 229 repatriados que chegou em São Paulo no domingo (6), em voo da Força Aérea Brasileira (FAB).
“Enquanto o conflito naquela região estiver ocorrendo, mais e mais compatriotas estarão buscando o repatriamento no Brasil, por isso nos colocamos à disposição para o apoio a estas pessoas”, declarou o diretor administrativo da Itaipu, Iggor Gomes Rocha. “Estaremos discutindo outras medidas de apoio no recém-criado Comitê Especial para Repatriação de Brasileiros no Líbano”, disse, referindo-se à reunião de poderes públicos e instituições para garantir segurança no retorno dos cidadãos descendentes de libaneses a Foz.
Para o diretor de Assuntos Internacionais da Prefeitura Municipal de Foz do Iguaçu, Jihad Abu Ali, o apoio de Itaipu é fundamental em um momento como este. “Acionamos a empresa, que prontamente nos atendeu com as necessidades de logística, e estará ao nosso lado nesse período difícil. Há uma expectativa de que até 3 mil pessoas cheguem à cidade oriundas do Líbano nos próximos meses”, disse. “O presidente Lula estendeu a mão a estes compatriotas, e o mínimo que podemos fazer é apoiar esta iniciativa”.
Amara Abbas esperava com os filhos, na área de desembarque do aeroporto, a chegada de vários familiares provenientes de Beirute. O reencontro aconteceu com grande emoção. “É difícil segurar as lágrimas em um momento como esse, mas estou muito feliz de poder receber de volta meu pai, minha irmã, meu cunhado e minhas sobrinhas”, disse. “Estavam construindo a vida, minha sobrinha tinha acabado de ser aprovada na faculdade, mas não era mais possível permanecer vivendo lá, por causa dos bombardeios. Agora é recomeçar”.
Os voos da FAB seguem dando continuidade à operação de garantir a segurança e o retorno dos brasileiros que estão no país afetado pelo conflito.